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Dilma vê 2012 com otimismo, mas crise externa se aprofundando

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira estar otimista com a economia brasileira em 2012, prevendo crescimento entre 4,5 por cento e 5,0 por cento, com inflação controlada.

Apesar disso, Dilma reconheceu que o cenário externo em 2012 é desfavorável, com a China crescendo menos e a Europa tendo mais dificuldades, por conta do aperto fiscal dos países na zona do euro.

“O que me permite dizer que sou otimista é porque temos recursos próprios para enfrentar esse momento”, disse Dilma a jornalistas em encontro de fim de ano. “A tendência da economia brasileira é expansiva”, acrescentou.

A presidente afirmou que o Brasil tem margem de manobra na política monetária e que a inflação seguirá controlada no próximo ano. “Temos certeza de que fica sob controle”, disse.

Perguntada se a inflação iria convergir para o centro da meta, de 4,5 por cento, ela disse que será “uma curva suave”. Para Dilma, “não faz diferença nenhuma”, se a inflação fica em 4,5 ou 5 por cento, “no sentido de que não está descontrolada”.

Segundo ela, por conta da política fiscal o país “tem fôlego” e “capacidade de manobra” para enfrentar as dificuldades que a crise global trará ao Brasil.

Ela argumentou ainda que o governo não poderia ficar exposto do ponto de vista orçamentário neste ano e, por isso, não autorizou nenhum reajuste ao funcionalismo. Questionada sobre a pressão do Poder Judiciário por aumentos salariais, ela evitou comentar a demanda específica, argumentando que seria uma ingerência indevida.

Contudo, disse que fez “tudo que tinha de fazer” para demonstrar a importância de manter as contas públicas sob controle. “Eu fui a público dizer. O que mais eu posso fazer?”, acrescentou, ao falar sobre as demandas dos servidores por reajustes.

Fonte: Reuters