Vida FM Asa Branca Salgueiro FM Salgueiro FM

Policiais rejeitam proposta inicial do governo, mas negociação continua

Após quase duas horas de reunião entre representantes dos policiais militares e bombeiros com o governo, a gestão estadual apresentou uma proposta com promessas de concurso, pagamento de auxílios de transporte e de benefício anual para aquisição de fardamentos. No entanto, em assembleia na noite desta quarta-feira, a categoria rejeitou todas as cláusulas discutidas. Policiais militares e bombeiros voltaram a pedir reajuste direto no salário. Depois da assembleia, a comissão de representantes da categoria voltou à sede da Secretaria de Administração, no bairro do Pina, onde acontecem as negociações, para levar uma contraproposta à gestão.

O documento apresentado pelo Governo de Pernambuco previa o pagamento de um auxílio para aquisição de uniforme no valor de R$ 750 anual para os militares praças, oficiais ativos e da guarda patrimonial todo mês de junho; pagamento de ajuda de custo de transporte no valor de R$ 350 mensais para todos os praças e R$ 600 para todos os oficiais já em julho; investimento e regularização de débitos no Sistema de Saúde dos Militares do Estado de Pernambuco; abertura de concurso público para oficiais com 60 vagas para PMs e 20 para bombeiros para o ano de 2017 e o mesmo quantitativo para 2018; abertura de seleção interna para o curso de formação de oficiais da administração no exercício de 2016; abertura de concurso público para soldados da CBM para 300 soldados; a revisão no Código Disciplinar em 2016; compromisso da não majoração da alíquetoa de Funafin; e abertura de curso de habilitação de cabos e curso de formação de sargentos neste ano. No entanto, todas as alternativas foram rejeitadas.

De acordo com o deputado estadual Joel da Harpa, os policiais e bombeiros querem aumento real no salário. “Se todos os benefícios forem descartados e esses valores forem transformados em reajuste real, certamente a categoria vai aceitar a proposta”, explicou. Em entrevista para a TV Clube, José Roberto Vieira, presidente da Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros Militares disse que os servidores não querem mais benefícios. “Esperamos que o governo se sensibilize com nossa situação”, declarou Vieira.

A nova reunião de negociação acontece entre cinco representantes da Associação de Cabos e Soldados, Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros Militares e Associação dos Bombeiros Militares de Pernambuco e o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o secretário de Administração, Milton Coelho, e o comandante da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Carlos D’Albuquerque.

Segurança
No momento, o policiamento nas ruas está normal. Caso não haja acordo, a orientação da categoria é de que os PMs se aquartelem.

Fonte: Diario de Pernambuco