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Alto preço não afasta público de feirão em Brasília

feirao_caixa_divulgacaoO metro quadrado mais caro do país não afastou o público interessado na sétima edição do Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal em Brasília. Mesmo com imóveis que atingem R$ 6 milhões, as construtoras se programaram para oferecer opções mais atrativas, principalmente àqueles interessados no programa Minha Casa, Minha Vida.

O programa do governo federal é responsável por 53% do total de unidades habitacionais disponíveis para o evento. São 8.096 imóveis, destinados a famílias com renda superior a três salários mínimos. De acordo com o superintendente regional da Caixa, Elício Lima, é possível encontrar opções comerciais e residenciais novas, usadas e na planta.

– Em virtude da maior procura dos consumidores e também da oferta por parte das construtoras, houve um aumento no número de alternativas que se encaixam no padrão do programa Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda até dez salários mínimos.

A costureira Ilza Ribeiro, de 38 anos, chegou ao feirão disposta a trocar o aluguel de R$ 500 em um barraco na cidade-satélite de Taguatinga, a 20 quilômetros do centro de Brasília, por um apartamento. Com o alto custo, no entanto, se viu obrigada a optar por um empreendimento em Valparaíso, na região do entorno do DF, a 35 quilômetros de distância. Por um apartamento de 30 metros quadrados, Ilza deve pagar prestações entre R$ 400 e R$ 600.

– Preferia aqui dentro de Brasília, mas está muito caro. Valparaíso foi uma opção porque posso comprar pelo Minha Casa, Minha Vida. Não quero mais continuar vivendo de aluguel, é um dinheiro que não tem volta, quero algo para mim.

Moradores de Santa Maria, Adriana Rodrigues, de 25 anos, e o marido Rogério Ferreira, 33, também estavam interessados no programa federal, mas procuravam por uma casa. A oferta, no entanto, está concentrada em apartamentos.

– Ainda vamos andar e procurar mais. É a primeira vez que a gente vem à feira e não sabíamos muito bem como funcionava. Têm diversos apartamentos, mas não achamos casa. E os preços estão muito altos.

O analista de redes Jefferson Santos, de 23 anos, e a noiva Thaisa Emerick, 21, vão se casar apenas no ano que vem, mas já acertaram o lar do casal. Ele mora em Taguatinga e ela em Ceilândia, cidades-satélites vizinhas que tiveram grande valorização imobiliária nos últimos anos.

A poupança acumulada ao longo dos últimos três anos e a ajuda do pai de Jefferson não foram suficientes para comprar algo no mesmo bairro. Diante de preços exorbitantes, os dois optaram por um apartamento de 45 metros quadrados em Samambaia pelo valor de R$ 152 mil.

– Parece que criaram um padrão. Os apartamentos de dois quartos têm 50 metros quadrados e ficam na faixa de R$ 150 mil a R$ 200 mil. Brasília está tão cara que somos obrigados a nos afastar do centro cada vez mais.

Até as 12h deste sábado (21), o feirão recebeu mais de 18 mil pessoas e movimentou R$ 242 milhões em 1.607 contratos assinados. A maior parte é de imóveis na faixa de R$ 70 mil a R$ 170 mil. O feirão vai até hoje, das 10h às 18h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Fonte: R7