Por Machado Freire
Ele ganhou meu voto. Era meu amigo pessoal. Me tratava por Machadinho e era neto do meu saudoso amigo Miguel Arraes..
Na sua despedida do Governo do Estado, para se candidatar à Presidência, Eduardo Campos percorreu o Palácio das Princesas e já na escada ele posou para fotos com os secretários e familiares -mulher e filhos.
Eu estava em frente à escada juntamente com colegas jornalistas, como meu amigo Marcos Cirano.
Eduardo olhou para frente e ao me avistar – quebrou o protocolo, falando em voz alta: Machadinho !!!! (com aquele aceno que lembrava Miguel Arraes).
Foi a última vez que nos vimos.
Vez por outra, eu enviar “recados” para ele, através da assessoria da campanha. Hoje pela manhã, por exemplo, eu tive vontade de ligar para o companheiro Percol (que também morreu no acidente) e não o fiz porque surgiu algo mais imediato para eu fazer. Acho que isso ocorreu quase no momento do trágico acidente.
Ao acordar, eu disse em casa, na hora do café, que tinha sonhado com meu inesquecível amigo Abílio Leite de Oliveira,- que Deus já levou,e . com quem criamos vários diretórios do PSB e associações de moradores no Pajeu.
No sonho, Abilio se mostrava alegre e contente. Ficou mais alegre ainda quando falamos em política.
Fiquei muito triste porque eu -que adoro plantas, quebrei o caule da muda de umbuzeiro que conduzia.
O umbuzeiro era Eduardo, que conheci menino no Palácio das Princesas, chamado por todos nós de Dudu.
Pernambuco e o Brasil perderam um político competente e de futuro promissor. Um homem acima do seu tempo. Também chorei muito a morte precoce do meu grande amigo Marcos Freire.
