Polônia expressa preocupação por manobras militares de Rússia e Bielorrússia

O governo de Varsóvia denunciou nesta quinta-feira (14) “indícios” de que as manobras conjuntas iniciadas pelos exércitos de Rússia e Bielorrússia perto da fronteira com a Polônia e com os países bálticos têm “caráter ofensivo”, ao contrário do declarado por Moscou. A informação é da EFE.

O vice-ministro de Defesa da Polônia, Michal Dworczyk, expressou em uma declaração no Parlamento sua “preocupação” perante estes exercícios militares denominados “Zapad 2017”, que tanto a Polônia como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) “acompanham de perto”.

“Tratam-se algumas manobras que não são transparentes, tanto pela falta de informação sobre o número de soldados envolvidos quanto pelas incertezas em torno do cenário escolhido”, acrescentou o titular da Defesa, referindo-se às dúvidas expressadas pela Otan quanto à veracidade dos dados apresentados por Moscou.

A Rússia afirma que estas manobras mobilizaram cerca de 12.700 soldados (de modo que deveria apenas informar à Otan e convidar observadores), quando a aliança estima que o número de militares envolvidos é de aproximadamente 100 mil.

As “Zapad”, manobras militares que a Rússia e a Bielorrússia realizam a cada quatro anos para melhorar sua coordenação, acontecem perto das fronteiras da Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia. O alerta perante estes exercícios também afetou os países bálticos, que criticaram a falta de transparência da Rússia e se consideraram preparados para se defender.

Fonte: Agência EFE

Duplo atentado reivindicado pelo EI deixa mais de 80 mortos no Iraque

O Iraque sofreu o ataque mais sangrento desde a retomada da cidade Mossul das mãos dos extremistas em julho passado, com um balanço atualizado de 83 mortos e vários feridos em um duplo atentado reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O primeiro ataque aconteceu em um restaurante, e o segundo, com carro-bomba, ocorreu um pouco depois e teve como alvo um posto de controle. Ambos foram cometidos em uma estrada perto da cidade de Nassiriya, 300 quilômetros ao sul de Bagdá, na província de Zi Qar.

A estrada em questão é usada, com frequência, por peregrinos e visitantes do vizinho Irã, a caminho das cidades sagradas xiitas de Najaf e de Kerbala, mais ao norte. Há sete iranianos entre as vítimas.

Em um breve comunicado divulgado por sua agência de propaganda, a Amaq, o grupo ultrarradical sunita informou que vários suicidas participaram do ataque que matou “dezenas de xiitas”.

No início da tarde, vários homens armados abriram fogo contra as pessoas que estavam em um restaurante. Na sequência, embarcaram em um veículo e se detonaram em um posto de controle, relatou uma fonte dos serviços de segurança.

Este ataque acontece depois de o EI ter sofrido um novo e duro golpe no Iraque, com as forças de segurança recuperando, no início de julho, o controle de Mossul (norte). Há três anos, esta que é a segunda maior cidade do país caía nas mãos do EI.

A organização extremista sofreu outro revés ao ser forçada a abandonar um outro reduto, Tal Afar, no final de agosto. O grupo também perdeu milhares de combatentes.

No Iraque, o EI mantém agora poucas áreas de influência: Hawija, 300 km ao norte de Bagdá, além de três localidades no deserto oriental, fronteiriço com a Síria – Al-Qaim, Rawa e Anna. Segundo um general iraquiano, lá estão “mais de 1.500 jihadistas”.

Fonte: AFP

Escândalo da UFSC ajuda a explicar alto custo da educação superior

Um relatório internacional divulgado nesta semana mostrou que o governo brasileiro gasta mais do que o governo da Coreia do Sul por universitário.  A explicação é complexa e envolve, por exemplo, a gratuidade das universidades públicas e a participação ainda reduzida do setor privado. Mas duas características da educação superior no Brasil são essenciais para entender o problema: a ineficiência e corrupção.

A primeira tem sido discutida com frequência em meio à crise orçamentária das universidades. A segunda voltou a ficar em evidência nesta terça-feira: o reitor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, foi preso em uma operação da Polícia Federal que investiga desvios de recursos públicos.

A operação, batizada de Ouvidos Moucos, cumpre sete mandados de prisão, cinco de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão. Os desvios investigados ocorreriam por meio do programa Universidade Aberta do Brasil, que promove o ensino a distância. 

