Caio Silva de Souza, de 22 anos, preso na manhã desta quarta-feira suspeito de ter acendido o rojão que causou a morte do cinegrafista da Band Santiago de Andrade, admitiu, em entrevista à TV Globo, que foi o responsável por acender o explosivo.
“Acendi, sim”, disse ele, à repórter Bette Lucchese. Questionado se tinha um alvo específico, Caio afirmou que não e que nem sabia que aquilo era um rojão. “Pensei que fosse um ‘cabeção de nego [artefato que funciona como bomba, mas que não é projetado como um rojão’”, afirmou ele.
Além de admitir a culpa, Caio afirmou ainda que ficou com medo de ser morto por pessoas envolvidas nas manifestações depois que foi identificado.
Para a polícia, no entanto, ele optou por ficar em silêncio e disse que só falaria em juízo.
O suspeito preso pediu ainda desculpas pela “morte de um trabalhador, como ele próprio, sua mãe e seu pai”. Na conversa, que foi ao ar no RJTV, Caio disse que há jovens que são atraídos por terceiros a participarem do protesto: “Alguns vão aliciados sim, outros não”. Questionado sobre quem seriam os aliciadores, ele não deu detalhes. “Isso eu não sei dizer à senhora. A polícia tem que investigar”. Ele afirmou que políticos poderiam estar envolvidos.
Fonte: D24AM
