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Ataques da coalizão já mataram 865 pessoas na Síria

Ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos na Síria mataram 865 pessoas, incluindo 50 civis, desde o início de uma campanha em setembro contra militantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), reportou nesta quarta-feira um grupo civil que monitora o conflito. O Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH), ONG com sede na Grã-Bretanha, informou que a maioria das mortes, 746, foi de militantes do EI, e afirmou que o número real pode ser muito maior, pois eles não têm acesso aos dados completos das vítimas entre os jihadistas.

As mortes foram registradas nas províncias de Al Hasaka, Deir al Zur, Al Raqa e Idleb, todas no norte do país. Entre os civis mortos, oito eram crianças e cinco eram mulheres. A entidade disse que 68 membros da Frente Nusra, filiada à Al Qaeda, também morreram nos ataques aéreos. A ONG, que possui uma ampla rede de ativistas e contatos no terreno, contabilizou as vítimas desde 23 de setembro, quando se iniciaram os bombardeios, até a meia-noite passada.

Desabrigados – Pelo menos 13,6 milhões de pessoas, o equivalente à população de Londres, ficaram desabrigadas por causa dos conflitos no Iraque e na Síria, e muitas estão sem comida nem abrigo às vésperas do inverno local, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) nesta terça. Segundo a rede CNN, Amin Awad, diretor do Acnur para o Oriente Médio e o norte da África, disse que o “mundo está ficando indiferente” às necessidades dos refugiados. “Agora, quando falamos de um milhão de pessoas deslocadas ao longo de dois meses, ou 500.000 da noite para o dia, o mundo simplesmente não reage”, declarou ele aos repórteres em Genebra.

Entre as 13,6 milhões de pessoas estão 7,2 milhões de desabrigadas dentro da Síria – um aumento em relação a uma estimativa de 6,5 milhões que a Organização das Nações Unidas (ONU) manteve durante muito tempo. Há ainda 3,3 milhões de refugiados sírios no exterior. No Iraque, 1,9 milhão de pessoas foram deslocadas neste ano por combates tribais e pelo avanço do Estado Islâmico (EI) e se somam ao um milhão de pessoas anteriormente desabrigadas, e 190.000 deixaram o país em busca de segurança.

A grande maioria dos refugiados sírios foi para Líbano, Jordânia, Iraque ou Turquia, nações que Awad disse “estarem causando vergonha a todos nós” por seu apoio às famílias sírias sem teto. “Outros países do mundo, especialmente na Europa e além, deveriam abrir suas fronteiras e dividir a responsabilidade”.

Fonte: VEJA