Rio São Francisco não mais será poluído pelo esgoto da cidade de Belém de São Francisco, no Sertão do Itaparica, isto só foi possível devido à conclusão das obras de esgotamento sanitário executadas pela Codevasf, com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A Codevasf já está preparando o processo de transferência de gestão do sistema, que a partir de agora passará a ser operacionado pela Prefeitura Municipal ou pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Está sendo criada uma comissão para oficializar a transferência do sistema de esgotamento para o gestor do município.

Foram investidos R$ 3 milhões nas obras, dinheiro advindo do PAC, com objetivo de impedir que o esgoto produzido na área urbana de Belém de São Francisco seja depositado nas águas do Rio São Francisco. A obra consistiu na implantação de 13 quilômetros de rede de esgoto para a coleta e transporte dos resíduos, que irão passar por duas estações elevatórias e uma de tratamento para em seguida desaguarem no Rio São Francisco sem poluir as águas. Desta maneira cerca de 2,4 milhões de litros de esgoto bruto produzido em Belém de São Francisco deixarão de denegrir as águas do Velho Chico.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Alunos de escolas públicas da zona rural e urbana de Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande e Petrolina, estão aprendendo a preservar um dos bens naturais mais preciosos do Nordeste. O Rio São Francisco. Coordenado pelo pesquisador da Embrapa Semiárido, engenheiro agrônomo Tony Jarbas Ferreira, o projeto “Contribuição à revitalização do rio São Francisco com base na restituição de sua mata ciliar e recuperação de áreas degradadas” está levando há dois meses para as unidades de ensino dos três municípios citados, palestras e aulas práticas relacionadas ao tema.

A ação é promovida através de uma parceria entre a Embrapa Solo, Embrapa SNT, Codevasf e Ibama. Os estudantes são conscientizados em aulas dinâmicas. No escritório da Embrapa localizado em Petrolina, eles aprendem a produzir mudas de plantas nativas que formam a vegetação das margens do Rio Francisco. Em outra etapa do projeto os estudantes são levados para conhecer um trabalho experimental da Embrapa de recomposição da mata ribeirinha, em um local que teve a vegetação totalmente arrancada. Na área foram replantadas em seu local de origem espécies de jatobá, muquém e ingazeira.

A replantação das espécies nativa nas margens do Rio São Francisco é importante para sua preservação. As plantas formam barreiras naturais que impedem a invasão de sedimentos, principalmente na época de chuvas. Sem a mata ciliar acontece o assoreamento, quando a areia avança para dentro do rio. Esse é um dos mais graves problemas registrados na bacia do Rio São Francisco.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes