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FPF proíbe repórteres de rádios em campo nos jogos do Campeonato Pernambucano e associação se manifesta contra atitude

As emissoras de rádio de Pernambuco, principalmente aquelas que transmitem jogos do Campeonato Pernambucano, estão na bronca com o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho. Isso porque ele proibiu a presença de repórteres de rádios no gramado durante jogos de futebol no Estado. A medida foi colocada em prática pela primeira vez no último sábado, 20, no clássico Sport x Santa Cruz, na Arena Pernambuco.

No domingo, 21, Evandro ampliou a polêmica, comemorando a medida no portal “O Poder”, num texto com o título “Futebol brasileiro avança fora das quatro linhas”. Ele define a proibição como um fato histórico no futebol brasileiro e defende que seja estendida para competições nacionais, como o Campeonato Brasileiro.

“Quebramos, pela primeira vez, na história secular do nosso futebol, esse absurdo privilégio das emissoras de rádio de abusarem do direito de atuar no entorno do gramado e até dentro do campo de jogo. Isso sem qualquer pagamento em favor dos clubes que fornecem o conteúdo – o espetáculo”, escreveu o presidente da FPF.

Representante da radiodifusão em Pernambuco, a ASSERPE emitiu uma nota oficial, lamentando a proibição determinada pela federação. “A construção da história e tradição do futebol pernambucano deve muito ao papel das emissoras ao longo de mais de cem anos, levando à população em todas as regiões as informações desse esporte”, começa a nota, destacando que uma decisão de cobrar das rádios pela transmissão de jogos foi derrubada no Paraná.

“Cabe lembrar que a Lei Geral do Esporte fixou que apenas a difusão de imagens captadas em eventos esportivos é passível de exploração comercial pelos clubes, definindo os parâmetros desse trecho da Lei Pelé”, ressalta a ASSERPE, informando que já está em contato com a ABERT (Asssociação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) para combater a proibição na justiça. “Ao contrário do que busca destacar o presidente, com sua decisão o futebol pernambucano não avança. Ao contrário, retrocede”, conclui a nota.

Da redação do Blog Alvinho Patriota