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Da brincadeira nos treinos ao 100º gol, Rogério vira mito do futebol mundial

27rogerio-ceniNo melhor dos mundos para os são-paulinos, o centésimo gol de Rogério Ceni sairia contra o Corinthians, seguido, é claro, de uma vitória. Pois o goleiro levou a torcida ao paraíso aos oito minutos do segundo tempo contra rival, ao marcar de falta o tento histórico, que ajudou o São Paulo a acabar com um incômodo tabu de quatro anos sem vencer o time do Parque São Jorge. O dia foi um domingo, o mais importante da semana para o futebol, acostumado a servir de efeméride aos grandes heróis da bola. Já o palco não foi o Morumbi, mas a modesta Arena Barueri. Para os tricolores, não importava. Era o melhor dos mundos.

A história do maior goleiro artilheiro do mundo, que não deve acabar neste 27 de março, começou em 1992. Promovido aos profissionais do São Paulo, recebeu do técnico Telê Santana o conselho de treinar um pouco mais que o período estipulado. Rogério gastou o tempo cobrando faltas. A brincadeira virou coisa séria com o tempo e, em 1996, começou a tentar o gol em um jogo contra o Fluminense.

Em 1997, Rogério já havia herdado a vaga de titular do goleiro Zetti. Naquele ano, o goleiro, já bem treinado, saiu da meta para fazer, de falta, o primeiro gol da carreira, contra o União São João de Araras (SP).

“O Muricy Ramalho foi o que mais me ajudou. Ele me via treinando todos os dias. Para qualquer coisa na vida tem sempre alguém te olhando. Na época foi uma polêmica. A imprensa dizia que era um absurdo o goleiro bater faltas. Tinha um preconceito. O Rojas, que era meu preparador de goleiro na época, também me ajudou bastante”, disse Rogério ao site do clube.

Depois do gol contra o time de Araras, foram mais 55 de falta e outros 44 de pênalti. “Se o São Paulo vencesse eu estaria tão feliz como se eu não tivesse marcado. Então não posso chorar, pois fiquei muito feliz no primeiro gol da minha carreira e agora também”, disse o goleiro artilheiro.

De agora em diante, mais gols podem sair até o cada vez mais próximo fim da carreira, que começou bem longe do Morumbi.

Fonte: eBand