BNDES critica escolha do fundador da JBS para assumir presidência

A volta do fundador da JBS à presidência da empresa provocou reações nesta segunda-feira (18) do mercado financeiro e do BNDES, que é sócio. José Batista Sobrinho assumiu o lugar do filho, Wesley, que está preso em São Paulo.

O mercado financeiro deu o primeiro sinal negativo à manutenção de uma pessoa da família Batista no comando na JBS. Logo no começo do pregão, o valor das ações da empresa despencou. Permaneceu em baixa durante todo o dia e fechou em queda de quase 4%.

No domingo (17), a JBS anunciou que o Conselho de Administração elegeu o fundador José Batista Sobrinho por unanimidade para dirigir a companhia.

Também escolheu três executivos da própria JBS para assessorar a presidência: Gilberto Tomazoni, André Nogueira e Wesley Batista Filho. O pai dele, Wesley Batista, era o presidente da JBS e está preso acusado de usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro.

A reunião, convocada na quinta-feira (14), aconteceu no sábado (16) à noite, em São Paulo.

A reunião que escolheu José Batista Sobrinho demorou quase seis horas. A JBS destacou que a eleição do patriarca foi unânime, numa tentativa de sinalizar ao mercado que havia consenso entre os membros do Conselho de Administração da empresa.

Mas, nesta segunda-feira (18), o presidente do BNDES criticou a postura dos administradores. O banco público é o segundo maior acionista da JBS, com 21% das ações.

A representante do BNDES na reunião, a advogada Cláudia Santos, votou a favor da escolha de José Batista Sobrinho.

Segundo o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, a reunião foi convocada às pressas e não havia a expectativa de que o novo comando da empresa seria votado.

“Esta empresa está descumprindo uma característica fundamental dessa colaboração entre setor público e privado, que é ter uma governança impecável. E nós estamos longe disso. Nós queremos, exigimos, e haveremos de conseguir melhor governança nessa companhia porque existe dinheiro do Brasil e de todos os brasileiros nela”, disse o presidente do BNDES.

O BNDES chegou a divulgar nota afirmando que não questiona o mérito do voto da conselheira.

Nesta segunda, no fim da tarde, o BNDES anunciou a substituição de Cláudia Santos e de Mauricio Luchetti por outros dois conselheiros. Segundo o banco, Cláudia e Mauricio já haviam pedido demissão e Mauricio nem chegou a participar da reunião que elegeu o novo presidente da JBS.

José Batista Sobrinho, de 84 anos, assume agora a presidência do JBS por dois anos.

Conhecido como Zé Mineiro, ele fundou a empresa em 1953 e deu a ela as iniciais do próprio nome. O que começou como um pequeno açougue em Anápolis, Goiás, se tornou a maior empresa de proteína animal do mundo.

Fonte: Jornal Nacional

Aécio não consegue se eleger para ‘cargo’ na escola da filha

A relação entre Aécio Neves e João Doria, que estava abalada, foi reestabelecida. Amigos em comum fizeram a ponte para o entendimento.

A influência de Aécio fora dos bastidores políticos, porém, anda desgastada. O tucano tentou ser o padrinho da sala de sua filha numa escola bilíngue de Brasília. Perdeu a votação.

No início do ano letivo, os pais elegem um pai colaborador, responsável por aproximar as famílias da escola. Todos são convidados a votar em um representante por turma. A mensalidade na escolinha gira na casa dos 4.000 reais.

Fonte: BloG Radar

 

Temer viaja a Nova York para jantar com Trump e discursar na ONU

O presidente Michel Temer embarcou na manhã de ontem (18) para os Estados Unidos, onde participou de jantar com o presidente do país, Donald Trump, e fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Com a viagem de Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, assume temporariamente a Presidência da República.

Hoje (19), Temer fará o discurso de abertura da 72ª Assembleia Geral da ONU, seguindo a tradição da organização de que o Brasil é o primeiro a ter palavra desde 1947. Será a segunda vez que Temer discursará na abertura do evento das Nações Unidas. No ano passado, ele reiterou o compromisso “inegociável” do Brasil com a democracia e abordou alguns conflitos internacionais, como o entre Israel e Palestina e a guerra da Síria.

Segundo o representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas, Mauro Vieira, entre os destaques do discurso deste ano devem estar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o Tratado para Proibição de Armas Nucleares, que deve ser ratificado por 26 países, entre eles o Brasil, na quarta-feira (20).

