O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira (22) que pediu proteção ao Brasil e não pretende pedir asilo político. Em entrevista exclusiva por telefone à TV Globo, Zelaya disse que chegou à embaixada brasileira após uma viagem de quinze horas.
Ele disse também que a sua volta é uma ação de resistência para que seja possível buscar acordo político nas próximas horas. Zelaya se disse otimista, mas ressaltou que o país está sitiado. O presidente deposto informou que não há prazo determinado para deixar a embaixada brasileira.
“É um processo de negociação política”, disse, acrescentando que está otimista e que espera que o governo golpista tenha algum “rasgo de inteligência” e que retome a negociação.
Fonte: G1
O governo brasileiro está com um grande abacaxi nas mãos para descarcar. De um lado, um presidente eleito democraticamente pelo povo hondurenho mas que foi tirado à marra do poder e agora se abriga na embaixada brasileira, de mala e cuia, levando os seus defensores a se acamparem na área sem o consentimento do governo golpista.
De outro lado, sem respaldo das urnas um golpista que se apodera do governo e institui toque de recolher, colocando o país em pé de guerra.
O Brasil, por sua vez, não deve ficar do lado de golpistas, mas, também, deve esgotar o caminho da negociação em busca de um final feliz. Já estão formando uma comissão de Parlamentares para viajar a Honduras com a finalidade de acompanhar os fatos, especialmenete a ocupação da nossa embaixada naquele país.
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