Investigação na Petrobras mudará o país para sempre, diz Dilma

O desdobramento da Operação Lava-Jato, envolvendo corrupção na Petrobras, “mudará para sempre as relações entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e as empresas privadas”, afirmou a presidente Dilma Rousseff neste domingo, em sua primeira reação à onda de prisões de executivos que deixou o país em polvorosa.

“Isso de fato pode mudar o país para sempre, no sentido de que vai se acabar com a impunidade”, afirmou Dilma, depois de ter acompanhado do outro lado do mundo o desenrolar do escândalo que toma  proporções crescentes e repercussão internacional.

Dilma procurou assumir o mérito de haver investigações que levam à dimensão atual do escândalo. Ela na verdade acabou atribuindo a culpa do caso a governos anteriores, da oposição.

“Nós podemos listar uma quantidade imensa de escândalos que não foram levados a efeito”, disse, completando: “Talvez sejam esses escândalos, que não foram tratados, que são responsáveis pelo que aconteceu na Petrobras.”

Enquanto a atenção do país estava concentrada na Operação Lava-Jato Dilma reagiu em seu ritmo, protegida em Brisbane num hotel transformado em ‘bunker’ pela segurança do G-20. Enquanto os jornalistas tentavam desesperadamente contato para obter reação sobre o que acontecia no Brasil, ela mantinha-se isolada e falava de Pronatec na abertura da cúpula das maiores economias desenvolvidas e emergentes.

Enfim, Dilma deu entrevista neste domingo. Como os jornalistas temiam que ela utilizasse a maior parte do tempo para falar de G-20, do qual o interesse era mínimo diante do que ocorria no Brasil, um repórter perguntou se dava para começar logo com as questões. “Ah, não, eu vou falar primeiro”, respondeu ela, passando a repetir posições conhecidas do Brasil.

Indagada sobre qual o impacto sobre ela do escândalo que envolve presidentes de empresas que sabidamente financiam campanhas eleitorais de quase todos os partidos, inclusive o dela, a presidente procurou deixar claro que não temia ser afetada pessoalmente.

“Quero te dizer que acredito que a grande diferença dessa questão é o fato de ela estar sendo colocada à luz do sol”, afirmou. “Você não vai acreditar que nós tivemos o primeiro escândalo da nossa história. Nós tivemos o primeiro escândalo da nossa história investigado.”

Depois de argumentar porque acha que o escândalo mudará o país para sempre e que a investigação em curso “não é engavetável”, Dilma considerou que a primeira característica do caso envolvendo a Petrobras é simbólica para o Brasil. “É a primeira investigação efetiva sobre corrupção  que envolve segmentos privados e públicos. A primeira. E que vai a fundo.”

Questionada sobre se ela assumia alguma responsabilidade política pelo que aconteceu na Petrobrás, a presidente respondeu que “investigar significa atribuir responsabilidades por quem praticou atos ilícitos. Quem praticou atos ilícitos vai ter de ser punido. Agora, não se pode responsabilizar todos, inclusive os que não praticaram. Não há culpa genérica, há culpa concreta.”

Perguntada se o governo tinha algum plano de blindagem para a Petrobras, já que as indicações são de que alguns fundos de investimento americanos, até por restrições de governança, examinam se legalmente podem continuar a ter papeis da empresa em suas carteiras, a presidente respondeu que “não é monopólio da Petrobras ter processo de corrupção”, lembrando o caso da companhia de energia Enron, dos EUA.

Logo em seguida a presidente considerou um “absurdo” fazer investigação sobre contratos de outras estatais, quando perguntada se ia deflagrar uma “operação raio-x” nesse sentido. “Não vou sair por aí procurando todas as empresas. Acredito que terá de ser visto o que aconteceu antes na Petrobrás”, disse.

A presidente rechaçou a hipótese de a investigação da Petrobras atingir algum nome cogitado para compor seu ministério no segundo mandato. Observou que o escândalo da Petrobras vem de algum tempo “e nada disso é tão estranho para nós. Nós não sabíamos as pessoas concretas. Mas a investigação, nós sabemos dela”. Também acha que não vai atrapalhar o apoio no Congresso.

Quando indagada se ficou chocada com a dimensão que tomou o escândalo, com presidentes de empreiteiras na prisão, a presidente respondeu que “a gente não tem de se acostumar” e que “o Brasil não se abala por um escândalo”.

“Não dá para demonizar todas as empreiteiras desse país. São grandes empresas e se A, B, C ou D praticaram malfeitos, atos de corrupção ou de corromper, pagarão por isso. Agora, isso não significa que a gente vai colocar um carimbo na empresa.”

Para a presidente, “tratar dentro da normalidade democrática um caso desses é nosso teste também. É saber que nem todos são culpados. Vamos ter de julgar indivíduo, não vamos julgar uma empresa X ou Z, a não ser que ela seja 100% indiciada, o que não é o caso”.

