Embora tentem manter a discrição, os peemedebistas não param de dar sinais de que a terça-feira (12) está sendo de reuniões intensas entre os integrantes do partido no Congresso, no Palácio do Planalto e na vice-presidência da República – e sem horário para término. Tudo por causa dos acordos sugeridos no último final de semana e que estão sendo discutidos ao longo do dia pela bancada da Câmara dos Deputados para um consenso sobre como ficará a liderança da sigla na Casa.
O governo e uma ala do partido querem a recondução do atual líder, Leonardo Picciani (RJ). Outra ala quer alguém da bancada de Minas Gerais para substituí-lo a partir de fevereiro – e contam, para isso, com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. E nesse jogo, estão sendo negociadas também, as posições a serem adotadas durante a reunião da executiva da legenda que vai decidir sobre o novo presidente nacional (posto hoje ocupado pelo vice Michel Temer) em março.
A princípio, as especulações junto aos peemedebistas são de formação de quatro tipos de acordo. No primeiro, em troca do apoio a Picciani, os parlamentares de Minas Gerais receberiam como compensação a indicação do deputado Mauro Lopes para a Secretaria Nacional de Aviação Civil – cargo que está vago e tem status de ministério.
Na segunda negociação, todos fechariam consenso em relação a Picciani. Mas, em troca, ele indicaria para a comissão que vai avaliar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff metade de integrantes da sigla que são apoiadores do governo. E se comprometeria a indicar, para a outra metade, parlamentares do PMDB que fazem oposição ao Palácio ao Planalto.
Também está sendo negociada uma posição neutra de Michel Temer nessa disputa em prol de Picciani para que, em troca, ele seja reconduzido à presidência nacional do PMDB. E, numa quarta opção – que é o inverso desta negociação – seria prometido apoio por parte dos senadores aos deputados das suas bancadas nos estados para que votem em Picciani. Enquanto o atual líder do partido na Câmara, em vez de Temer, trabalharia pela condução de Renan Calheiros (AL) ao cargo de presidente nacional do partido, na reunião da executiva.
Fonte: Rede Brasil Atual