PMDB tem dia de reuniões e propostas de ‘acordo’ para definir líder da Câmara

Embora tentem manter a discrição, os peemedebistas não param de dar sinais de que a terça-feira (12) está sendo de reuniões intensas entre os integrantes do partido no Congresso, no Palácio do Planalto e na vice-presidência da República – e sem horário para término. Tudo por causa dos acordos sugeridos no último final de semana e que estão sendo discutidos ao longo do dia pela bancada da Câmara dos Deputados para um consenso sobre como ficará a liderança da sigla na Casa.

O governo e uma ala do partido querem a recondução do atual líder, Leonardo Picciani (RJ). Outra ala quer alguém da bancada de Minas Gerais para substituí-lo a partir de fevereiro – e contam, para isso, com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. E nesse jogo, estão sendo negociadas também, as posições a serem adotadas durante a reunião da executiva da legenda que vai decidir sobre o novo presidente nacional (posto hoje ocupado pelo vice Michel Temer) em março.

A princípio, as especulações junto aos peemedebistas são de formação de quatro tipos de acordo. No primeiro, em troca do apoio a Picciani, os parlamentares de Minas Gerais receberiam como compensação a indicação do deputado Mauro Lopes para a Secretaria Nacional de Aviação Civil – cargo que está vago e tem status de ministério.

Na segunda negociação, todos fechariam consenso em relação a Picciani. Mas, em troca, ele indicaria para a comissão que vai avaliar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff metade de integrantes da sigla que são apoiadores do governo. E se comprometeria a indicar, para a outra metade, parlamentares do PMDB que fazem oposição ao Palácio ao Planalto.

Também está sendo negociada uma posição neutra de Michel Temer nessa disputa em prol de Picciani para que, em troca, ele seja reconduzido à presidência nacional do PMDB. E, numa quarta opção – que é o inverso desta negociação – seria prometido apoio por parte dos senadores aos deputados das suas bancadas nos estados para que votem em Picciani. Enquanto o atual líder do partido na Câmara, em vez de Temer, trabalharia pela condução de Renan Calheiros (AL) ao cargo de presidente nacional do partido, na reunião da executiva.

Fonte: Rede Brasil Atual

Enzima contra o açúcar pode ser arma no combate à diabetes

A descoberta de uma enzima que neutraliza os efeitos tóxicos do excesso de açúcar no organismo poderia abrir o caminho para novos tratamentos contra o diabetes e a obesidade.

A enzima, cuja existência entre os mamíferos antes era ignorada, regula a utilização da glicose e os lipídios por diferentes órgãos, explicam os pesquisadores liderados por Marc Prentki e Murthy Madiraju do centro de pesquisa do hospital da Universidade de Montreal (CRCHUM).

A descoberta desta enzima, chamada glicerol-3-fosfato-fosfatasa (G3PP), foi publicada na segunda-feira nas Atas da Academia Norte-americana de Ciências (PNAS).

Quando a glicose está anormalmente alta no organismo, o glicerol-3-fosfato derivado da glicose alcança níveis excessivos nas células que poderiam provocar danos aos tecidos.

“Verificou-se que o G3PP pode degradar a maior parte do excesso de glicerol-3- fosfato e desviar a célula, de modo que as células beta do pâncreas produtoras de insulina e os diversos órgãos são protegidos contra os efeitos tóxicos dos níveis elevados de glicose”, explica Marc Prentki, professor da Universidade de Montreal.

A glicose e os ácidos graxos são os principais nutrientes das células dos mamíferos.

Seu uso nas células regula muitos processos fisiológicos, tais como a secreção de insulina no pâncreas e de glicose no fígado, assim como o acúmulo de lipídios no tecido adiposo e o metabolismo de nutrientes para a produção de energia.

A irregularidade destes processos faz com que a obesidade, a diabetes adulta (tipo 2) e doenças cardiovasculares.

A insulina é um hormônio-chave produzido pelas células do pâncreas para regular o uso de glicose e lipídios.

Se estas células são expostas a muita glicose e ácidos graxos, os próprios nutrientes tornam-se tóxicos e as alteram, provocando sua disfunção e, eventualmente, diabetes.

A enzima G3PP é fundamental para o bom funcionamento do metabolismo, já que é necessária tanto para a produção de energia como para a formação de lipídeos, dizem os cientistas.

Os resultados desta pesquisa oferecem uma nova alternativa terapêutica potencial contra a obesidade, o diabetes e a síndrome metabólica, estimam os investigadores.

Fonte: AFP

Petrobras cai mais de 9% e arrasta Ibovespa para quinta queda consecutiva

O principal índice da bolsa brasileira iniciou a manhã desta terça-feira (12) em leve recuperação, mas virou para a queda puxado pela Petrobras e fechou em baixa de 1,09%, a 39.513 pontos. A estatal comunicou uma redução de 24,5% em seu plano de investimentos para o período 2015-2019, fazendo com que suas ações despencassem para seus menores níveis desde maio de 2004.

No fechamento, as ações ordinárias (PETR3) da Petrobras caíam 7,65%, a R$ 7, enquanto as preferenciais (PETR4) recuavam 9,20%, cotadas a R$ 5,53. O desempenho também foi influenciado pela nova rodada de retração nos preços do petróleo, que segundo especialistas poderá chegar a US$ 20 o barril.

No cenário doméstico, o investidor também esteve de olho no reajuste das aposentadorias acima da inflação. Isso significa que os cerca de 10 milhões de aposentados, pensionistas e segurados do INSS que ganham acima de um salário mínimo terão reajuste de 11,28% em 2016, acima dos 10,67% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O noticiário político também foi movimentado nesta terça, com novas denúncias de corrupção envolvendo nomes de peso. Nestor Cerveró, delator da Lava Jato, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe indicou ao cargo de diretor da BR Distribuidora em 2008 como agradecimento pelo apoio para quitar um empréstimo milionário do PT com o Banco Schahin.

Fonte: Jornal do Brasil

Brasil tem mais de 3.500 casos suspeitos de microcefalia associada ao vírus Zika

Em novo balanço divulgado hoje (12), o Ministério da Saúde informou que 3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika em recém-nascidos foram notificados no país entre 22 de outubro de 2015 e 9 de janeiro. O boletim também traz a confirmação de que a morte de dois recém-nascidos e dois abortos de bebês com a malformação no Rio Grande do Norte foram em decorrência do vírus Zika.

O ministério ainda investiga se a morte de outros 46 bebês com microcefalia na região Nordeste também tem relação com o Zika.

As notificações da malformação estão distribuídas em 724 municípios de 21 unidades da federação. O estado de Pernambuco, primeiro a identificar aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país.

Em seguida, estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), do Ceará (192), Rio Grande do Norte (181), de Sergipe (155), Alagoas (149), do Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro (122).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no dia 28 de novembro, o ministério confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos. 

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.

Fonte: Agência Brasil