Fiocruz apura se zika pode ser transmitido por muriçoca

Um estudo desenvolvido pelo departamento de entomologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco investiga se o zika vírus e a febre chikungunya também podem ser transmitidos pelo mosquito Culex, conhecido popularmente como muriçoca ou pernilongo. O levantamento investiga ainda se o zika tem um menor tempo para a replicação viral no vetor. 

No caso da dengue o período de incubação no inseto dura em média de 7 a 15 dias, quando só então ele passa a contaminar os humanos com a picada. No zika, isso pode ocorrer em três dias. O vírus já teve a circulação confirmada em 20 unidades da federação em menos de um ano, o que espantou as autoridades de saúde do País.

A pesquisa é coordenada pela pesquisadora Constância Ayres, do projeto de vetores da instituição, e deve ser concluída em três semanas. “O mosquito principal, que é considerado vetor, é o ‘Aedes’. O Culex a gente está testando pela primeira vez, ninguém nunca testou”, destacou a pesquisadora – que também é vice-diretora de ensino da Fiocruz Pernambuco.

A equipe de pesquisadores trabalha com uma amostra de 200 mosquitos de cada uma das duas espécies que foram gerados em laboratório, livres de qualquer infecção. Os insetos foram alimentados com sangue infectado por zika. Em seguida, foi iniciada uma perícia minuciosa, como a análise no intestino e na glândula salivar do inseto para verificar a presença do material genético do vírus. “Se a gente detectar zika na glândula salivar significa que o mosquito pode transmitir o vírus”, afirmou Constância.

A pesquisadora destaca que essa é a primeira vez que esse tipo de questionamento é levantado. Segundo ela, a primeira epidemia do zika surgiu na Micronésia e lá não é habitat do Aedes aegypti Então, outras espécies estariam atuando como vetor. “Na época analisaram o Aedes e não evidenciaram o zika. O que acontece é que isolaram a relação do zika com o Aedes no laboratório, mas a circulação silvestre é totalmente diferente. Ele pode não ser o principal transmissor”, comentou. A prioridade do estudo será o zika vírus e, posteriormente, a febre chikungunya.

Fonte: Estadão

Dólar recua em relação ao real com recuperação do petróleo

O dólar recuava em relação ao real nesta terça-feira, com a recuperação dos preços do petróleo trazendo algum alívio ao humor nos mercados globais após dias de intensa preocupação.

Às 12:19, o dólar recuava 0,44 por cento, a 4,0838 reais na venda.

“A volatilidade nos preços do petróleo continua sendo o principal fator influenciando o desempenho do câmbio no mundo”, disse o estrategista do Scotiabank para a América Latina Eduardo Suarez.

A sessão anterior foi marcada por liquidez bastante reduzida devido a feriado em São Paulo, que manteve a BM&F fechada.

Nos mercados globais, a queda dos preços do petróleo na segunda-feira levou o dólar a avançar em relação a moedas de países emergentes, atingindo uma nova máxima histórica em relação ao peso colombiano.

Nesta sessão, os preços do petróleo voltavam a avançar acima de 30 dólares por barril após recuo mais cedo, em meio a esperanças de um acordo para enfrentar o excesso de oferta global.

No cenário local, incertezas sobre a política econômica deixavam investidores com um pé atrás. O Banco Central divulga na quinta-feira a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), quando decidiu pela manutenção dos juros básicos apesar de ter sinalizado repetidamente que pretendia elevá-los em breve, em uma escolha controversa.

O BC brasileiro realizou nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos.

Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a 9,011 bilhões de dólares, ou cerca de 86 por cento do lote total, que corresponde a 10,431 bilhões de dólares.

Fonte: Reuters

Rui Falcão diz que busca pelo superávit não pode limitar política econômica

O presidente do PT, Rui Falcão, defendeu nesta terça-feira (26) mudanças na política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff e disse que as medidas têm que girar em torno da manutenção do emprego, da valorização do salário-mínimo e do combate à inflação. Segundo ele, “a busca infatigável” pelo superavit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), traçada para este ano, não deve ser o centro do debate econômico.

“Essa busca infatigável do superávit provavelmente não será atingida e ela não pode ser o condicionante do núcleo de política econômica, que deve ser combate à inflação, valorização do salário-mínimo”, disse Falcão após reunião da executiva nacional do PT. O encontro foi convocado pelo partido para analisar a atual conjuntura política e econômica. “O mercado e os economistas entendem que não será atingido [o superávit]”, acrescentou.

