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PMDB pressiona e impõe ‘preço’ para proteger Palocci

pmdb_e_ptPrincipal aliado do governo, o PMDB colocou um “preço” para proteger o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, do constrangimento de ter de explicar a evolução de seu patrimônio no Congresso ou de ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A fatura já começou a ser apresentada e até o vice-presidente da República, Michel Temer, terá de ajudar a pagar esta conta, na condição de presidente de honra do PMDB.

A cota do vice foi tratada no café da manhã que ele ofereceu nesta quinta-feira, 26, a sete senadores do grupo independente do PMDB. Temer foi avisado de que o partido apoiará o relatório do senador Aécio Neves (PSDB-MG), restringindo poderes da presidente Dilma Rousseff na edição de Medidas Provisórias.

O vice entrou em campo para reunir os independentes do partido depois que o próprio Palocci foi advertido por petistas do risco de a oposição reunir 28 votos para investigá-lo – um a mais que o necessário para instalar uma CPI exclusiva no Senado.

Em meio à avalanche de críticas e queixas de parlamentares como Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que pediu audiência a Palocci há dois meses e meio e nunca obteve resposta, Temer foi cobrado como vice da República e como presidente do PMDB.

Dissidente que coordenou a campanha presidencial do tucano José Serra em Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB) contou que tem o apoio da bancada peemedebista para relatar o Código Florestal no Senado e pediu ajuda para evitar qualquer veto “descabido” do governo a seu nome, uma vez que ele não é “radical”. Mais do que a relatoria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ele quer ser o relator do Código na Comissão de Agricultura, que analisará o mérito da proposta.

Fonte: Estadão

Presidente do PMDB prega voo solo em 2014

raupp_pmdb_beto_barata_ae_04012011_288Principal fiador da eleição de Dilma Rousseff à Presidência ao lado do PT, o PMDB cogita, segundo o presidente nacional da sigla, senador Valdir Raupp (RO), um voo solo em 2014, quando poderá disputar com a petista. O partido, acrescentou ele, já prepara os nomes do atual vice-presidente, Michel Temer, e do governador do Rio, Sérgio Cabral, para o pleito presidencial.

“O PMDB sofre desse mal de não preparar nomes. Agora, estamos com dois nomes sendo preparados. Michel Temer e Sérgio Cabral. Neste momento nós temos que focar nesses dois nomes e trabalhar em todos os encontros regionais do partido e nos programas eleitorais. Nós temos que ter nome. A base tem que se preparar para a guerra. Aliança você faz e desfaz a qualquer hora”, disse o senador, sem temer os efeitos de uma ruptura da aliança com o PT na próxima disputa presidencial.

Raupp reuniu-se nesta sexta-feira, 6, em Belo Horizonte com as principais lideranças mineiras do partido, como o presidente do diretório estadual, deputado Antônio Andrade, e o deputado Newton Cardoso. Os peemedebistas discutiram estratégias para as eleições de 2012. No encontro foi reafirmada a intenção do PMDB de ter candidato próprio a prefeito em todas as cidades estratégicas. Ele deu como exemplo a filiação do deputado Gabriel Chalita (PSB) em São Paulo com intuito de disputar a Prefeitura.

Em Belo Horizonte, o PMDB trabalha com os nomes dos deputados estaduais Sávio Souza Cruz e Vanderlei Miranda, o vereador Iran Barbosa e o deputado federal Leonardo Quintão, que já disputou o cargo em 2008 contra o atual prefeito Marcio Lacerda (PSB).

A jornalistas, Raupp afirmou que o partido está tentando aumentar sua estrutura para ter a musculatura adequada nas eleições. De acordo com o senador, foi um “erro” o partido “não ter preparado nomes para a Presidência” nas eleições anteriores. Ele ressaltou que agora a legenda aprendeu e já começou a investir nas suas “lideranças maiores”, o que afirmou ser “prioridade” em todos os diretórios.

Fonte: Estadão

Temer cobra ”direito” do PMDB de governar

nac270Descontente com a partilha do poder, o vice-presidente da República, Michel Temer, aproveitou a festa de comemoração pelos 45 anos do PMDB, anteontem à noite, para defender a ocupação de cargos no governo por integrantes do partido. Diante de uma plateia de 300 peemedebistas, Temer foi ovacionado ao argumentar que o partido venceu as eleições e, por isso, “tem o direito” a participar do governo, sem ter a pecha de fisiologista.

“Nós participamos de uma eleição em que fomos vencedores. PT e PMDB fizeram uma aliança. Então, estamos no direito de, tendo participado de uma eleição, de ocupar os cargos”, disse. Para ilustrar seu discurso, o vice-presidente usou de ironia: “Proponho que daqui a cinco, quatro anos nós lancemos um candidato à Presidência e, se ganharmos, e quando ganharmos, dizer que, como nós não somos fisiológicos, não vamos indicar ninguém para o governo”.

