Os prefeitos receberam, ontem, a última parcela do FPM com um discreto aumento – apenas 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Não é nada, mas teria sido pior se não houvesse uma sinalização de recuperação, conforme reconhece a Confederação Nacional dos Municípios.
Diante do tsuname provocado pela quebradeira no sistema financeiro americano, os municípios pagaram o pato com a decisão do presidente Lula de reduzir o IPI na compra de carros zero km. O Imposto sobre Produtos Industrializados, junto com o IR – Imposto de Renda – compõe o Fundo de Participação dos Municípios, do qual dependem 98% das prefeituras nordestinas.
Ao longo deste ano, os municípios perderam R$ 1,9 bilhão em termos nominais e R$ 4,2 bilhões em termos reais. No sufoco, só restou aos prefeitos como saída demitir servidores públicos. Houve também quem reduziu cargos comissionados e até o número de secretarias.
Um prefeito pernambucano, na agonia, chegou a demitir todo o secretariado. Resta saber, agora, se o sufoco já passou mesmo, ou os municípios continuarão enfrentando dias amargos no primeiro trimestre do ano novo? Certamente, não. Afinal, 2010 é ano de eleição e Lula não vai querer deixar Dilma mal diante dos prefeitos.
Fonte: Blog do Magno