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Palocci não resiste à pressão e renuncia

palociAntonio Palocci deixou na terça-feira o cargo de ministro-chefe da Casa Civil após semanas de pressão e acusações sobre seu aumento patrimonial nos últimos quatro anos, numa tentativa de pôr fim à crise que se instalou no governo. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) assumirá o posto já na quarta-feira.

Ao renunciar, Palocci reconheceu em nota que “a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo”.

Economistas e analistas ouvidos pela Reuters avaliam que o impacto da saída de Palocci nos mercados financeiros será limitado.

“O mercado financeiro aprendeu que existem fundamentos para política econômica… Não é algo que deva impactar muito os ativos”, disse o estrategista-chefe do banco Westlb, Roberto Padovani.

No cenário político, no entanto, a presidente Dilma Rousseff precisa agora buscar uma reaproximação com a base aliada, já que a relação se viu afetada pelas acusações contra Palocci. Ela precisa também de um nome que substitua o seu mais influente ministro, especialmente na interlocução com o Congresso.

A pressão sobre Palocci permaneceu intensa mesmo após a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquivar pedido de investigação por suposto tráfico de influência. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo em maio informou que o patrimônio do ministro cresceu 20 vezes em quatro anos, quando Palocci atuava em sua consultoria Projeto.

O pedido de demissão de Palocci foi entregue em carta à presidente Dilma nesta tarde.

O ministro disse considerar que a manifestação da PGR “confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta”.

Fonte: Reuters

Nova tentativa de convocar Palocci falha, desta vez no Senado

1900647-2866-atm141Parlamentares da oposição tentaram, em vão, convocar novamente o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para depor no Senado a respeito das denúncias sobre a evolução do seu patrimônio e suposto tráfico de influência. A oposição aproveitou a desatenção da base aliada e tentou convocar Palocci durante reunião na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, mas parlamentares governistas conseguiram derrubar a proposta.

Ao serem informados sobre a tentativa da oposição, senadores e deputados governistas compareceram em peso à reunião da comissão mista e questionaram sua validade, que ainda precisa da aprovação do Congresso para funcionar. Foi o que questionou o senador Fernando Collor (PTB-AL).

“Essa comissão ainda não existe. Para que possamos deliberar é condição sine qua non que o Congresso Nacional aprove o Projeto de Lei do Congresso Nacional 2/2008, cuja relatora é a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES). Não há nenhuma resolução do Congresso que estabeleça que essa comissão possa funcionar do ponto de vista parlamentar. Qualquer votação não terá efeito prático”, disse. Collor, que participou de um almoço nesta terça com a presidente Dilma Rousseff, foi um dos mais ativos na tentativa de impedir a convocação de Palocci.

Fonte: Terra

Procurador-geral arquiva representações contra Palocci

2831_mmEm uma semana que pode ser decisiva para o futuro do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, o procurador-geral da República Roberto Gurgel decidiu ontem arquivar representações movidas contra Palocci por suposto crime de tráfico de influência e enriquecimento ilícito. Até o fechamento desta edição, a presidente Dilma Rousseff já havia sido notificada da decisão, mas ainda não se manifestara quanto à decisão do procurador, Roberto Gurgel.

Com a decisão, Palocci não vai responder a inquérito policial no Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por apreciar supostos crimes praticados por ministros de Estado. Entretanto, ele continuará sendo investigado por suposta improbidade administrativa em inquérito civil instaurado há uma semana pelo Ministério Público Federal do DF.

“Os fatos, entretanto, tais como descritos nas representações, não configuram infração penal”, afirma Gurgel, em parecer de 27 páginas. Ele refere a representações movidas por um deputado federal e seis senadores com base em notícias sobre a evolução patrimonial do ministro, que aumentou 20 vezes em quatro anos.

E acrescenta: “Não há igualmente indício idôneo da prática do crime de tráfico de influência, que, segundo os representantes, decorreria necessariamente do fato de clientes da empresa Projeto terem celebrado contratos com entidades que integram a administração indireta e fundos de pensão”.

Gurgel considerou “circunstância isolada, dissociada de outros elementos indicativos de eventual ação ilícita do representado” o fato de a empresa do ministro, Projeto, ter celebrado contratos com a Petrobras ou com fundos de pensão.

O procurador-geral também considerou improcedentes as suspeitas sobre a suposta liberação de cerca de R$ 9 milhões em restituição do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) logo após o primeiro turno das eleições de 2010 à empresa WTorre.

Os valores, relativos aos anos-base 2007 e 2008, teriam sido liberados apenas um mês e meio após o pedido. Em contrapartida, segundo a oposição, a empresa teria feito doações da ordem de 3,4 milhões de reais ao Partido dos Trabalhadores.

Segundo o procurador, o relato feito pelos parlamentares “não traz um único fato idôneo” no sentido de que os contratos e negócios da WTorre foram intermediados pelo representado, nem que as doações eleitorais representaram uma espécie de pagamento ou de compensação.

