Medo do desemprego cresce; satisfação com a vida diminui

O medo do desemprego cresceu em 2015, ficando em 102,3 pontos, enquanto a satisfação com a vida teve queda, parando em 95,1 pontos. É o que mostram dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria) que ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 4 e 7 de dezembro de 2015.

A CNI utiliza a média da pesquisa em 2003 para estabelecer a base fixa de 100 pontos. Seguindo esse parâmetro, a média histórica do medo do desemprego é de 88,4 pontos, mas a deterioração do mercado de trabalho no País levou o resultado da pesquisa ao pico de 105,9 pontos em setembro do ano passado, recuando para 102,3 pontos ao fim do quatro trimestre. Em dezembro de 2014, o indicador estava em 74,8 pontos.

O índice de medo do desemprego apresentou alta de 36,8% no ano passado na comparação entre dezembro de 2015 e o mesmo mês de 2014. Já o índice de satisfação com a vida acumulou queda de 8,1% em 2015, apesar de entre setembro e dezembro o indicador ter registrado crescimento de 1,3%.

Quando comparado por idade, os brasileiros com 55 anos para cima são os que tem o maior medo do desemprego, com 105,8 pontos, e apresentam 91,7 pontos de satisfação com a vida, o menor dos grupos analisados. Os que estão na faixa dos 45 aos 54, e os mais jovens, entre 16 e 24 anos, são os que possuem menor medo da falta de trabalho, ambos com 100 pontos. Os brasileiros até 24 anos também são os que estão mais satisfeitos com a vida, com 97,8 pontos.

Analisando por grau de instrução, os que têm maior medo do desemprego com 108,1 pontos são os que possuem ensino superior, enquanto os que possuem menor medo com 98,8 pontos têm até a 4ª série do fundamental. Quanto à satisfação com a vida, as pessoas com ensino superior são as mais satisfeitas, com 101 pontos, e os brasileiros com menor grau de instrução possuem a menor satisfação na faixa dos 92 pontos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Temer deseja em 2016 harmonia no PMDB e na relação com Dilma

O vice-presidente da república, Michel Temer, trabalhou pela primeira vez no ano nesta terça-feira (5), em Brasília. Ao sair do gabinete, conversou rapidamente com jornalistas. Ele disse que a expectativa para 2016 é de mais harmonia no país e no PMDB.

O vice-presidente também é presidente nacional do PMDB. Ao ser perguntado sobre como fica a relação com a presidenta Dilma Rousseff, Temer respondeu que será harmoniosa.

O final de 2015 foi marcado por disputas dentro das bancadas do PMDB no Congresso Nacional, e também pela carta que Temer mandou à presidenta Dilma com reclamações em relação a ela.

Fonte: EBC

Governo fala em recompor orçamento da PF e diz que Lava Jato não será prejudicada

brasaopfApós irritação e críticas de delegados da polícia federal, o Ministério da Justiça, responsável pelo órgão, já admite a possibilidade de recompor o orçamento da categoria – que tem previsão de corte de R$ 133 milhões para este ano. Na última semana, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) anunciou que a redução no valor previsto colocaria em jogo investigações em curso, como a Operação Lava Jato.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu nesta terça-feira, 5, a possibilidade de que o orçamento afete as apurações. “A Polícia Federal tem sido total prioridade do Ministério da Justiça. Esse é o compromisso que temos e que todos conhecem. Jamais faltará verba para a Lava Jato ou qualquer outra operação ou projeto estratégico da Polícia Federal”, afirmou Cardozo.

Os delegados argumentam que a redução de verba pode afetar gastos com diárias e passagens de policiais deslocados para cada uma das grandes operações feitas pela PF. Além disso, relatam que há casos, atualmente, de policiais transferidos para funções administrativas e não mais investigativas, por conta da redução do quadro de funcionários.

