“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura…”
Nem sempre!
É que estou há quase 18 anos no parlamento municipal de Salgueiro e as vezes me sinto até culpado de não poder fazer mais pela população, principalmente quando a ação depende de outras pessoas.
Posso enumerar uma dezena de pleitos que vimos solicitando, reiterando, insistindo, batendo na mesma tecla, mas é preciso, vejamos:
- Ponte da estação ferroviária – trata-se de uma das mais belas obras de arte que possuímos, mas está praticamente sem qualquer utilidade, no meio do tempo sem levar a lugar nenhum. A nossa solicitação é no sentido de se construir nas laterais ou pelo menos em uma das laterais da ponte, uma passarela para pedestre; instalar dois semáforos; abrir os acessos para veículos e pronto. Ficarão os mais populosos bairros de Salgueiro – Curtume, Novo Everest, N. S. de Fátima, Prado, Caravan, Castelinho, etc. – interligados, ou seja, zona leste a oeste, sul e norte, compreendendo apenas uma distância de cerca de 300 metros, evitando o longo caminho pelo centro, talvez uns três quilômetros, trecho que somos obrigados a percorrer.
- Corpo de Bombeiros – não é fácil de acreditar, mas é a pura verdade. Uma cidade tão importante como Salgueiro, considerada a capital do sertão central, para onde convergem no dia a dia, pessoas de dezenas de outras localidades, inclusive da Bahia e do Ceará, para fazerem suas compras, resolverem negócios, passear, não possui uma unidade sequer do Corpo de Bombeiros. Tem sim, por exemplo, Batalhão da Polícia Militar; Delegacias da Polícia Federal, Civil, Rodoviária Federal, mas, como dito, quando precisamos desse serviço, somos atendidos por viatura de Serra Talhada, 100 quilômetros de distância. Aí, só nos resta rezar e pedir a Deus para que o socorrido agüente ou morra.
- UTI / SAMU – Talvez eu esteja querendo demais, que esses serviços sejam instalados em Salgueiro, mas, não se trata da minha vontade. Quando busco benefícios para o Município, o faço em nome do povo que represento, independentemente de quem está a frente do governo, pois, as pessoas passam, mas o estado fica. De fato, não podemos esperar mais. Nossos irmãos estão morrendo nas estradas do Recife, de Petrolina, transportados em ambulâncias na maioria das vezes sem condições de viajar, que parecem mais carroças de animais, quando tem, do serviço público de alguns municípios. E temos de dar graças a Deus. Aliás, em face à ausência do Poder Público, surgem pessoas que fazem a sua vez, como é o caso do Vereador Nemédio que já está com duas ambulâncias carregando doentes. Trata-se de um serviço altamente humanitário, só que penso diferente, devemos exigir de quem tem o poder, recursos e obrigação para fazer. Pois bem, Salgueiro não possui ainda o serviço SAMU, nem UTI no hospital regional. Já se falam que vai ser instalada pela atividade privada, então fica a pergunta e o SUS?
Por Alvinho Patriota
