O vice-diretor e professor de física no turno da noite no Colégio Estadual Piratini, em Porto Alegre-RS, Maurício Girardi, redigiu um desabafo que retrata como o professor brasileiro é tratado nos dias atuais. No texto enviado para o Blog do Moraes de Carvalho, de Petrolina, repassado para a redação do Blog Alvinho Patriota, Maurício conta que foi obrigado a comparecer em uma delegacia, após reprimir uma aluna de 17 anos que estava atrapalhando sua aula.
De acordo com o professor, que abandonou a profissão após o caso, a estudante é do tipo ‘turista’, que aparece vez ou outra na escola para ‘fazer um social’ e ‘rever os amigos’. A aluna estava conversando, incomodando a aula e só parou após três solicitações do professor. Em seguida, Maurício conta que estava explicando um conteúdo importante da matéria quando o celular da jovem tocou, quebrando todo seu raciocínio.
“Mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala ‘estavam pessoas que queriam aprender’ e que o Colégio é um local aonde se vai para estudar. Então, a ‘estudante’ quis argumentar, quando falei que não discutiria mais com ela. Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma”, detalha.
Segundo Girardi, a aluna desceu as escadas do colégio chorando por ter sido repreendida na frente dos colegas e comunicou o fato aos pais. Mais tarde o professor recebeu uma ligação da mãe da garota, dizendo que iria tomar providências. “Qual passo dado pela mãe? Polícia Civil!… Isso mesmo!… tive que comparecer no dia 13/07/11, na 8.ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre para prestar esclarecimentos por ter constrangido (‘?’) uma adolescente (17 anos), que muito pouco frequenta as aulas e quando o faz é para importunar, atrapalhar seus colegas e professores”, relata. O desabafo completo pode ser lido clicando aqui.
Da redação do Blog Alvinho Patriota por Chico Gomes