Dilma destacou ainda que quer um país “capaz de investigar e punir aqueles que sejam culpados”, e que “crie um ambiente que é fundamental para nós: que a coisa pública e mesmo a privada sejam respeitadas dentro das regras vigentes que nós adotados”.

E se despediu com “beijo para vocês”.

Fonte Valor Econômico

Em Petrolina, 20% das meninas tomaram 2ª dose contra o HPV

vacinaEm Petrolina, no Sertão pernambucano, 1.758 mil meninas tomaram a 2ª dose da vacina contra o HPV, doença que pode provocar câncer do útero.Este número equivale a 20% das 8.544 mil que foram imunizadas com a primeira dose.

A segunda dose da vacina contra o vírus HPV está disponível nas unidades de saúde desde o início do mês de setembro. Mas, segundo a coordenadora do Programa  Nacional de Imunização (PNI) em Petrolina, Jeane Moraes, a procura está baixa. “Aconteceu no país alguns casos de meninas que tomaram a primeira dose tiveram alguma reação grave em relação à vacina. Foram casos exporádicos, mas em Petrolina não tivemos nenhum caso grave e não tem porque as meninas terem medo de tomar a segunda dose”, justifica a coordenadora.

A vacina tem que ser tomada em três etapas. A segunda deve que ser aplicada seis meses após a primeira e a última, que é o reforço, cinco anos depois a data da primeira vacinação.

O HPV é o terceiro tipo da doença que mais mata mulheres no Brasil. Os sintomas só aparecem quando ela já está em estágio avançado. “Esse é um dos grandes problemas do HPV, porque ele não ‘fala’, não há sintomas. A mulher não sente nenhum problema. Então é através do preventivo que ela vai descobrir se ela tem uma mancha, uma alteração epitelial que denota a presença de um possível HPV”, explica o ginecologista Antônio Ribeiro.

Devem estar imunizadas as meninas com idades entre 11 e 13 anos, mesmo quem não tomou a primeira dose, pode procurar um dos 43 postos de saúde. A vacina entrou no Calendário Nacional de Imunização desde o dia 10 de março deste ano. As unidades da Zona Rural do município funcionam de 7h às 14h. Na Zona Urbana, os postos ficam abertos à população de 8h às 17h.

Fonte: G1

Congo anuncia fim da epidemia de Ebola no país

A República Democrática do Congo anunciou neste sábado o fim da epidemia do Ebola declarada no final de agosto no país, com 49 mortos, segundo fontes oficiais.

O ministro da Saúde congolês, Félix Kabange Numbi, também afirmou que a RDC formou um grupo de 180 especialistas na luta contra a doença, “dispostas a ajudar na Guiné, em Serra Leoa, Libéria e Mali”.

As autoridades congolesas declararam oficialmente a epidemia de Ebola no dia 24 de agosto. O surto foi distinto daquele que atingiu a África Ocidental, causando a morte 5.177 mortos segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicado nesta sexta-feira.

“O final da epidemia não significa que o perigo esteja completamente descartado. A RDC continua, como todos os países do mundo, sob ameaça de casos de ‘importação’ da doença”, declarou o ministro Kabange, em coletiva de imprensa realizada em Kinshasa.

O anúncio do final da epidemia no país foi realizado 42 dias depois do último caso registrado de Ebola. A duração do período de incubação do vírus é de 21 dias.

Fonte: AFP

Mudanças climáticas: EUA prometem US$ 3 bilhões para combater efeitos

Começou neste sábado (15), em Brisbane, na Austrália, a reunião do G-20, que reúne as 20 maiores economias do mundo. O enviado especial Márcio Gomes acompanhou o primeiro dia do encontro.

O dia de sol era um convite para aproveitar o que Brisbane tem de melhor. Para os chineses que moram na cidade havia apenas um lugar: em frente ao hotel do presidente Xi Jinping,

A presidente Dilma logo cedo, no hotel, se reuniu com os líderes dos Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

No encontro, eles discutiram as etapas de implementação do novo banco de desenvolvimento, para financiar projetos de infraestrutura, e destacaram a importância de uma reforma no Fundo Monetário Internacional.

Na abertura do G-20, o primeiro-ministro da Austrália deu as boas-vindas aos participantes, que pretendem acelerar o crescimento da economia mundial e a geração de empregos.

Cada país teve a palavra – foi uma reunião fechada e o Itamaraty não liberou o teor do discurso da presidente Dilma Rousseff.  Depois, na foto oficial, ela ficou ao lado do presidente americano, Barack Obama.

Pode ter ajudado a desfazer o mal-estar provocado pelas denúncias, do ano passado, de que a agência de segurança dos Estados Unidos espionava empresas brasileiras e a própria Dilma. Ainda houve mais um encontro entre Dilma e Obama neste sábado. Foi muito rápido, entre um evento e outro aqui na conferência. Não se sabe sobre o que os dois conversaram.

Discursando para alunos de uma universidade, Barack Obama destacou o valor da democracia e do meio ambiente. E anunciou a doação de US$ 3 bilhões para financiar medidas que reduzam o impacto das mudanças climáticas nos países pobres da Ásia.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki moon, também pediu aos participantes do encontro que discutam e enfrentem o impacto do ebola na África.

