Um homem simples, que sequer teve direito a um nome como todas as pessoas. Trata-se de “Bueiro”. Seria José, João, Antônio…?
Esse cidadão, se assim pode ser chamado, embora em condições miseráveis, sem qualquer proteção promove um dos trabalhos mais dignos que podemos ter, eis que enquanto muitos agridem ao meio ambiente, principalmente neste caso em que um município do Ceará, Penaforte joga o seu lixo em terreno baldio do vizinho Salgueiro, em Pernambuco, ele pacientemente separa, recicla, apanha os plásticos e outros objetos para complementarem, com a venda, a sua sobrevivência e da família.
Quando me refiro à dignidade do trabalho, é porque todo ele o é, desde que seja lícito; da simplicidade da pessoa quando, embora em condições miseráveis, ainda esboça um sorriso no rosto, como seu “Bueiro”; da importância para a humanidade do ato, quando evita que resíduos sólidos fiquem expostos por centenas de anos, especialmente o plástico, causando obstrução do caminho natural das águas e a poluição do meio ambiente, com resultados imprevisíveis e danosos como ocorre em nosso planeta.
Seu “Bueiro” não precisou estudar para fazer a sua parte. Nós, enquanto representantes do povo de Salgueiro, estamos fazendo a nossa, mostrando os fatos. Das autoridades, esperamos ação…
Vereador Alvinho Patriota
Essa semana assisti a um programa na televisão que documentou todo o trabalho de pessoas como seu ”Bueiro”, que reciclam o lixo para vender, e aqueles que se alimentam das sobras do lixo.É lastimável que um país tão grande e tão rico, tenha ainda um retrato social como esse.Pessoas que não escolheram o que fazem, mas o fazem pela sobrevivência.Falta igualdade, falta oportunidade, falta o cumprimento dos direitos civis neste país.