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Chuvas no RS: Porto Alegre é tomada por lixo e entulho após novos temporais

Com as enchentes que estão atingindo Porto Alegre nas últimas semanas, a capital gaúcha está se tornando um lixão a céu aberto. Em toda a cidade se proliferam montanhas de descartes de móveis, alimentos, produtos e outros bens destruídos pelas chuvas.

Toneladas de lixo foram retiradas de Porto Alegre

Moradores de Porto Alegre relatam mau cheiro, com restos mortais de peixes e outros animais, insetos e animais peçonhentos. A lama e o lodo também permeiam tudo o que acabou inundado. Só na última semana, os garis retiraram mil toneladas de resíduo. Com vários pontos da cidade ainda submersos, os profissionais trabalham apenas onde é possível chegar. Seis bairros seguem totalmente inacessíveis.

No dia 16 de maio, a prefeitura de Porto Alegre informou que já haviam sido removidos 119 toneladas de lixo apenas nos bairros Cidade Baixa e Menino Deus. A limpeza acontece em partes secas da cidade, onde a água havia recuado. A conta da limpeza, de acordo a prefeitura, ultrapassa os R$ 24 milhões, mas deve chegar a mais de R$ 100 milhões, dizem os técnicos.

Novo aterro sanitário em Gravataí

Um levantamento de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com a empresa Mox Debris e voluntários, revela que a destruição causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, o volume de entulho gerado no Estado pode chegar a 46,7 milhões de toneladas.

A prefeitura também assinou um acordo para a contratação emergencial de um aterro sanitário para o descarte de 77 a 180 mil toneladas de resíduos das enchentes. O novo local terá um custo previsto de R$ 19,7 milhões e servirá como depósito para montantes que podem chegar a até 150 vezes a média diária de lixo recolhida na cidade.

O novo aterro será estruturado em Gravataí, município localizado a cerca de 30 km da capital gaúcha, e ocupará uma área correspondente a 270 hectares. O depósito deverá receber materiais contaminados pelas águas das cheias e que não se decompõem com o tempo.

Fonte: O Globo