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Consumidor deverá pagar mais que R$ 8 bilhões por uso de térmicas

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta segunda-feira (7) que o valor que os consumidores terão que bancar pelo uso mais intenso das termelétricas e pela necessidade compra de energia mais cara deverá superar os R$ 8 bilhões. O percentual de reajuste da conta de luz relacionado a esses gastos ainda não foi definido, mas chegará em 2015.

Em março passado, o governo anunciou um plano para financiar essa conta. Ele previa ainjeção de R$ 12 bilhões no setor elétrico, sendo R$ 4 bilhões vindos do Tesouro Nacional, órgão que administra o dinheiro que o governo federal arrecada com impostos ou outras formas.

Os outros R$ 8 bilhões seriam emprestados de bancos – esse empréstimo é que será bancado pelos consumidores por meio de aumento na conta de luz.

O governo, porém, anunciou nesta segunda que o montante que seria aportado pelo Tesouro para as térmicas será menor. Dos R$ 4 bilhões previstos, R$ 2,8 bilhões serão transferidos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que financia várias ações no setor.

De acordo com o diretor-geral da Aneel, se um novo aporte do Tesouro não for feito para cobrir a conta das térmelétricas, essa diferença terá que ser coberta com um empréstimo maior do que o de R$ 8 milhões junto aos bancos.

“O que o Tesouro fez agora foi pegar os R$ 2,8 [bilhões] e direcionar para a CDE, o que sinaliza que vamos ter que aumentar aquele valor de captação [empréstimo junto aos bancos]”, disse Rufino. “O Tesouro não sinalizou em momento nenhum um novo aporte. Então, se não sinalizou, o valor da captação pode ter que ser um pouco maior”, completou.

As termelétricas, que geram energia por meio da queima de combustíveis como óleo, gás, carvão e biomassa, foram acionadas neste início de ano devido à falta de chuva, que baixou o nível dos reservatórios das hidrelétricas. No entanto, a produção delas é mais cara. E, para atender à demanda maior de consumo de energia no país, no alto verão, empresas tiveram de comprar energia no mercado à vista, o que aumentou esse rombo.

Fonte: G1