A informação é do jornal O Estado de S.Paulo, segundo o qual Feliciano argumentou que necessitava corrigir um problema de articulação na mandíbula e reconstruir o sorriso com coroas e implantes na boca. Ao jornal, o parlamentar disse que sofria de dores crônicas relacionadas ao bruxismo, daí a importância, alegou, do tratamento.
“Não desejo [as dores] para ninguém”, disse. “Sou político e pregador. Minha boca é minha ferramenta”, definiu.
O pedido de reembolso havia sido apresentado pelo deputado à área de perícia da Câmara em abril passado, mas acabou rejeitado pela equipe técnica, que viu incompatibilidade entre os valores apresentados e os preestabelecidos pela Casa, bem como problemas na descrição de parte dos procedimentos. O parlamentar recorreu da decisão, com base em laudo de seu dentista, e a Mesa Diretora, composta por sete parlamentares, aprovou o gasto.
Cada um dos 513 deputados federais tem um plano médico ligado à Caixa Econômica Federal, de modo que tanto despesas com serviços médicos quanto odontológicos podem ser reembolsadas. A Câmara passou a autorizar em 2013 quase que automaticamente despesas de até R$ 50 mil; acima desse valor, é preciso a aprovação da Mesa Diretora. Não há um limite de gastos, nesse caso.
Segundo o jornal, em 2018 a Câmara desembolsou R$ 8 milhões em reembolso médico aos parlamentares.
Atualmente no terceiro mandato, Feliciano disse não haver crime em ter reembolsados com dinheiro público R$ 157 mil de despesas odontológicas – mais de 157 vezes o valor, por exemplo, de um salário mínimo (atualmente em R$ 998).
Fonte: Yahoo