A executiva nacional do PT avaliou como positiva a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. “Achamos que foi um primeiro passo e que deve ter um prosseguimento com uma redução gradual dos juros”, disse Falcão.

Ao defender a redução da Selic, o petista disse que a recente política de aumento da taxa não conseguiu conter a inflação e que os juros altos favorecem o aumento da dívida interna, além de não estimularem o investimento.

Para o PT, a nomeação de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda, em substituição a Joaquim Levy, no fim do ano passado, “desinterditou” o debate sobre a política econômica. Na próxima terça, Barbosa tem uma agenda com os líderes da base aliada no Congresso Nacional para tratar de projetos voltados para a retomada do crescimento.

Fonte: Agência Brasil

Conta de luz deve cair a partir de fevereiro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira novas regras para as bandeiras tarifárias que devem reduzir o preço da conta de luz a partir de fevereiro. A Aneel criou um novo – e mais barato – patamar para a bandeira vermelha, que vem sendo paga pelos consumidores brasileiros desde janeiro do ano passado. Os novos valores, mais baixos em relação aos atuais, passam a vigorar em fevereiro.

O patamar 1 da bandeira vermelha aprovado nesta terça será de 3 reais para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O patamar 2 da bandeira vermelha, mais caro, vai continuar em 4,50 reais para cada 100 kWh. O valor da bandeira amarela vai cair de 2,50 reais para 1,50 real para cada 100 kWh.

As bandeiras tarifárias coloridas – verde, amarela e vermelha – foram criadas como uma maneira de informar ao consumidor os custos que são repassados para a conta de luz com o acionamento de usinas termelétricas, que geram uma energia mais cara e são ligadas quando as hidrelétricas produzem menos por causa do baixo nível de seus reservatórios.

Bandeira vigente – A Aneel divulga na sexta-feira qual será a bandeira tarifária que vai incidir sobre as contas de luz de fevereiro. A bandeira vermelha continuará a ser acionada nos meses nos quais o custo de operação (CVU) da usina térmica mais cara a ser despachada for superior a R$ 422,56/MWh. No caso do patamar 1, esse limite deve ficar entre R$ 422,56/MWh e R$ 610/MWh, que é a situação atual do sistema nacional.

Uma das causas para os descontos foi o fato de a Aneel ter atualizado a previsão de crescimento da carga em 2016 para 1% em relação a 2015, ante uma expansão de 2,4% considerados anteriormente.

Fonte: VEJA

Grupos entram em confronto em evento com Bolsonaro

Um “beijaço gay” terminou em confusão no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS), em Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (26). O ato foi organizado pelas redes sociais em protesto contra a vinda do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à capital gaúcha. Antes do tumulto, manifestantes jogaram purpurina no parlamentar.

A confusão começou após os participantes do “beijaço gay” entrarem no auditório. Em seguida, começou um empurra-empurra entre os apoiadores de Bolsonaro e integrantes de movimentos LGBT.

Pelo menos três pessoas ficaram feridas. Segundo informou a assessoria de imprensa da casa legislativa, apesar do tumulto, a Brigada Militar não foi acionada para entrar no auditório.

Os manifestantes contrários a Bolsonaro entraram no local por um acesso nos fundos do auditório e começaram a entoar cânticos, segundo o estudante Frederico Lemos, 25 anos. Depois, se posicionaram para fazer o beijaço e começaram a gritar: “beijo homem, beijo mulher, tenho direito de beijar quem eu quiser”.

Lemos conta que o público que pretendia assistir ao ato do Bolsonaro ficou agitado. Logo após, os participantes do beijaço começaram a sair do salão e ocorreu o empurra-empurra.

O estudante de direito Thiago Braga, de 31 anos, também participou do movimento. Ele relata que, durante o tumulto, uma menina levou um soco e foi empurrada escada abaixo. Quando dois rapazes tentaram ajudá-la, também foram agredidos a socos, relata Braga.

O estudante explica que o movimento pretendia entregar flores para o deputado, mas desistiu da ideia para não haver confronto. “Não entendo que manifestação se resume a isso. Para cada soco que deram, deixamos flor para eles. Estamos em pleno século 21, onde não deveria existir espaço para preconceito e intolerância”, diz o manifestante.

A organização do beijaço estima que cerca de 150 pessoas estiveram no ato. “Também tinha a participação de heterossexuais no movimento”, observa Braga.

Fonte: G1