Ex-ministro Ernesto Araújo adota tom crítico e diz que Bolsonaro faz governo ‘sem alma’

Pouco mais de um mês após pedir demissão do cargo de Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo fez uma série de postagens em uma rede social criticando o governo do presidente Jair Bolsonaro neste sábado. Segundo o ex-chanceler, o governo de Bolsonaro foi transformado uma “administração tecnocrática sem alma nem ideal”.

Ernesto Araújo pediu demissão após meses de fritura por conta da condução da política internacional do país durante a epidemia da Covid-19. Parlamentares de diversos partidos e, especialmente, do chamado Centrão, pressionaram o governo para que Ernesto fosse substituído. No dia 29 de março, em meio ao desgaste, Ernesto pediu demissão.

Em suas postagens, Ernesto Araújo diz que o governo do presidente Bolsonaro teria feito “avanços”, mas a “esperança” teria começado a “desmantelar” por conta de uma suposta reação do “sistema”.

Ernesto criticou as tentativas do governo de construir uma base parlamentar, o que teria dado mais poder ao Centrão, justamente um dos responsáveis pela pressão por sua demissão.

“Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar”, diz uma das postagens.

Em tom crítico, Ernesto disse que privatizações e a aprovação de reformas, duas das principais agendas do governo Bolsonaro, não seriam suficientes para promover uma mudança no país. “Leilões, privatizações, reformas tributária e administrativa? Se não for combatida a essência do sistema, estas serão reformas “Gattopardo”: mudanças para que tudo permaneça igual. Nenhuma “articulação política” vai mudar o Brasil. Somente a pressão popular”, disse Ernesto fazendo uma alusão ao livro Gattopardo, do escritor italiano Giuseppe Tomasi de Lampedusa.

Apesar das críticas, Ernesto diz que continua apoiando Bolsonaro. “Muitos desprezam o sonho do PR de mudar o Brasil. Eu, ao contrário, sempre acreditei, sempre estive e estarei com ele no seu amor pela liberdade e sua luta para libertar o povo de um sistema opressor. Com o apoio popular estou certo de que ele terá a força necessária para vencer”, disse o ex-chanceler.

Fonte: O Globo

Dia do Trabalho: 1º de maio tem atos contra e a favor do governo

Grupos de manifestantes contrários e favoráveis ao governo federal foram às ruas neste sábado (1º), Dia do trabalhador, em diversas cidades do Brasil.

Os críticos ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediram mais vacinas e defenderam direitos trabalhistas e a volta do pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 600.

Já apoiadores do governo criticaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e pediram a volta do voto impresso e o fim das restrições sanitárias implantadas para conter a Covid-19 no país.

Em Pernambuco, apoiadores do presidente Bolsonaro fizeram uma manifestação em alguns pontos de Olinda e do Recife na manhã deste sábado. Houve aglomerações, e alguns dos participantes não usavam máscara de proteção contra a Covid-19. Com faixas e cartazes e vestidos de verde e amarelo, eles saíram pela Avenida Boa Viagem, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana.

Fonte: G1

Brasil recebe primeiras remessas das 4 milhões de vacinas pelo Covax

Chegou, neste sábado (1º), a primeira remessa das 4 milhões de vacinas contra a Covid-19 adquiridas pelo Brasil por meio do Covax Facilty, o consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS) que facilita acesso dos países à imunização. As primeiras 200 mil doses entregues são da vacina de Oxford.

O lote chegou por volta das 16h30min no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A segunda parte está prevista para chegar neste domingo (2), em dois voos: 1,7 milhão pela manhã, e 2 milhões à tarde.

“As vacinas do Covax, que conseguimos trazer graças a ações conjuntas do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da OMS e da diplomacia brasileira, vão nos permitir reforçar a vacinação no país”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em pronunciamento na sexta-feira (30).

Segundo a pasta, nesta semana o País bateu o recorde em doses recebidas. Ao todo, somando as 4 milhões do Covax, são 17 milhões de doses entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos últimos cinco dias: 11,6 milhões de doses da vacina de Oxford pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 1,1 milhão da Pfizer e 420 mil da CoronaVac pelo Instituto Butantan.

A vacina de Oxford é desenvolvida pela farmacêutica sueca AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e produzida no Brasil pela Fiocruz. O imunizante é administrado em duas doses, com intervaldo de três meses entre elas.

Fonte: Correio do Povo

Covid: Brasil registra 2.656 mortes e 66.964 novos casos em 24 horas

O Brasil registrou, neste sábado (1º), 2.656 mortes por covid e 66.964 novos casos, de acordo com os dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde e ao Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).

Com o balanço de ontem, o país contabiliza 406.437 mortes e 14.725.975 pessoas que já foram diagnosticadas com a doença. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os estados com o maior número de óbitos, respectivamente.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 13 milhões de pessoas já se recuperam da covid-19 no país.

Segundo o Conass, a taxa de letalidade do coronavírus no Brasil é de 2,8% e a taxa de mortalidade por cada 100 mil habitantes é de 193,4. A média móvel de óbitos nos últimos 7 dias é de 2.421 e a média móvel de novos casos é de 59.680.

Fonte: R7