Estudante luta com ladrões e salva única cópia de sua dissertação de mestrado

A ideia de perder a única cópia de sua dissertação de mestrado durante um assalto era inconcebível para a estudante sul-africana Noxolo Ntusi, de 26 anos.

Mesmo sob a mira de uma arma, ela se recusou a entregar aos ladrões sua bolsa, na qual estava o HD externo em que estava gravado o texto. “Não ia deixar eles levarem de jeito nenhum”, disse ela à BBC.

Ela, que é pesquisadora do Serviço Laboratorial de Saúde Nacional, em Joanesburgo, cursa uma especialização em zoologia molecular.

Ntusi voltava para casa quando foi abordada por homens que estavam dentro de um carro preto. Após correr, dois ladrões foram atrás, um deles com um arma em punho.

Câmeras de segurança registram tudo. As imagens mostram quando os bandidos conseguem pegar a sacola com o almoço da estudante, que ela deixou cair em sua fuga.

Mas, na hora de entregar a bolsa com sua tese, Ntusi se recusou, mesmo quando um dos homens colocou a arma contra sua cabeça e ameaçou atirar diversas vezes.

Ntusi explicou sua resistência dizendo que perder a dissertação significaria pedir que o prazo de conclusão do curso fosse adiado. Assim, ela só terminaria o mestrado no próximo ano.

“Tentei ficar numa posição fetal. Eles estavam tentando me colocar no carro, eu acho, mas me posicionei de tal forma que eles desistiram.”

Ela admite que não reagiu da forma “mais inteligente” e aconselha outros a entregarem o que bandidos pedirem, em vez de arriscar a vida.

“Queria concluir o mestrado e queria fazer isso agora. Não deixaria nada ficar no meu caminho. Mas foi muito perigoso”, afirmou.

Fonte: G1

PSD na Câmara convida Meirelles a ser candidato à Presidência

A bancada do PSD na Câmara dos Deputados convidou nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a ser candidato à Presidência da República pelo partido ano que vem, e o ministro recebeu a proposta com “entusiasmo”, embora não tenha respondido imediatamente, disse o líder da bancada, Marcos Montes (MG).

A declaração de Montes foi dada após uma reunião da bancada com Meirelles que, de acordo com o partido, serviu para “aproximar” o ministro da política.

“O que foi colocado a ele (Meirelles) é que se existe um nome que preenche os requisitos do mercado, daqueles que realmente vivem o dia a dia da economia, mas principalmente com sociedade em geral, eu acho que o nome dele cai como uma luva nisso tudo”, disse Montes a jornalistas após o encontro com Meirelles, que é filiado ao PSD.

“Ele recebe sempre com entusiasmo. A gente tem convicção que ele atenderá o chamado da sociedade. Nós chamamos hoje”, acrescentou o líder, afirmando que Meirelles não respondeu de imediato ao convite.

“(Meirelles) não falou ‘estou disposto’, mas o sorriso, lá em Minas Gerais, nós achamos que é melhor que duas palavras.”

“Pedimos autorização para falar de política em nome dele (Meirelles). Ele disse praticamente que sim”, acrescentou Montes.

O Ministério da Fazenda disse que Meirelles não comentará sobre o convite.

No final do mês passado uma fonte disse à Reuters que Meirelles quer ser candidato ao Palácio do Planalto, mas sabe que só terá chances reais com uma melhora respeitável da economia.

Caso decida concorrer ao Palácio do Planalto no ano que vem, Meirelles terá de deixar o comando da Fazenda em abril, seis meses antes do pleito, para atender a regra de desincompatibilização.

Fonte: EXAME

Justiça Federal encaminha ao STF investigação de dinheiro atribuído a Geddel

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara de Brasília, decidiu ontem (13) remeter ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação sobre o montante de R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal (PF) em um apartamento em Salvador, atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. Em sua decisão, o magistrado argumentou que há sinais de provas do envolvimento do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel, e que podem levar ao indiciamento do parlamentar pelo crime de lavagem de dinheiro.

