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Como o aumento do IOF vai afetar o consumidor

size_590_calculadora-maoCom o intuito de frear o consumo e brecar a inflação, o governo lançou mão de mais uma medida macroprudencial e subiu de 1,5% para 3%o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) anual que incide sobre o crédito a pessoas físicas. O objetivo foi tornar o financiamento mais caro, inibindo a vontade de gastar das famílias brasileiras.

É verdade que a compra parcelada ficará mais salgada: a cobrança diária passará de 0,0041% para 0,0082% sobre o valor do empréstimo. Ainda assim, especialistas acreditam que a mudança não deverá afetar a disposição do consumidor em abrir a carteira. Para uma TV de 2.000 reais financiada em 24 vezes com juros de 4% ao mês, a prestação mensal pulará de 133,14 reais para 135,11 reais, um aumento de menos de dois reais por mês. No fim das contas, o produto ficará apenas 47,28 mais caro.

Empréstimos que tiverem sido tomados até a última quinta, 7 de abril, não serão reajustados. O financiamento de imóveis tampouco será afetado. De maneira geral, a nova regra só valerá para as demais modalidades de crédito que cobrarem juros pela antecipação do dinheiro.

É o que acontece no financiamento de carros, no crédito consignado, no cheque especial, no empréstimo pessoal e no rotativo do cartão de crédito. No caso de lojas de varejo que emitem plástico próprio, o consumidor só sentirá o aumento do IOF se optar por parcelamentos mais longos, em que há incidência de juros.

Para driblar o aumento do IOF, é possível parcelar as compras no cartão de crédito e quitar a fatura na íntegra. Embora tenha sido abolida em muitos estabelecimentos comerciais, outra alternativa é dividir o valor da compra nas velhas folhas do talão de cheque.

De qualquer forma, o impacto do novo IOF não será tão visível para os brasileiros, acostumados – e afeitos – a considerar apenas o valor individual das parcelas, em detrimento do preço final do produto.

Fonte: Exame