“A categoria enxerga o corte como um desprestígio”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Delegados Federais (ADPF), Carlos Eduardo Sobral. De acordo com ele, o encolhimento do orçamento dos policiais ocorre desde 2010. Em carta publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a associação apontou uma “nítida e grave situação de desmonte da PF” e creditou o arrocho orçamentário a uma imposição do governo federal. “Restará impossibilitada de cumprir, com a mesma eficácia que a população se acostumou em ver e ainda mantém com muito esforço, suas investigações e demais atividades policiais”, escreveram os delegados.

Para Cardozo, no entanto, as críticas da associação não passam de “factoides”. “Quem conhece a elaboração do Orçamento sabe que os recursos serão assegurados ou por meio de portaria do Ministério do Planejamento ou por realocação interna do próprio Ministério da Justiça”, afirmou Cardozo.

O Ministério da Justiça argumenta que não houve redução do orçamento dos policiais de 2015 para este ano. Segundo a pasta, mesmo com a previsão do corte, a PF terá garantidos R$ 938 milhões para este ano com despesas discricionárias – usadas em gastos diversos, como aqueles empregados nas investigações. No ano passado, o mesmo valor correspondia a R$ 927 milhões, segundo o Ministério.

Para o governo, o corte previsto não representa nenhum risco para o andamento das apurações policiais. Mas, mesmo assim, haverá diálogo com o Planejamento para garantir crédito suplementar ao órgão. A alegação do Ministério da Justiça é de que a diminuição do valor total partiu do Poder Legislativo.

O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), argumenta que todos os órgãos públicos tiveram cortes. Ele alegou que, no caso da Polícia Federal, o corte foi de 3,7%. “Portanto, absolutamente natural. Não foi tratado de forma diferenciada”, disse. O Judiciário, contou, teve um corte médio de 5% e o Ministério Público da União, menor, de 1,9%, em razão da Operação Lava Jato.

Barros negou qualquer retaliação à PF. “Eles querem ficar numa zona de conforto e nós não estamos nessa. Se a gente não corta é porque está com medo, se corta, está com medo que eles investiguem. Qualquer solução tem reclamação, acho que eles (PF) estão bem tratados dentro dos cortes gerais do orçamento”, disse, após a aprovação da matéria pelo Congresso. O relator afirmou ainda que para 2016 o País conta com a mesma verba do ano passado, embora as despesas tenham subido 12% enquanto a arrecadação caiu 5%.

No Ministério do Planejamento, a discussão para recompor os valores no orçamento por meio de créditos suplementares só deve acontecer após a sanção presidencial do texto aprovado no Congresso. A data limite para que a presidente Dilma Rousseff sancione o Orçamento é 14 de janeiro, segundo a assessoria do Planejamento.

Fonte: Estadão

Obama quer aumentar controle sobre venda de armas nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje (5) medidas executivas para controlar a venda de armas ao público, considerando-as urgentes para evitar as cerca de 30 mil mortes anuais provocadas por incidentes com armas de fogo.

Uma das principais medidas propostas por Obama exige que qualquer pessoa com negócios relacionados com a venda de armas esteja registrada, que obtenha uma licença federal e que assuma a obrigação de verificar registros criminais e de saúde mental dos compradores.

Numa intervenção emocionada na Casa Branca, acompanhado por familiares de vítimas de atos violentos com armas de fogo, Obama disse que os Estados Unidos têm vivido “demasiados tiroteios” nos últimos anos, destacando que é algo que não ocorre em outros países desenvolvidos.

“Temos de ter um sentido de urgência” no controle do comércio de armas, “porque todos os dias morrem pessoas” vítimas de armas de fogo, afirmou o presidente, lamentando que, “em vez de pensar como resolver o problema”, a questão foi “polarizada”, numa referência clara às duras críticas apresentadas pelos republicanos, que controlam o Congresso.

O presidente norte-americano insistiu que suas medidas não são “um conluio” para, como afirma a maioria republicana, restringir o direito de aquisição de armas reconhecida pela Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

Fonte: EBC