O governo federal publicou nessa quarta-feira (23) o decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associadas (Renca), uma área de 47 mil quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá – o equivalente ao tamanho do estado do Espírito Santo.
A região, que é rica em ouro e outros minérios, engloba também nove áreas protegidas, entre florestas estaduais, reservas ecológicas e terras indígenas.
O WWF-Brasil já havia feito o alerta. Em maio deste ano, a organização avisou que o governo pretendia liberar essa área para iniciativa privada – que estava proibida para a mineração desde 1984. É mais uma das medidas previstas pelo governo Temer para estimular o desenvolvimento econômico e engordar o PIB brasileiro.
Mas não é só isso. Segundo relatório divulgado no mês passado pelo WWF-Brasil, produzido em parceria com a empresa Jazida.com, especializada em geoprocessamento, a extinção da Renca deverá gerar uma série de conflitos entre a atividade minerária, a conservação da biodiversidade e os povos indígenas.
A área conhecida como Renca engloba nove áreas protegidas: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este.
Fonte: WWF