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Governistas trabalham para que CCJ vote denúncia contra Temer na quarta-feira

A votação da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara deve ocorrer nessa quarta-feira (18). Hoje (17), os integrantes do colegiado começam a analisar o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomenda a rejeição do prosseguimento da denúncia.

Segundo um dos principais articuladores do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), a base aliada trabalha para alcançar o mesmo resultado obtido na votação da primeira denúncia contra Temer na CCJ. Na ocasião, o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que também recomendava o arquivamento da denúncia, recebeu 41 votos favoráveis, 24 contrários e houve uma abstenção.

“Acredito que a gente vai ter uma votação muito expressiva, parecida com aquela que tivemos já na primeira denúncia, que também foi arquivada tanto por sugestão da CCJ quanto no plenário”, afirmou Mansur. Para acelerar a tramitação da denúncia na comissão, muitos governistas deverão abrir mão do tempo de discussão a que têm direito.

Para Mansur, a divulgação de vídeos da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro não deverá influenciar os deputados na votação da CCJ. Nos vídeos, Funaro diz que Temer recebeu propina repassada pelo ex-deputado Eduardo Cunha, entre outras acusações. “Na minha opinião, não muda absolutamente nada. Nós temos um número de votos consolidado dentro da CCJ para votar o relatório do deputado Bonifácio de Andrada e indicar para o plenário o arquivamento da denúncia. É lógico que se tem, muitas vezes, marolas feitas pela oposição e isso é absolutamente normal”, disse.

O deputado governista defendeu a carta enviada por Temer a parlamentares na qual o presidente se defende de acusações contra ele. No texto, Temer diz que é vítima de “uma campanha implacável com ataques torpes e mentirosos” e que há uma “conspiração” para derrubá-lo do cargo.

“O presidente Michel Temer tem conversado muito com os parlamentares sobre a sua inocência”, afirmou Mansur. “[Trata-se de uma] carta explicativa, de uma pessoa que está sendo acusada, que é inocente e está se defendendo. Não vejo absolutamente nenhum problema com relação à carta, até porque conta a história dele, ele assina”.

Fonte: Agência Brasil