ipi reduzido

Reduções de IPI provocarão perdas de R$ 2,2 bilhões para o governo

O governo deixará de arrecadar R$ 2,2 bilhões com a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de móveis anunciada na última semana pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Se também for levada em conta a diminuição de impostos para os produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos), o impacto chega a R$ 2,32 bilhões nos próximos sete meses. Desse total, R$ 1,77 bilhão corresponde ao que o governo deixará de arrecadar em 2010, caso não haja novas desonerações.

Antes do anúncio das novas medidas, o impacto estava estimado em R$ 25,2 bilhões. Se forem consideradas apenas as medidas diretamente relacionadas à crise econômica, as reduções de impostos neste ano atingem R$ 15,86 bilhões.

Na última terça-feira (24), o governo prorrogou a redução de IPI para os veículos bicombustíveis e movidos somente a álcool até 31 de março de 2010, além de estender a alíquota zero para os caminhões até 30 de junho do próximo ano. De acordo com o Ministério da Fazenda, essa medida tem impacto fiscal de R$ 1,3 bilhão.

Na quarta-feira (25), Mantega anunciou novas desonerações. Os móveis e painéis de madeira tiveram o IPI zerado até 31 de março e diversos tipos de materiais de construção tiveram a redução prorrogada até 30 de junho. As duas medidas têm impacto combinado de R$ 903 milhões – R$ 686 milhões para a construção civil e R$ 217 milhões para o setor moveleiro.

No final de outubro, a equipe econômica havia anunciado outra desoneração. Os produtos do IPI da linha branca tiveram as alíquotas reduzidas prorrogadas até 31 de janeiro. O benefício, no entanto, só vale para os eletrodomésticos que consomem menos energia e recebem selo verde. O governo estimou o impacto em R$ 132,1 milhões.

Fonte: Correio 24 horas

IPI menor para móveis também vale para produtos em estoque, diz Receita

O subsecretário de Tributação da Secretaria da Receita Federal, Sandro Serpa, confirmou nesta sexta-feira (27), que a zeragem da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis começou a valer a partir de ontem, com a publicação dos decretos no Diário Oficial, e abrange também os produtos que estão estocados nas redes varejistas.

A regra consta no decreto presidencial 7016, publicado no Diário Oficial da União (DOU), de ontem, que regulamenta a redução do tributo. “O IPI é cobrado na indústria. Deste modo, ele já sai pagando 10%. Se não permitíssemos que os produtos estocados fossem abrangidos pela redução, haveria uma disfunção de mercado, pois estes produtos ficariam mais caros”, explicou Serpa.

Para viabilizar o IPI reduzido para os produtos estocados, o decreto estabelece que o varejista envie uma nota de saída para a fábrica e, posteriormente, receba uma nota de entrada com o IPI zerado. Entretanto, o produto não precisará sair do depósito. “É uma medida para evitar que haja diferença de preços”, explicou Serpa.

onte: Portal G1

Estados e municípios arcam com corte de IPI

selo-ipiO ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem novo pacote de incentivos fiscais, a medida irritou governadores e prefeitos. “É o velho hábito de fazer caridade com o chapéu alheio. Por que o governo, em vez de desonerar a receita compartilhada (IPI e IR), não faz isso com contribuições que só ele arrecada, como a Cofins, que pega toda a cadeia produtiva?”, indagou o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski

Quem paga o grosso da conta da redução do IPI oferecida pelo governo federal são os Estados e municípios, donos de 57% da arrecadação com o tributo. A avaliação é do consultor Clóvis Panzarini, ex-coordenador da administração tributária do governo paulista, que critica os acordos fechados unilateralmente pela Fazenda. Pela lei, os Estados têm direito a 30% da arrecadação do IPI e os municípios, 24% (já incluído o Fundo de Exportação). Além disso, 3% da arrecadação vai para um fundo de desenvolvimento regional do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Fonte: AE