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Empresas brasileiras vão em busca de espaço no mercado de tablets

Num momento em que grandes fabricantes internacionais desistem de competir com o iPad e retiram seus tablets do mercado, empresas brasileiras se preparam para lançar seus produtos. A Positivo Informática anunciou esta semana que planeja colocar o seu tablet no mercado em setembro. Essa é a mesma meta da Aoix, de Caçador (SC).

A Positivo e a Aoix estão entre as companhias que já tiveram seu Processo Produtivo Básico (PPB) publicado pelo governo. Com isso, elas podem se beneficiar da redução de impostos oferecida para os tablets fabricados localmente. As multinacionais Samsung e Motorola já têm fabricação local.

“O mercado ainda é muito pequeno”, disse Ivair Rodrigues, diretor de Estudos de Mercado da IT Data. “Vai crescer, porque os preços vão baixar, mas não será tudo isso que estão dizendo.”

Ele acrescentou que hoje o público de maior renda é disputado pelo iPad, da Apple, e o Galaxy Tab, da Samsung, mas que os tablets que mais vendem são aparelhos de baixo custo, importados da China de forma nem sempre legal, disponíveis a cerca de R$ 300. “Tem gente que até questiona se esses produtos podem mesmo ser chamados de tablets”, disse Rodrigues.

Concorrência. A HP anunciou na semana passada a decisão de deixar de fabricar o seu tablet TouchPad. A Dell também desistiu do Streak 5. Nesse cenário, há espaço para produtos brasileiros? “Tem mercado para tudo”, disse Jovelci Gomes, presidente da Aoix. “Alguns vão querer um iPad. Outros vão querer um tablet brasileiro, que gera empregos no Brasil, sai pela metade do preço e tem um ano de garantia.”

A Aoix usa a marca Braox. Com lançamento previsto para setembro, o primeiro modelo, segundo Gomes, virá com tela de sete polegadas, sistema operacional Android 2.3, 16 gigabytes de memória e conexão Wi-Fi, com preço final de cerca de R$ 750. Ele planeja lançar um segundo modelo 60 dias depois, com tela de 10 polegadas e conexão 3G, por cerca de R$ 900.

Há mais de um ano a empresa vinha se preparando para lançar o tablet, segundo o presidente da Aoix. “Sem o PPB (incentivo do governo), o produto seria, no mínimo, 40% mais caro”, disse. “O governo está de parabéns.”

Fonte: Estadão