Inquérito civil

Como investigação sobre improbidade administrativa sobre ministros não é atribuição da Procuradoria Geral da República, Palocci continuará sob investigação de inquérito aberto pela Procuradoria. Até a próxima quinta-feira, a Procuradoria da República no DF aguarda as informações solicitadas da empresa dele, a Projeto. Palocci agora é alvo de procedimento investigatório na área cível por suposta improbidade administrativa (desvio de conduta).

Em nota, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho de Assis, afirma que a instância do órgão no Distrito Federal tem competência para quebrar o sigilo fiscal do ministro para investigações na área cível. Providência nesse sentido foi tomada junto à Receita Federal quando da abertura desse procedimento, na semana passada.

O procurador responsável pela instauração do procedimento no Distrito Federal, Paulo José Rocha Júnior, solicitou informações junto à empresa Projeto, de onde Palocci teria aumentado seu patrimônio em 20 vezes nos 4 anos.

Fonte: DCI

Pedido de CPI contra Antonio Palocci já tem 20 adesões

size_590_antonio-palocciA senadora Ana Amélia (PP-RS) confirmou hoje que assinará o requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Para a senadora, as explicações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estão demorando muito. Além disso, as entrevistas concedidas pelo ministro neste fim semana não a convenceram.

Ana Amélia afirma que há dúvidas sobre como foram feitos os pagamentos à empresa de Palocci. Ela também considerou grave a declaração de que ele não revelou à presidente Dilma Rousseff a relação de clientes da empresa. “Na política tem um tempo para tudo, o meu tempo acabou”, afirmou. Com a adesão de Ana Amélia, já são 20 assinaturas pela CPI contra Palocci. São necessárias, ao todo, 27 assinaturas para a abertura de CPI no Senado.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse aos jornalistas que as entrevistas de Palocci também não o convenceram. No entanto, ele mantém o compromisso feito com a bancada de que só assina a CPI depois do parecer do procurador-geral da República. Na semana passada, Simon pediu, da tribuna, o afastamento imediato do ministro Palocci.

Fonte: Agência Estado

Palocci fica em situação crítica após nova denúncia

palociO governo e setores do PT consideram que a situação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) acabou se agravando com as recentes declarações concedidas acerca de suas atividades como consultor. De acordo com integrantes do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff estaria “desanimada” com o desempenho do ministro, o que tornaria a sua situação “insustentável”.A posição de Palocci no governo tornou-se ainda mais frágil após denúncia da revista “Veja” deste final de semana, segundo a qual o ministro pagava aluguel do apartamento onde vive a empresa que estaria em nome de laranjas.

Na sexta-feira, o ministro concedeu entrevista ao “Jornal Nacional” para explicar as atividades da sua consultoria, a Projeto. Mas, segundo parlamentares da própria base governista, as declarações não foram convincentes.

Para interlocutores da presidente, Dilma teria comentado que Palocci ficou devendo respostas sobre os clientes da Projeto, que, segundo ele próprio, foram entre 20 e 25 empresas.

No Planalto já se fala que agora o governo deve entrar num clima de transição na área política. Antes mesmo da entrevista do titular da Casa Civil para tentar esclarecer suspeitas de enriquecimento ilícito, Dilma e auxiliares mais diretos avaliavam que o ministro não conseguiria reverter a sua situação pessoal nem a de engessamento do governo.

Já circulam no governo nomes para substituir Palocci, entre os quais o da diretora da Petrobras Maria das Graças Foster, cujo perfil é considerado semelhante ao da presidente, quando era titular da Casa Civil no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma havia cogitado indicá-la para o posto na montagem do governo, mas acatou a sugestão de Lula, que queria Palocci na vaga. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) também está na lista de cotados, principalmente em razão do seu bom trânsito no Congresso. Outro nome é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política na gestão Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado

Palocci agora aguarda posição de Dilma sobre explicações

1ek1s8c0k21qr23inzf9ycdszUm dia depois de o ministro Antonio Palocci vir a público para explicar seu patrimônio, setores do governo retomaram algumas palavras de apoio ao chefe da Casa Civil. Nos bastidores, entretanto, as pressões por uma demissão ainda alimentam a avaliação de que o destino do ministro depende da satisfação da presidenta Dilma Rousseff com os esclarecimentos.

Palocci apostou na entrevista que concedeu na noite de ontem ao Jornal Nacional para tentar esfriar a crise em torno de sua evolução patrimonial. Hoje, auxiliares diretos do ministro admitiam nos bastidores que só resta aguardar para saber qual será a decisão da presidenta quanto ao destino do chefe da Casa Civil.

Como o iG revelou ontem, Palocci sinalizou a aliados que não está disposto a tomar a iniciativa de abrir mão do cargo. Assim, caberia a Dilma demitir o auxiliar, se avaliar que sua situação atingiu um ponto insustentável. No governo, já circulam nomes de possíveis substitutos, com base na tese de que a presidenta poderia optar por uma escolha “técnica”. Com isso, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, passou a constar da lista de apostas.