Depois de se reunir ontem à tarde com a bancada do PMDB no Senado, Temer reiterou que não defendeu o lançamento de candidatura própria à sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2014. Explicou que “muitas vezes” ouve críticas de que o PMDB não pode participar do governo, apesar de o partido ter vencido a eleição. Temer não descartou, no entanto, que no futuro o PMDB venha a lançar candidato próprio à Presidência. Não é a primeira vez que Temer “ameaça” com candidatura própria do PMDB. Já parte do governo Lula, Temer chegou a defender candidatura própria nas eleições de 2010.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o partido pretende lançar candidaturas na maioria dos municípios nas eleições do ano que vem. É uma forma de a legenda se preparar para ter candidato próprio à Presidência. “Não quer dizer que seja na próxima eleição. Nós teremos candidato à Presidência no momento em que tivermos condições de ganhar as eleições. Não se falou especificamente em 2014, não se falou em datas”, observou.

Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a discussão sobre sucessão presidencial é prematura. “O PMDB não é apenas um participante do governo. Ele é governo. Tem a vice-presidência da República, tem espaços importantes no Congresso. E eu acredito que, além de ser imprópria essa discussão agora, o PMDB não tem motivo para se sentir insatisfeito com o tratamento recebido da presidente”, afirmou o petista.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Deputado de 21 anos cobra mais cargos para o PMDB

hugo_motta_lula_divulgacaoMais novo do que a própria Constituição, que o autoriza a exercer mandato parlamentar aos 21 anos, o deputado Hugo Motta (PMDB-PB) defende o apetite de seu partido por cargos estratégicos na administração pública federal. Rosto mais jovem da legislatura (2011-2015) iniciada no último dia 2, Hugo chega ao Parlamento conduzido por 86 mil eleitores para reforçar a equipe de 78 deputados e 20 senadores do PMDB – partido que disputa com o PT o posto de maior bancada no Congresso.

Poderio que, se garante o relativo conforto governista em relação aos interesses do Planalto, implica um preço a ser pago pelo próprio Planalto na hora de “dividir o bolo” do poder. “Se nós somos o maior partido do Brasil, se temos o maior número de senadores, temos vários aliados, várias pessoas importantes para nosso partido que precisam participar do governo, porque nós trabalhamos para esse governo estar onde está”, resume o deputado, em reposta às críticas sobre o apetite voraz do PMDB por altos cargos no Executivo.

Na avaliação dele, o partido está certo ao reivindicar mais espaço no governo da primeira presidenta eleita do país. “Participamos desta vitória de Dilma, e nada mais justo do que termos a nossa parte, termos a nossa fatia do bolo. Nós contribuímos diretamente para que ela fosse a nova presidenta do Brasil”, arremata Hugo, filiado ao PMDB desde 2005.

O deputado acredita que, agora que tem um vice-presidente da República entre seus quadros, o “grande PMDB” tem mais autoridade para ocupar espaços no poder. “Hoje nós somos governo de fato, e estamos aqui para apoiar a base aliada do governo, mas seguindo a orientação do nosso partido, que é o grande PMDB”, observa.

Estudante de Medicina, o parlamentar nascido em 11 de setembro de 1989 (a Constituição foi promulgada em 5 de outubro de 1988) vem de família tradicional na política, e diz se orgulhar não só dos ascendentes, mas também da história recente de seu partido. “Tenho o prazer e o orgulho de o meu avô, Edvaldo Motta, ter sido deputado constituinte do PMDB naquele momento importante da democracia brasileira”, declara, referindo-se ao período de redemocratização que culminou com a elaboração do texto constitucional.

A política parece mesmo estar no DNA de Hugo Motta: pelo lado materno, é neto do ex-deputado Edvaldo Motta e da deputada estadual Francisca Motta (PMDB). O pai dele, Nabor Wanderley, é prefeito de Patos (PB) pela segunda vez, cargo já ocupado pelo avô paterno do deputado há mais de quatro décadas.

Fonte: Congresso em Foco

PT e PMDB selam a paz em encontro com Temer

20110111104639Um encontro entre o vice-presidente Michel Temer e o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, nesta terça-feira (11) jogou uma pá de cal sobre os desentendimentos públicos entre PT e PMDB pela escolha dos cargos de segundo escalão do governo.

A ordem, assentida pelo ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e pelo líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves, é para que os todos os problemas da base aliada sejam resolvidos entre os partidos, sem que resvale para o público externo a briga por importantes cadeiras em empresas estatais.

De acordo com o relato de um dos presentes à reunião, Michel Temer transmitiu um recado da presidente Dilma Rousseff de que não queria mais ver desentendimentos entre os dois partidos que compõem o governo.

– Foi estendida a bandeira branca. O vice foi bem claro ao dizer que se somos todos governo, devemos todos agir como governo.

Uma outra reunião, convocada por Temer na hora do almoço na casa do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), selou de vez o armistício. Na presença dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Henrique Alves (PMDB-RN), Temer relatou o encontro da manhã e pediu que a base aliada evitasse novas disputas públicas.

A primeira decisão nesse sentido foi a convocação de uma reunião entre Henrique Alves e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para definirem a distribuição de cargos na pasta. Os dois se reúnem ainda nesta terça-feira e o principal alvo da discussão é a Funasa (Fundação Nacional da Saúde), principal reduto peemedebista na área e que chegou a ter sua troca anunciada por Padilha assim que assumiu o cargo.

– Recebemos a orientação de buscar uma solução de consenso para o caso. Onde não houver conflito, as nomeações podem acontecer até mesmo antes da eleição da Mesa (da Câmara dos Deputados, marcada para o dia 1º de fevereiro).

Fonte: R7