De acordo com o magistrado, embora não existam indícios de participação do deputado “nos fatos anteriores à apreensão dos valores, até agora somente vinculados às pessoas de Geddel Vieira e Gustavo Pedreira, o certo é que a partir de agora, diante da existência de sinais de provas capazes de levá-lo a eventual indiciamento no delito de lavagem de dinheiro, delito este que até o que se sabe possui relação com o anterior (fraudes na Caixa Econômica Federal – Operação “Cui Bono)”,

Até então o caso era analisado pela Justiça Federal em Brasília, porém o juiz Vallisney de Souza disse que a ação não poderia prosseguir, “sem antes haver uma cognição pelo Supremo Tribunal Federal sobre todos as questões referentes aos procedimentos diretos e circunstanciais a esta apuração.”

O magistrado pede que o STF decida sobre a competência da Justiça Federal para apurar o envolvimento de Lúcio Vieira Lima e se ela deve se dar de forma conjunta ou, “do contrário, se deve haver desmembramento para a investigação da autoridade com foro no STF por prerrogativa de função em apartado dos demais possíveis envolvidos”.

Geddel foi preso preventivamente em 3 de julho na Operação Cui Bono, por suspeita de que estaria agindo para atrapalhar as investigações. No dia 13 do mesmo mês, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região concedeu ao ex-ministro o direito de cumprir prisão domiciliar em sua residência, em Salvador.

Fonte: Agência Brasil

Por unanimidade, STF mantém Janot à frente de processos contra Temer

O Supremo Tribunal Federal rejeitou, por unanimidade, o pedido de Michel Temer para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fosse considerado impedido de atuar contra ele. Por nove votos a zero os ministros consideraram que Janot não demonstrou inimizade nem perseguiu o presidente Temer.

A defesa de Michel Temer alegou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estaria agindo como inimigo pessoal do presidente e que, por isso, deveria ser considerado suspeito. Ou seja, afastado das investigações que envolvem o presidente da República. O advogado Antônio Cláudio Mariz alegou perseguição a Temer, o que poderia levar a anulação de investigações já realizadas.

Rodrigo Janot não compareceu por ser o alvo do questionamento. Em nome do Ministério Público, o vice-procurador-geral da República, Nicolao Dino, negou que Janot tivesse agido com parcialidade ou que estivesse perseguindo o presidente.

Fonte: Jornal Nacional

Lula diz a Moro que descartou comprar terreno para instituto na primeira visita

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (13), em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, que descartou comprar o terreno em São Paulo para sediar o Instituto Lula quando visitou o local pela primeira vez. Ele também disse que paga aluguel pela cobertura vizinha ao apartamento onde mora em São Bernardo do Campo (SP).

Os dois imóveis são peças centrais da segunda ação penal a que o petista responde no âmbito da Operação Lava Jato, e que levou à necessidade do depoimento prestado nesta quarta-feira. Foi o segundo depoimento de Lula a Moro.

No depoimento, prestado em Curitiba, o ex-presidente explicou a Moro as razões pelas quais considerou o terreno inadequado para o instituto. “Primeiro, porque era numa área perto do aeroporto, que não é visitada e onde não transita o povo de São Paulo. Segundo, porque era um prédio inadequado, velho, que precisaria ser demolido se fosse adquirido. Como nós decidimos não adquirir, fomos procurar um lugar mais adequado, onde transita realmente o povo de São Paulo, que é ali próximo da Estação da Luz na Cracolândia”, contou.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Odebrecht adquiriu o terreno para Lula como compensação pelos benefícios recebidos em contratos com a Petrobras. O ex-presidente disse a Moro que não tinha conhecimento do envolvimento da empreiteira, do advogado Roberto Teixeira, do pecuarista José Carlos Bumlai ou de Glauco Costamarques, primo de Bumlai, nas tratativas pelo imóvel.

“A única pessoa que falou comigo desse prédio foi o presidente do instituto, chamado Paulo Okamotto. (…) Eu fui uma única vez, cheguei lá e a primeira coisa que eu vi foi o seguinte: não interessa, é inadequado, não é uma zona onde pode frequentar muita gente”, ressaltou.

Fonte: Agência Brasil