Epidemia de zika no Brasil causa apreensão nos EUA

Em 31 de dezembro, um primeiro caso da doença foi registrado em Porto Rico. Autoridades da ilha – que integra o território americano – afirmaram que o paciente não viajou recentemente, o que descartaria a possibilidade de que tenha contraído a doença no exterior.

O caso fez epidemiologistas especularem se o vírus não poderia seguir a mesma trajetória da dengue, que chegou aos EUA por Porto Rico e depois se espalhou pela Flórida e por Estados do Golfo do México. O Havaí, no Pacífico, também estaria na zona de risco.

“O zika vírus está se espalhando fora do Brasil e pode ameaçar os EUA”, diz o título de uma reportagem no site da Newsweek, uma das principais revistas americanas. O governo americano, por enquanto, apenas sugere cautela a viajantes que tenham o Brasil como destino.

A revista diz que, além de picadas de mosquito, é possível que o vírus também seja transmitido sexualmente. Existe até o momento apenas um caso documentado com essa possibilidade, envolvendo um cientista americano que voltou do Senegal e suspeita-se que ele possa ter infectado sua mulher por intermédio de relações sexuais.

Em entrevista ao site noticioso Vox, o diretor do Instituto de Infecções Humanas da Universidade do Texas em Galveston, Scott Weaver, afirma que o vírus pode chegar ao sul dos Estados Unidos a partir do início da primavera no hemisfério Norte (20 de março). “Ele está se espalhando muito rápido.”

A reportagem cita a possibilidade de que o zika também é associado à ocorrência da síndrome de Guillain-Barré, que ataca os músculos e pode levar à paralisia.

O New York Times também tratou do tema. Uma reportagem no jornal diz que “doenças tropicais – algumas nunca vistas nos Estados Unidos – estão marchando para o norte, conforme a mudança climática permite a mosquitos e carrapatos expandir seu alcance”.

O jornal afirma que o número de doenças causadas por insetos tem crescido no país ano após ano, citando casos de dengue, chikungunya, Chagas, doenças de Lyme e do vírus do oeste do Nilo.

A publicação diz que, até maio, o zika ainda não havia chegado ao hemisfério ocidental, mas hoje causa “pânico” no Brasil e circula por outros 13 países latino-americanos.

Fonte: CenárioMT

Nestor Cerveró cita US$ 100 milhões de propina ao governo de FHC

O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, disse à Procuradoria-Geral da República (PGR), antes de fechar o acordo de delação premiada, que a venda da petrolífera Pérez Companc envolveu pagamento de propina no valor de US$ 100 milhões ao governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

O documento em que consta a informação foi obtido pela RPC. Cerveró está preso pela Lava Jato desde janeiro do ano passado.

A compra da empresa argentina pela Petrobras ocorreu em 2002. Ainda de acordo com o depoimento, Cerveró disse que quem repassou essa informação a ele foram os diretores da Pérez Companc e Oscar Vicente, ligado ao ex-presidente argentino Carlos Menem.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que afirmações vagas, sem especificar pessoas envolvidas, e servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação.

“Não tenho a menor ideia da matéria. Na época o presidente da Petrobrás era Francisco Gros, pessoa de reputação ilibada e sem qualquer ligação politico partidária. Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.

Fonte: G1

Polícia Federal pede indiciamento de Pimentel por envolvimento na Operação Acrônimo

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) recebeu um pedido da Polícia Federal para indiciar o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em decorrência das investigações realizadas na Operação Acrônimo. A Procuradoria-geral da República, no entanto, deu um parecer contrário à solicitação. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Conforme a publicação paulista, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, assinou parecer contrário ao pedido, sustentando que não é da responsabilidade da Polícia Federal indiciar “autoridades com prerrogativa de função” no STJ.

“Ademais, (a Legislação) não prevê que o Ministério Público Federal autorize a realização desse tipo de procedimento inquisitorial”, argumentou a vice-procuradora-geral em seu despacho, publicado no dia 11 de dezembro.

Segundo Ela Wiecko, o Ministério Público é responsável por determinar qual o “momento oportuno” para definir depoimentos e oitivas, “bem como requerer diligências para a investigação”, afirmou.

A procuradora-geral escreveu na decisão que o policial federal responsável pela Operação Acrônimo pediu ao STJ “autorização para realizar oitiva/interrogatório de Fernando Pimentel, bem como, se for o caso, o indiciamento de tal investigado”.

