Salário mínimo do ano que vem poderá passar de R$ 540

dinheiro_real-1O relator do Orçamento de 2011, senador Gim Argello (PTB-DF), disse nesta terça-feira (9) que apresentará o valor de R$ 540 para o salário mínimo no relatório preliminar que deverá ser votado na próxima terça-feira (16) na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Atualmente, o piso do trabalhador está em R$ 510.

Ainda que tenha arredondado o valor do mínimo – o Orçamento enviado pelo governo ao Congresso previa um valor de R$ 538,15 – Argello afirmou que pode haver um aumento maior. Tudo depende, segundo ele, de uma reunião marcada para a manhã da terça-feira (16) entre centrais sindicais e os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência, Carlos Eduardo Gabbas..

– Existe uma previsão de revisão das receitas e tenho muita expectativa nisso. Apenas com a questão do Refiz da Crise [parcelamento de débitos fiscais aberto em 2009 pelo governo federal para ajudar as empresas por conta das turbulências externas] poderemos ter mais R$ 7,2 bilhões e aí dá para atender um pouco mais.

O senador confirmou, ainda, que pode haver uma divisão no reajuste a ser concedido no mínimo. Uma das ideias, que não foi descartada pelo relator do Orçamento, é que haja uma antecipação do aumento. Isso seria possível porque a previsão de crescimento do PIB para 2012 (soma de todas as riquezas produzidas no país), que é parte do cálculo para reajuste, está acima de 7%. .

Para não pressionar a inflação, que pode ter um salto caso haja um excesso de dinheiro na economia provocado pelo aumento do poder de compra, metade do aumento seria concedido em 2011 e a outra metade seria dada em 2012.

Fonte: R7

Justiça impede divulgação do gabarito do Enem; AGU vai recorrer

25658A Justiça Federal no Ceará confirmou nesta terça-feira (9) ao Terra que está suspensa a decisão que permitiria divulgar às 18h o gabarito oficial das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O impedimento está incluído da decisão liminar da juíza Karla de Almeida Miranda Maia, que suspendeu a totalidade do Enem diante das falhas e argumentando violação ao princípio da isonomia entre os alunos. A Advocacia-Geral da União (AGU) irá apresentar recurso contra a sentença ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região e outro à própria juíza que tomou a decisão individual de barrar o Enem.

No primeiro dia de prova do Enem, no sábado (6), entre os erros os estudantes detectaram que o cabeçalho da folha para o gabarito das questões de ciências da natureza estava incorretamente identificado como ciências humanas, o que inviabilizava a marcação precisa das respostas no espaço destinado na prova.

“A juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia considera importante que o gabarito não seja divulgado, porque poderá acarretar acirrados ânimos entre os candidatos eventualmente aprovados e aqueles que não obtiveram resultado exitoso”, disse a Justiça Federal.

Além da suspensão da divulgação do gabarito, também estão impedidos, conforme a decisão judicial, o recebimento de requerimentos administrativos de qualquer aluno que tenha participado do Enem ou a realização das etapas que antecederem a publicação do resultado final.

“Não há essa quebra de isonomia como se pretende afirmar. Se mantida essa tese, chegaríamos ao absurdo de, havendo um aluno prejudicado, termos que realizar uma nova prova para 3.399.999 estudantes. É necessário preservar a possibilidade desse candidato ter uma prova aplicada validamente, mas não podemos achar que a existência de provas diferentes impede uma avaliação equivalente, sob pena de estarmos invalidando todo o sistema de avaliação no Brasil”, debateu o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

“Temos plena confiança que o tribunal para onde será encaminhado o novo recurso terá a sensibilidade de preservar a situação desses 3.298.000 estudantes que fizeram uma prova válida e têm direito a uma avaliação e a uma pontuação”, completou o ministro-chefe da AGU, minimizando o risco de morosidade na decisão por parte do Poder Judiciário.

Contrário à possibilidade de realização de uma nova prova do Enem para todos os estudantes, o advogado-geral observou que a aplicação de uma nova prova representaria um “prejuízo claro” aos alunos que já fizeram a prova e se submeteram a meses de estudo e ao estresse de se submeterem às questões. “A decisão de refazer a prova representa um prejuízo claro aos 3 milhões de estudantes. Temos que pensar nesse universo de estudantes brasileiros que serão prejudicados com a eventual aplicação de uma nova prova global. Não é sustentável a tese de que há uma quebra de isonomia”, disse.

Fonte: Terra

Congresso quer aumentar o próprio salário e o de Dilma

dinheiro_e_inflacaoCom a volta dos trabalhos no Congresso, deputados e senadores já defendem aumentar os próprios salários e, de quebra, reajustar também o da presidente eleita, Dilma Rousseff, informa reportagem de Andreza Matais e Fernanda Odilla, publicada na edição desta terça-feira da Folha e disponível na íntegra para assinantes do jornal e do UOL.

O “pacote de bondades” planejado pelos congressistas surge no momento em que Dilma orientou sua equipe de transição a tentar barrar no Congresso reajustes para o funcionalismo que impliquem em rombo no Orçamento de 2011.

Eles alegam que os salários do Executivo e do Legislativo estão sem aumento há cerca de três anos e que a inflação no período foi de 17,8%, mas por ora não falam em percentuais.

Para diluir o desgaste político que o aumento pode gerar, os congressistas insistem em mostrar que essa defasagem também ocorre nos salários do Executivo. Eles defendem a vinculação do reajuste do Legislativo ao de Dilma e dos demais ministros de Estado.

Como presidente, ela vai receber menos da metade do que ganhava quando era ministra do governo Lula, período em que aumentou seus rendimentos participando de conselhos de administração de empresas públicas.

Fonte: Folha Online

Rebelião em presídio termina com 18 mortos no Maranhão

20101109150335Uma rebelião que durou mais de 24 horas dentro de um presídio no Maranhão terminou com um total de 18 presos mortos nesta terça-feira, informou o governo do Estado.

“Acabou com 18 mortos, depois de muita negociação. Em seguida a Polícia Militar entrou para fazer a revista dos presos e então foram encontrados os outros corpos”, disse por telefone um assessor do governo maranhense.

Iniciado na manhã de segunda-feira com um enfrentamento entre grupos de presos da capital e do interior pelo domínio do presídio de Pedrinhas, na capital São Luiz, o motim chegou ao fim após negociações com a polícia, sem a necessidade de uma invasão, segundo o governo.

Nove corpos, que seriam de presos de uma facção rival à que tomou o controle do local, foram entregues na segunda pelos rebelados à polícia, e o restante foi encontrado pelos policiais após o fim da rebelião.

Durante as negociações, a operação contou com homens da Força Nacional de Segurança que foram enviados ao Estado, além do batalhão de choque da polícia local.

De acordo com o governo, o complexo penitenciário de Pedrinhas, que é o principal do Maranhão, abriga 4 mil presos, enquanto apenas 2 mil deveriam estar lá.

Fonte: Agência de Notícias Reuters