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Justiça adia julgamento de habeas-corpus de Bruno em Minas

bruno_goleiro_pequenoA Justiça adiou o julgamento de habeas-corpus do goleiro Bruno nesta quarta-feira para daqui sete dias. A sessão chegou ter início na 4ª Câmara Criminal do Tribunal e Justiça de Minas Gerais, mas o desembargador Doorgal Andrada pediu vista do processo após uma sustentação oral do advogado do atleta, Cláudio Dalledone Jr, que falou por 13 minutos.

A noiva de Bruno, Ingrid Calheiros Oliveira, acompanhou a sessão, mas não falou com a imprensa. Se receber o habeas-corpus, Bruno deve ser transferido para o Rio de Janeiro. Em dezembro de 2010, a Justiça carioca o condenou a quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio, ex-amante do jogador, em outubro daquele ano.

Fonte: Terra

Brasileiro já destina 22% da renda para cobrir endividamento

dividasA fartura de crédito que marcou o governo Lula – e ajudou na ascensão da classe C – começa a exibir seu lado nada glamouroso. O comprometimento da renda do brasileiro com o pagamento de dívidas aumentou 6,9 pontos percentuais (46,6%) entre 2003 e 2010, segundo cálculos da LCA Consultores com base em dados do Banco Central (BC). De acordo com o BC, em janeiro de 2003, o brasileiro precisava destinar 14,6% do seu ganho familiar mensal para a quitação de débitos. Oito anos depois, em dezembro de 2010, esse percentual havia passado para 21,4%. Houve novo salto em janeiro deste ano (o dado mais recente divulgado pelo BC), quando o indicador atingiu 22,2%. Especialistas dizem que “o limite de segurança” para evitar um ciclo vicioso de dívidas é de 25% da renda.

Os dados do BC levam em consideração apenas as dívidas dos consumidores com os bancos. São dívidas com crédito pessoal, consignado (com desconto em folha de pagamento), financiamento de veículos e crédito habitacional. Não estão incluídas as pendências com cheque especial e cartão de crédito, que embutem taxas de juros superiores a 10% ao mês e costumam fazer os maiores estragos no orçamento.

– O crédito este ano vai ficar menos abundante e mais caro, o que significa que a capacidade de pagamento de dívidas pelas famílias deve piorar. Não temos uma trajetória explosiva de comprometimento da renda com dívida, mas é preciso atenção com essa luz amarela. O quadro para 2011 é menos benigno – afirma o economista Douglas Uemura, da LCA Consultores.

A estabilidade da economia e a oferta abundante de crédito nos últimos anos levou o brasileiro a experimentar um pouco o estilo de vida de consumidores de Primeiro Mundo. Nos EUA, segundo o Federal Reserve (o banco central americano), as dívidas comem 17% da renda. É menos do que no Brasil, mas é preciso considerar a diferença de renda entre os trabalhadores dos dois países. Enquanto nos EUA a média chega a US$ 4,4 mil por mês, no Brasil o valor é de cerca de R$ 1,5 mil (US$ 882).

Fonte: O Globo