Todas as movimentações – pedido da Polícia Federal e o parecer contrário da Procuradoria-Geral da República – estão no gabinete do ministro do STJ, Herman Benjamin, relator da Acrônimo no tribunal. Cabe ao magistrado decidir sobre o indiciamento ou não de Pimentel quando voltar do recesso do Judiciário.

“Não tivemos acesso a esse pedido e, por isso, não nos manifestaremos. Infelizmente tem sido esse o procedimento padrão em relação à Operação Acrônimo, já que não estamos tendo acesso integral ao inquérito”, informou ao Hoje em Dia o advogado do governador de Minas, Pierpaolo Bottini.

A defesa apenas afirmou que “a legislação não autoriza esse pedido por parte da autoridade policial nessas hipóteses”.

Fonte: Hoje em Dia

Oposição venezuelana diz ser “impossível acatar” decisão do Supremo Tribunal

A oposição venezuelana considerou ontem (11) “impossível acatar” a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) do país, que declarou “nulos” os atos da Assembleia Nacional.

“Não existe forma alguma para acatar ou executar esta sentença, absolutamente política e nada jurídica”, afirmou o vice-presidente da Assembleia Nacional, Simón Calzadilla.

O STJ declarou ontem nulos os atos do parlamento, depois de três deputados da oposição ao Presidente Nicolás Maduro terem sido investidos no cargo, apesar de suspensos por aquele órgão por dúvidas relativamente ao seu processo de eleição.

Segundo Simón Calzadilla, a decisão do STJ “é uma sentença inútil, como a anterior, e a perpetração de um plano político orquestrado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela para desviar a atenção dos problemas dos venezuelanos”.

“Acabou-se esse governo de características totalitárias, hegemônico, soberbo. É hora de mudar”, disse aos jornalistas, informando que a única possibilidade é que o governo venezuelano dê um golpe no parlamento.

Fonte: Agência Lusa

Um quilo de arroz custa R$ 600 na ‘cidade da fome’ na Síria

Depois que imagens de adultos e crianças, praticamente, “em pele e osso”, na Síria ganharam os noticiários do mundo na semana passada, causando uma onda de revolta e críticas, o governo de  Bashar al-Assad permitiu a entrada de ajuda humanitária nas cidades que estão sob cerco. 

Os primeiros caminhões chegaram nesta segunda-feira em Fua, Kafraya e Madaya, cidades rebeldes onde a fome ameaça dezenas de pessoas, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Na tentativa de mitigar a crise humanitária, os veículos transportam comida, água, leite para bebês, cobertores, medicamentos e material cirúrgico, em quantidade suficiente para abastecer 40 mil pessoas em um mês.

Ativistas que visitaram a cidade de Madaya, que está cercada por tropas do regime de Bashar al Assad, relataram que moradores estavam comendo folhas de árvores e bebendo água com pimenta como refeição.

Só na semana passada, de acordo com os ativistas, 20 pessoas teriam morrido de inanição e, neste final de semana, mais cinco, incluindo uma criança, foram a óbito por falta de alimento, segundo a Cruz Vermelha.  

Artigo de luxo

Apesar de Madaya estar a menos de 50 km de distância da capital Damasco, o custo dos alimentos por lá é absolutamente superior, o que mergulhou a cidade numa fome paralisante. 

Enquanto a farinha custa 79 centavos de dólar por quilo na capital, em Madaya, um quilo de farinha custa US$ 120 (cerca de R$ 480,000) e um quilo de arroz custa impressionantes US$150 (cerca de R$ 600), relata a rede americana CNN. Já o leite custa US$1,06 o litro em Damasco, ante US$ 300 em Madaya. 

O contrabando de alimentos, medida que ajudaria a aplacar a crise na cidade, encontra barreiras que vão além das Forças do regime sírio. As minas terrestres no entorno da cidade tornam a atividade extremamente perigosa, disse em entrevista Khaled Mohammed, médico sírio que trabalha em um hospital em Madaya.

Segundo ele, o hospital recebe cerca de 250 casos de fome por dia e já registrou mais de 50 casos de mortes por inanição. 

Enfermeiros da Syrian-American Medical Society (SAMS), que administra um hospital de campanha em Madaya, publicaram videos em sua página no Facebook mostrando crianças desnutridas e pedindo ajuda internacional.

Fonte: EXAME