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Alcolumbre se encontra com Bolsonaro para falar sobre acordo e cobrá-lo sobre ato contra Congresso

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu na tarde desta segunda-feira com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, para discutir o acordo do governo federal com parlamentares para votar os vetos ao Orçamento de 2020 nesta terça-feira. Outro assunto da conversa entre os dois é a participação de Bolsonaro na convocação de um ato para o próximo dia 15, que tem o Congresso como um dos alvos.

Alcolumbre, que estava no Amapá e chegou no domingo a Brasília, foi o único chefe de Poder que não se manifestou sobre o assunto em meio a reações exaltadas de parlamentares. A senadores que o cobraram pelo silêncio, o presidente do Senado e do Congresso disse que “assuntos de nação não seriam resolvidos em redes sociais”.

Segundo interlocutores do parlamentar, ele pediu a Bolsonaro que a conversa fosse só entre os dois, para que ele pudesse externar que atitudes como essa não serão mais toleradas. Bolsonaro compartilhou pelo WhatsApp um convite para a manifestação em seu apoio, mas outras convocações do ato pelas redes sociais miram Alcolumbre e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O encontro é tido como uma conversa “definitiva”, tanto para colocar panos quentes na tensão entre o Executivo e o Legislativo quanto para tratar dos atritos com franqueza. Davi também pretendia questionar Bolsonaro se a intenção do governo é avançar com a pauta econômica ou continuar apostando em conflitos.

Em reservado, Alcolumbre argumentou que não se manifestou antes porque percebeu que havia uma ala que queria colocar “lenha na fogueira”. Mas, cobrado por colegas do Senado e por parte da opinião pública, sentiu que pagou um preço político por esse silêncio.

A reunião foi marcada com um telefonema do senador para Bolsonaro na hora do almoço, quando ele avisou que iria ao Planalto por volta das 14h. O presidente já tinha uma audiência marcada com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no mesmo horário, mas readequou sua agenda.

Fonte: O Globo