Desemprego é a principal causa da inadimplência do consumidor brasileiro

O desemprego é o vilão da inadimplência dos brasileiros. Pesquisa inédita realizada pelo SerasaConsumidor com 8.288 consumidores nas agências da Serasa no país apontou que para 26% dos inadimplentes a perda do emprego é a explicação para as contas atrasadas.

O segundo motivo é o descontrole financeiro (17%), seguido pelo esquecimento de pagar (7%), o empréstimo do nome para terceiros (7%) e despesas extras com serviços, educação e saúde (7%).  Na sequência, fraude (5%), alta dos preços (5%), diminuição da renda pessoal e ou familiar (5%). Os motivos atraso de salários e doença e ou morte na família corresponderam a 3% cada. O restante (15%), não identificou o motivo, não soube ou não quis responder.

No Sudeste, a porcentagem de pessoas que culpa o desemprego pela inadimplência é de 33%. O Nordeste vem em segundo, com 28% dos entrevistados afirmando ser essa a causa do nome sujo, seguido pelo o Sul, com 23% e o Norte, com 13%. A região Norte é a única do país onde a falta de trabalho não é mencionada como a principal razão para as dívidas não pagas: as despesas extras com produtos e serviços justificam para 21% dos inadimplentes locais.

Já no Estado de São Paulo, o desemprego é o protagonista para 34% das pessoas que estão com o nome sujo. O descontrole financeiro é a segunda razão da inadimplência para 19% dos paulistas. Em seguida, com 7%, o empréstimo do nome a terceiros e o esquecimento de pagar, com 6%.

Fonte: CONews

TCU nega recurso do governo sobre atrasos em repasses a bancos públicos

O Tribunal de Contas da União (TCU) manteve hoje (9) a decisão anterior sobre os atrasos de repasses a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios de programas sociais, como Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial. Os ministros rejeitaram o recurso apresentado pelo governo federal. Na decisão, o tribunal determina que o governo encaminhe no prazo de 30 dias cronograma prevendo a normalização dos pagamentos.

Para o ministro relator do recurso apresentado pela União, Vital do Rêgo, a persistência de saldos negativos nas contas de programas sociais faz com que esse mecanismo seja considerado operação de crédito, e não uma prestação de serviço, como alega o governo federal. “O mesmo precisa ser dito em relação às subvenções pagas pelo BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social] e pelo Banco do Brasil. Atrasar por longo tempo o pagamento correspondente à equalização de taxas de juros equivale a financiar-se junto aos bancos oficiais, em afronta direta à LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal]”, argumentou o relator.

Em abril deste ano, o TCU analisou que a União violou a Lei de Responsabilidade Fiscal nos anos de 2013 e 2014, ao deixar de repassar valores a bancos públicos referentes ao pagamento de benefícios. O tribunal convocou parte da equipe econômica do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff para se manifestar sobre indícios de irregularidades constatados em auditoria.

Fonte: Agência Brasil

Moody’s coloca rating do Brasil em revisão para rebaixamento

A Moody’s colocou nesta quarta-feira o rating do Brasil, atualmente em “Baa3”, em revisão para rebaixamento, deixando o país mais perto de perder o selo de bom pagador pela segunda grande agência de classificação de riscos.

Uma revisão significa normalmente que uma ação sobre a nota pode acontecer em um período de 90 dias, segundo informações no site da Moody’s.

Segundo a agência de risco, a revisão da nota brasileira de crédito é consequência da acelerada deterioração das condições macroeconômicas e das tendências fiscais do país. Em comunicado, a agência citou ainda o risco de paralisia política.

“A probabilidade de uma virada no desempenho econômico e fiscal do Brasil parece agora improvável em 2016”, disse a Moody’s.

No comunicado, a agência destacou ainda que as principais bases para o rating “Baa3” do país –expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2 por cento e superávit primário da mesma magnitude depois de 2016– parecem estar em risco. A nota “Baa3” é a última dentro do grau de investimento. “Tivemos muitas surpresas negativas com relação ao crescimento (da economia)… Sem crescimento é difícil colocar a situação fiscal em um caminho saudável”, disse à Reuters a analista sênior de rating soberano da Moody’s, Samar Maziad.

Caso a Moody’s corte o rating do Brasil, será a segunda entre as três grandes agências de classificação de riscos a retirar do país o selo de bom pagador, o que pode influenciar o fluxo de dólares no Brasil. Muitos investidores são impedidos de comprar títulos de emissores que não tenham o selo de bom pagador por duas das três principais agências.

A equipe de pesquisa macroeconômica do Brasil Plural, liderara pelo ex-diretor do Banco Central Mário Mesquita, disse em nota a clientes que o rebaixamento do país para grau especulativo por uma segunda agência já é esperado, mas ainda pode ser negativo para os ativos brasileiros quando acontecer.

Em setembro, a Standard & Poor’s foi a primeira rebaixar o Brasil para grau especulativo, ao cortar a nota para “BB+”, além de manter a perspectiva negativa. A Fitch cortou a nota de crédito do país em outubro, mas manteve o grau de investimento, porém com perspectiva negativa para a nota.