Ainda nessa terça (19), o presidente brasileiro se reúne com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e com líderes do Oriente Médio: Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, Abdel Fattah El-Sisi, do Egito, e Benjamin Netanyahu, de Israel. No mesmo dia, ele se encontra com líderes dos países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab.

A previsão é que na quarta-feira Temer volte à ONU para participar da cerimônia alusiva ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares. O tratado foi assinado em 7 de julho deste ano por 122 países, em uma conferência proposta por Brasil, Áustria, México, África do Sul e Nova Zelândia. Porém, para entrar em vigor, precisa ainda ser ratificado por pelo menos 50 Estados. Nenhum dos países que detêm armas nucleares assinou o texto do tratado.

Na quarta-feira à tarde, Temer vai se encontrar com o presidente da Guiana, David Granger, e com o presidente do Irã, Hassan Rohani. A agenda do presidente brasileiro também prevê participação em seminário promovido pelo jornal Financial Times, com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Eles devem falar sobre oportunidades de investimento no Brasil. No mesmo dia, o presidente embarca de volta ao Brasil.

Fonte: Agência Brasil

Meirelles diz ser prejudicial começar 2018 com reforma previdenciária pendente

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (18) que é preciso aprovar a reforma da Previdência para que o país possa iniciar um novo capítulo com equilíbrio fiscal e estabilidade econômica de forma a seguir a rota de crescimento sustentável nos próximos anos. Meirelles disse ainda que seria prejudicial começar 2018 com a aprovação da reforma pendente.

“O país tem o direito e a expectativa de que a reforma da Previdência seja votada agora e seja aprovado nos seus pontos fundamentais para que entremos num novo capítulo, um capítulo com equilíbrio fiscal, com estabilidade econômica e que possa garantir ao país uma rota de crescimento sustentável nos próximos anos”, disse o ministro da Fazenda a jornalistas após a cerimônia de posse da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Sobre a possibilidade de a nova denúncia apresentada pelo Ministério Público ao Supremo Tribunal Federal, contra o presidente Michel Temer, atrapalhar o andamento da reforma, Meirelles disse esperar que “ tudo seja mantido e votado no seu devido tempo”.

“Os parlamentares estão conscientes disso. O Brasil precisa deixar esse capítulo para trás; não podemos continuar discutindo a reforma da Previdência, porque se ela não for feita agora, terá que ser feita no futuro próximo”, disse Meirelles.

O relatório da reforma da Previdência já foi aprovado em comissão especial da Câmara e aguarda votação em plenário.

Fonte: Agência Brasil

Governo quer usar CPI da JBS para mudar lei das delações

Com novo fôlego após a reviravolta que colocou na berlinda executivos da JBS, aliados de Michel Temer pretendem usar a CPI mista recém-instalada no Congresso para criar um ambiente político que possibilite a absolvição de investigados e o desencorajamento de futuras delações premiadas.

O objetivo, segundo a reportagem ouviu de parlamentares, é direcionar o foco para eventuais falhas no trabalho de Rodrigo Janot, que deixou a chefia do Ministério Público nesse domingo (17).

Sob o discurso de que a CPI irá trabalhar para “separar o joio do trigo”, a base de Temer -que controla 76% das cadeiras da comissão- pretende usar depoimentos, documentos e quebras de sigilo para dar caráter oficial a um antigo discurso de que são alvos da Procuradoria-Geral da República.

Por esse discurso, Janot e sua equipe tentaram criminalizar atividades políticas lícitas, induzindo delatores a tratar sob o único guarda-chuva da “propina” corrupção pura e simples e atividades lícitas, como doações eleitorais declaradas e recebidas sem contrapartida.

Além de minar a credibilidade da delação da JBS e, por tabela, de todas as outras conduzidas por Janot, busca-se aprovar no final a redação de um projeto de lei que altere as atuais regras de delação.

Ainda não há definição clara sobre esse texto, mas uma medida que conta com amplo apoio é o estabelecimento de penas pesadas a delatores que não apresentarem provas de suas acusações.

“A legislação da delação tem falhas. O cara delata até a mãe, inventa coisas para ser solto”, diz o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais aliados de Temer.

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS passou quatro meses parada até ter sido instalada no início do mês, pouco após vir à tona áudio em que Joesley Batista e Ricardo Saud, da J&F, dão a entender que receberam orientação de investigadores para fazer o acordo.

Até as 19h de sexta (15), 151 requerimentos haviam sido apresentados pelos integrantes da comissão, cuja sessão da semana passada foi marcada por confusão.

Fonte: Folhapress