“Foi identificado que docentes da UFSC, empresários e funcionários de instituições e fundações parceiras teriam atuado para o desvio de bolsas e verbas de custeio por meio de concessão de benefícios a pessoas sem qualquer vínculo com a universidade”, diz nota divulgada pela Polícia Federal. 

Ainda segundo a Polícia Federal, a reitoria da UFSC teria feito pressão para que a Corregedoria da instituição não apurasse o caso a fundo. Os crimes investigados são os de fraude em licitação, peculato, falsidade documental, estelionato, inserção de dados falsos em sistemas e organização criminosa. 

Em nota, a UFSC informou ter sido tomada por “absoluta surpresa” com a prisão do reitor, mas que tinha conhecimento da apuração feita pela pela Corregedoria da universidade sobre irregularidades financeiras. “Sempre mantivemos a postura de transparência e colaboração, no sentido de permitir a devida apuração de quaisquer fatos de modo a atender as melhores práticas de gestão”, diz o texto.

Fonte: Gazeta do Povo

Coreia do Norte ignora sanções da ONU e lança novo míssil

A Coreia do Norte teria feito o lançamento de um novo míssil, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap . O teste teria sido feito a partir de uma base próxima à capital, Pyongyang.

Já a emissora japonesa NHK , por sua vez, informou que o míssil de longo alcance voltou a sobrevoar seu território, na região das ilhas de Hokkaido. De acordo com a TV, o lançamento ocorreu por volta das 7h dessa sexta-feira (15) – por volta das 19h desta quinta-feira (14) no horário de Brasília.

Os moradores de Hokkaido foram notificados sobre o lançamento de um míssil por parte de Pyongyang. No entanto, não se sabe onde o armamento caiu. No fim de agosto, um outro lançamento também sobrevoou o arquipélago e o equipamento caiu no mar, dividindo-se em três pedaços.

O lançamento ocorre na semana em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, por unanimidade, as mais duras sanções econômicas contra o país, vetando a compra dos países-membros de produtos têxteis norte-coreanos e limitando a venda de derivados do petróleo para Pyongyang.

Nesta sexta, o líder do país, Kim Jong-un, havia ameaçado “afundar” o Japão e “reduzir a cinzas e escuridão” os Estados Unidos por conta dessas novas sanções.

O clima na península coreana tem ficado cada vez mais tenso por conta da série de testes feitos pelos norte-coreanos. Os lançamentos têm sido criticados até pelos únicos aliados da Coreia do Norte, a China, por conta da intensidade e da quantidade de testes.

Fonte: ANSA

Temer era o líder da organização criminosa do PMDB, acusa Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa o presidente Michel Temer (PMDB) de ter atuado como líder da organização criminosa de seu partido desde maio de 2016. Temer foi denunciado por Janot nesta quinta-feira, 14.

Esta é a segunda denúncia criminal de Janot contra Temer. A três dias do término de seu mandato, o procurador-geral imputa ao presidente organização criminosa e obstrução de Justiça. É a flechada derradeira de Janot contra Temer.

Em junho, Janot acusou pela primeira vez o presidente por corrupção passiva no caso JBS. A denúncia, porém, foi barrada na Câmara em agosto.

Agora, o procurador acusa os integrantes do chamado “quadrilhão do PMDB da Câmara”. São acusados além do presidente, seus aliados mais próximos Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco.

Segundo a denúncia, eles praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados.

Também há imputação do crime de obstrução de justiça por causa dos pagamentos indevidos para evitar que Lúcio Funaro firmasse acordo de colaboração premiada. Neste sentido, Michel Temer é acusado de instigar Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens a Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro. Os três são denunciados por embaraçar as investigações de infrações praticadas pela organização criminosa. Apesar da tentativa, Lúcio Funaro firmou acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República, que foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal, e as informações prestadas constam da denúncia.

O PGR pede o desmembramento do Inquérito 4327 em relação às condutas de Joesley Batista e Ricardo Saud, para que sejam julgadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Em relação ao Inquérito 4483, ele pede que cópia dos autos seja remetida à Seção Judiciária do Distrito Federal, para avaliar as condutas de Lúcio Funaro, Roberta Funaro e Eduardo Cunha. Janot explica na cota da denúncia que uma parte das provas foi obtida a partir dos acordos de colaboração firmados com Joesley Batista e Ricardo Saud, que sofreram rescisão por descumprimento das cláusulas, mas isso não limita a utilização das provas apresentadas.

Fonte: Época Negócios