Fonte: Estadão

Brasil é 6º país que mais sangra dinheiro ilegal

Mais de US$ 226 bilhões, o equivalente hoje a cerca de R$ 860 bilhões, deixaram o Brasil de forma ilegal na década entre 2002 e 2013.

Isso faz do Brasil o 6º país campeão nesse tipo de fluxo, atrás apenas de China(US$ 1,3 trilhões), Rússia (US$ 1 trilhão), México (US$ 528 bilhões), Índia (US$ 510 bilhões) e Malásia (US$ 418 bilhões).

A estimativa vem da última edição de um relatório anual feito pela Global Financial Integrity (GFI), uma organização de pesquisa e lobby com sede em Washington DC e financiamento da Ford Foundation.

O cálculo é feito com base em discrepâncias nos dados da balança de pagamentos e faturas de comércio internacional com valores manipulados.

A média anual brasileira no período foi de US$ 22 bilhões por ano. O pico foi em 2012, com US$ 32 bilhões, caindo para US$ 28 bilhões em 2013. É difícil dizer para onde vai essa trajetória:

“Não dá para dizer definitivamente que o ataque à corrupção terá impacto sobre este fluxo no futuro próximo, mas se vier acompanhado de reformas estruturais, há uma chance”, diz Joseph Spanjers, um dos autores do estudo.

“Mas notamos no passado um aumento da fuga de capital durante crises macroeconômicas, então é possível que isso venha a ser registrado durante a recessão atual”, completa.

Fonte: EXAME

Dilma e Temer prometem relação pessoal e institucional produtiva

A presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer alinharam o discurso público nesta quarta-feira ao prometerem após reunião que durou cerca de 45 minutos, que terão uma “relação pessoal e institucional” produtiva.

Com poucas diferenças de palavras, o relato da reunião, feito por Temer em uma frase dita a jornalistas e por Dilma em nota, vem depois de uma série de polêmicas públicas entre ambos, que teve seu ápice no vazamento de uma carta de Temer à presidente na segunda-feira. Na missiva, Temer reclama da falta de confiança do governo nele e no PMDB, partido que preside.

“Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do país”, afirma a breve nota divulgada pela Presidência.

“Combinamos, eu e a presidenta Dilma, que nós teremos uma relação pessoal e institucional que será a mais fértil possível”, afirmou Temer, na única frase que disse aos jornalistas após o encontro.

A relação entre a presidente e o vice, que já estava distante depois que Temer deixou a articulação política do governo, estremeceu depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma na semana passada.

Desde então, Temer adotou um silêncio público sobre o assunto, quebrado somente nesta quarta-feira, e Dilma reiterou em várias declarações públicas ter e esperar confiança de seu vice. Em caso de impeachment da presidente Dilma, o vice-presidente assume o comando do país.

Na segunda-feira, Temer enviou uma carta a Dilma em que elenca o que chama de “fatos reveladores” da falta de confiança dela e do governo nele e no PMDB e reclama de declarações atribuídas a ele por auxiliares de Dilma. Segundo essas declarações, Temer teria dito que o pedido de impeachment não tem lastro jurídico e que ajudaria na defesa da petista. Temer negou os comentários.

Temer atribuiu o vazamento da carta ao Palácio do Planalto, que por sua vez acredita que o vazamento tenha saído da Vice-Presidência.

Foi nesse clima de desconfiança que ambos se reuniram nesta noite e combinaram de divulgar declarações parecidas sobre o encontro.

Fonte: Reuters

Deputado do PDT é o novo relator do caso Cunha no Conselho de Ética

O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA) já escolheu o novo relator, em substituição a Fausto Pinato (PRB-SP). O escolhido foi Marcos Rogério (PDT-RO), de uma lista tríplice que contava ainda com Léo de Brito (PT-AC) e Sérgio Brito (PSD-BA). Ele será o relator do processo de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha, por quebra de decoro, por ter mentido sobre supostas contas no exterior.

“Já escolhi o relator, o convidei e ele já aceitou. É o deputado Marcos Rogério. Os advogados, junto com ele, já estão trabalhando. Nós queremos votar a admissibilidade antes do recesso se é que vai ter recesso. Essa é a vontade do presidente do conselho e da grande maioria do conselho. Se alguns não querem, paciência”, disse Araújo, em alusão aos deputados aliados a Cunha que têm estimulado debates e votações para atrasar as sessões.

Ao final da sessão de hoje (9) à tarde, Rogério se colocou como “defensor” do regimento interno da Casa, Rogério se disse neutro. “Estou na defesa do regimento, do regulamento. Não tenho lado aqui. O lado é o lado do procedimento mais adequado”.

O presidente do Conselho, no entanto, declarou a posição do agora novo relator ao anunciá-lo. “Ele é a favor da admissibilidade, ele é a favor de investigar. Portanto, tenho certeza que ele vai ser um bom relator e vai agir da forma correta”.

Fonte: Jornal do Brasil