Fonte: Jornal Nacional

Moscou nega boatos de que Putin deixará G20

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, desmentiu neste sábado (15) os boatos de que o presidente russo, Vladimir Putin, deixaria a cúpula do G20 antes do previsto. A reunião ocorre em Brisbane, na Austrália, e conta com a participação dos líderes das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia (UE).

“A cúpula termina amanhã e Putin irá embora quando todos os trabalhos tiverem sido concluídos”, disse Peskov. Mais cedo, as agências Reuters e France Presse, citando fontes da delegação russa, disseram que o mandatário abandonaria a reunião devido às pressões que estaria sofrendo de líderes ocidentais sobre a crise na Ucrânia. De acordo com as agências, ele poderia deixar de participar do jantar oficial de encerramento.

O porta-voz admitiu que o tema da crise, principalmente as sanções impostas à Rússia, surgiu durante as reuniões do G20, mas negou que haja “pressões” contra Putin. “A questãodas sanções tem sido discutida amplamente, mas eu não diria que alguém está pressionando Putin. As sanções são debatidas em reuniões bilaterais, de maneira ativa”, completou.

A cúpula do G20 começou neste sábado e teve em sua pauta a epidemia do ebola, a criseeconômica mundial e os conflitos na Ucrânia. Os chefes de Estado participantes do encontro teriam advertido Putin sobre a possibilidade de adotarem mais sanções contra a Rússia, caso o país continue interferindo nos assuntos de Kiev e das regiões separatistas.

Fonte: Jornal do Brasil

Menino de cinco anos é o mais jovem especialista em computação da história

Ayan Qureshi foi certificado como profissional pela empresa Microsoft, após passar em um teste de habilidades a que se submeteu aos cinco anos de idade. O menino, que agora tem seis anos, criou sua própria rede de computadores em casa. Ele disse à BBC que achou o exame difícil, porém divertido, e espera se tornar um empreendedor na área.

Seu pai, Asim, que é consultor na área de TI (Tecnologia da Informação), disse que “o mais desafiador (ao prestar o exame) foi explicar a linguagem do teste a um menino de cinco anos”. “Mas ele pareceu entender e tem uma memória muito boa”, afirmou.

Asim começou a ensinar computação ao filho quando este tinha três anos. Ele brincava com computadores antigos para entender conceitos como hard drive e placa-mãe. “Qualquer coisa que eu falasse ele lembrava no dia seguinte. Então comecei a alimentá-lo com mais informação”, explicou. “O uso excessivo de computadores nessa idade pode ter um efeito negativo, mas, no caso de Ayan, ele aproveitou uma oportunidade.”

Laboratório

Ayan tem seu próprio laboratório de computação em sua casa, em Coventry (centro da Inglaterra), com uma rede de informática que ele mesmo construiu. O menino passa cerca de duas horas por dia aprendendo sobre sistemas operacionais e como instalar programas.

Quando Ayan foi prestar o exame da Microsoft – geralmente prestado por quem quer se tornar técnico em TI -, os monitores da empresa acharam que ele era muito novo para ser um candidato. O pai assegurou-lhes que o menino ficaria bem.

A família Qureshi se mudou do Paquistão para a Inglaterra em 2009. “Estou muito, muito orgulhosa”, disse a mãe do menino, Mamoona. “Não quero que ele bata um recorde mundial a cada dia. Mas quero que ele dê o seu melhor no que quer que faça na vida.”

Ayan contou que sonha em criar no Reino Unido uma região semelhante ao Vale do Silício americano, concentrando empresas de tecnologia, e em abrir uma empresa própria.

Fonte: BBC

Lava Jato não é “3º turno eleitoral”, afirma ministro da Justiça

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, respondeu duramente ontem  o que chamou de “politização” das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

“Refiro à tentativa de se politizar as investigações para fazer delas um prolongamento de palanques eleitorais. Já houve o resultado das eleições. A investigação não é terceiro turno eleitoral”, afirmou Cardozo durante coletiva de imprensa em São Paulo sobre a operação da PF.

“O País está sendo conduzido dentro da lei, e as investigações prosseguirão. Doa quem doer. O governo não aceitará intimidações nem acusações indevidas. O Brasil é um estado de direto com instituições fortes e com um governo que combate à corrupção”, concluiu.

Na sexta-feira (14), na crítica mais dura ao governo petista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que estava “envergonhado, como brasileiro, de falar sobre o que está acontecendo na Petrobras”. O ex-presidente disse o dever da oposição é, “em primeiro lugar, preservar a democracia e a liberdade”. “Aceitando derrotas e estando sempre dispostos a defender a democracia e a lei”, concluiu.

Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou e perdeu as eleições presidenciais este ano, afirmou que “muita gente está sem dormir em Brasília”, e que as novas prisões da Lava Jato levam o escândalo para cada vez mais perto de dentro do governo da presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Folhapress