Autoridades chilenas decretaram neste domingo (20) toque de recolher no Chile pelo segundo dia consecutivo. A medida passou a valer a partir das 19h e foi tomada por conta das violentas manifestações e saques que continuaram a acontecer na capital Santiago.
O general Javier Iturriaga, responsável pelo estado de emergência decretado no país, pediu aos chilenos que fiquem em casa. O presidente chileno, Sebastián Piñera, disse nesse domingo que “a democracia tem a obrigação de se defender”.
O Ministério Público chileno informou que 1.462 pessoas foram detidas em todo o Chile. Desse total de detenções, 614 ocorreram em Santiago e 848 no restante do país. Não há contagem oficial no número de mortes, mas a imprensa local fala em sete ou oito vítimas fatais.
Entenda em seis pontos os distúrbios no Chile
– Governo anunciou um aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, equivalente a 20 centavos de real
– Violência aumentou nos protestos a partir de sexta (18), após confronto com a polícia
– Chile decretou, no sábado, “estado de emergência” e Exército foi às ruas pela 1ª vez desde a ditadura
– Presidente chileno suspendeu o aumento na tarifa do metrô, mas os protestos seguiram
– Metrô de Santiago fechou e o aeroporto da capital chilena teve voos suspensos
– Mais regiões do país tiveram toque de recolher, estado de emergência dura 15 dias e aulas foram canceladas
Os saques ao comércio se estendem por vários pontos de Santiago. Segundo a agência AFP, os grandes supermercados permanecem fechados e grupos de pessoas forçam a entrada.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram como pessoas, na maioria, jovens, forçaram os acessos a um supermercado da rede Jumbo, e outro da rede Lider, em Peñalolén, levando televisões, roupa e outros acessórios. Situações parecidas aconteceram em outros bairros de Santiago.
Fonte: G1