Um princípio de tumulto foi registrado na tarde desta quinta-feira (16) no bloco A da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap). Grades das celas foram serradas.
De acordo com nota enviada pela Sejap, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) contiveram os presos. A Força Nacional também participou da ação, mas dentro do que estava estabelecido como “rotina”, segundo a pasta.
“Estão falando que está tudo tranquilo, mas nós ouvimos tiros lá dentro. O pessoal tem que entender que quem está lá dentro tem família aqui fora. Ninguém dá informação de nada”, reclamou Marcilene Silva, que é mãe de um preso e está em frente ao complexo. Agentes da Força Nacional informaram ao G1 que foram utilizadas balas de borracha para conter o tumulto.
O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Raimundo Sá, afirmou que o tumulto teve início por volta das 14h. Até as 16h30 (horário local), uma vistoria era realizada no presídio.
“A revista é um procedimento padrão, porque, como os presos estavam batendo nas grades, eles poderiam estar querendo desviar a atenção da polícia. Entre as reivindicações dos detentos está a celeridade dos processos, a retirada do choque de dentro de Pedrinhas e visitas”, afirmou Sá. O tenente-coronel também informou que detentos continuam fazendo greve de fome em quatro alas na CCPJ de Pedrinhas.
Desde segunda-feira (13), os presos estão protestando contra a má qualidade da comida, a falta de assistência médica e, principalmente, a demora no julgamento de processos pela justiça.
O secretário de Estado de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa, criou uma comissão para manter entendimentos com os detentos. Segundo Uchôa, em busca do atendimento às reivindicações, a Sejap já chamou a empresa que fornece a comida aos presídios para discutir melhorias.
Fonte: G1 Maranhão