O exército de Israel matou seis crianças palestinas em dois bombardeios, um deles em uma rua da cidade de Khan Yunes, e outro em uma praia de Gaza próxima ao hotel onde muitos jornalistas internacionais estão hospedados.
De acordo com testemunhas, quatro crianças se divertiam na praia citada durante o entardecer e, após ouvirem um primeiro disparo, começaram a correr. Na sequência, um segundo projétil, aparentemente procedente de uma das embarcações direcionadas à Faixa, as atingiu.
‘Estávamos aqui na praia, como costumamos fazer. Os meninos estavam correndo e brincando quando o míssil caiu. Que alvo estratégico há aqui? Os israelenses dizem que atacam o Hamas, mas onde está o Hamas aqui? Só mataram civis e, o pior, crianças’, disse Hatem, um dos homens que estava no local.
Onde está a comunidade internacional? Onde estão os direitos humanos?’, completou.
Consultado pela Agência Efe, uma porta-voz militar israelense evitou se pronunciar sobre esse ataque, embora o ‘Canal 1’ tivesse informado que o exército já abriu uma investigação para apurar as denúncias apresentadas pelos palestinos.
Segundo a fonte citada, um membro do Estado-Maior com categoria de general supervisiona toda a operação israelense com a única missão de investigar este tipo de casos.
Mesmo assim, com estas novas mortes, o número de crianças palestinas mortas nessa ofensiva israelense foi elevado para 45. Essa é terceira ofensiva contra Gaza – conhecida como operação Limite Protetor – desde 2007, quando o movimento islamita Hamas assumiu o controle da faixa.
Nesta última ofensiva bélica, o exército israelense já matou 220 palestinos, sendo 75% deles civis, e outros 1,5 mil ficaram feridos. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, entre os mortos também há 26 mulheres e dez idosos.
Fonte: Agência EFE