A Polícia Federal prendeu, em Florianópolis José Antunes Sobrinho, um dos donos da empreiteira Engevix, que já é investigada na Operação Lava Jato. Ele ficará detido preventivamente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
O outro mandado de prisão é temporária contra João Augusto Henriques. Ele é apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras.
Trinta e cinco policiais federais saíram às ruas em Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro para cumprir 11 mandados judiciais: sete de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária e dois de condução coercitiva.
A nova fase da Lava Jato tem duas frentes: uma investiga o pagamento de propina num contrato de R$ 140 milhões, entre a Engevix e a Aratec, empresa de Othon Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear. Othon está preso em Curitiba há quase dois meses. Segundo as investigações, quem ordenou o pagamento foi José Antunes Sobrinho. A prisão dele foi baseada em depoimentos de delatores e extratos bancários.
“Não há uma relação direta com o casoPetrobras. Salvo que nós estamos trabalhando com os mesmos fatos, que é compra de apoio político partidário para sustentação do governo federal através de corrupção”, fala o procurador Carlos Fernando Lima
A outra frente de investigação envolve a diretoria internacional da Petrobras, na gestão de Jorge Zelada, ex-diretor da estatal, que também está preso. A polícia apura a participação de João Augusto Henriques, suspeito de atuar como operador do PMDB.
“Este operador é investigado por intermediar o pagamento de propina com destaque para um contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras no valor de mais de US$ 1,8 bilhão, em que o valor da propina ultrapassa a US$ 30 milhões”, diz Igor Romário de Paula, delegado da Polícia Federal.
Fonte: Jornal Hoje