Embora setores do governo e do PT tenham pedido sua cabeça nos últimos dias, Palocci ganhou ontem uma manifestação explícita de apoio do vice-presidente Michel Temer. Os dois entraram em atrito no fim do mês passado, por causa do andamento de projetos do governo no Congresso. Palocci teria ameaçado demitir ministros do PMDB caso o partido não apoiasse a posição da presidenta na votação do Código Florestal.

Ontem, Temer disse ser a favor da permanência de Palocci no cargo. “A decisão sobre se ele vai continuar é da presidenta. Eu sou favorável a ele, não tenho nenhuma objeção. Ele deve continuar”, afirmou Temer, que se afastou da crise em Brasília para participar, em São Paulo, de um ato organizado para comemorar novas filiações ao PMDB. Na lista de adesões à sigla, está o do deputado Gabriel Chalita (SP), pré-candidato à Prefeitura de de São Paulo em 2012. Temer fez elogios a Palocci, alegando que o ministro tem uma “capacidade administrativa extraordinária”.

A entevista concedida por Palocci também repercutiu entre parlamentares. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) investiu no discurso de que as explicações do ministro foram satisfatórias. “Ficou claro que, primeiro, não houve tráfico de influência. Segundo, todos os fatos ocorreram no ano passado. E, terceiro, não houve informações privilegiadas do governo que orientaram seu trabalho. Portanto, como bem disse o Palocci, os problemas da empresa são problemas da empresa do Palocci, não são problema do governo”, afirmou Vaccarezza. O líder evitou, entretanto, fazer avaliações sobre a permanência do ministro no cargo. “Cabe à presidenta Dilma tratar deste assunto”, emendou.

Palocci ganhou uma manifestação aberta de apoio também em Ribeirão Preto, seu berço político. Um grupo de petistas aproveitou um encontro local para aprovar uma nota de desagravo ao ministro.”Manifestamos total apoio ao companheiro filiado ao PT de Ribeirão Preto, construtor dessa macrorregião”, diz a nota, proposta pelo presidente estadual do partido, Edinho Silva.

Fonte: Último Segundo

Dilma já discute como será governo sem Palocci

1900647-2866-atm14Diante do agravamento da situação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), a presidente Dilma Rousseff passou a analisar não só nomes para substituí-lo como a estudar mudanças no perfil dos titulares do cargos núcleo-duro do Palácio do Planalto.

Reportagem de Valdo Cruz, publicada na Folha deste sábado, afirma que ela cogita, num cenário de queda de Palocci, trocá-lo por um ministro de perfil “técnico”, o que assessores da presidente tratam reservadamente como escalar uma “Dilma da Dilma”.

Os nomes citados são o da ministra Miriam Belchior (Planejamento) e de Maria das Graças Foster, diretora da Petrobras, que já constou da lista de ministeriáveis. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, também é cotado entre assessores presidenciais como possível substituto de Palocci.

Em entrevista à Folha publicada neste sábado (4), o ministro atribuiu as acusações a ele a uma “luta política” e disse que ninguém provou qualquer irregularidade na sua atuação com a consultoria Projeto.

Palocci multiplicou seu patrimônio 20 vezes nos últimos quatro anos, usando os rendimentos da consultoria para comprar um apartamento de luxo e um escritório em São Paulo, como a Folha revelou no dia 15 de maio.

A empresa faturou R$ 20 milhões no ano passado, quando Palocci chefiou a campanha de Dilma à Presidência e acumulou seus negócios como consultor com o exercício do mandato de deputado federal.

Fonte: Agora MS

Entenda o escândalo envolvendo Antonio Palocci

palocciDeputados e senadores da oposição cobram explicações do ministro Antonio Palocci, chefe da Casa Civil, devido ao aumento registrado em seu patrimônio entre 2006 e 2010, quando era deputado federal pelo PT. Reportagem publicada em 15 de maio deste ano pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que o petista multiplicou por 20 seu patrimônio neste período.

De acordo com o jornal, antes de assumir a Casa Civil, escolhido pela presidente Dilma Rousseff, Palocci adquiriu dois apartamentos em São Paulo, cujos valores totalizam R$ 7,5 milhões, aproximadamente. Em 2006, porém, Palocci declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio estimado em R$ 375 mil (em valores corrigidos pela inflação), ou seja, 20 vezes a menos que o estimado em 2011.

Os dois imóveis teriam sido adquiridos em nome da Projeto, empresa de consultoria criada por Palocci em 2006, transformada em administradora de imóveis pouco antes dele assumir a principal pasta do governo da presidente Dilma.

Além do aumento patrimonial, o jornal noticiou, pouco depois, que o ministro faturou R$ 20 milhões em 2010 – quando era coordenador da campanha presidencial de Dilma -, graças aos serviços de consultorias prestados a empresas cujos nomes foram mantidos em segredo.

Defesa e investigação

Após as acusações, Palocci informou, em nota enviada à imprensa, que o crescimento de seus bens se devia à atividade de “prestação de serviços de consultoria econômico-financeira” da empresa Projeto, da qual ele detém 99,9% do capital.

– O patrimônio auferido pela empresa foi fruto desta atividade e compatível com as receitas realizadas nos anos de exercício.

Palocci citou também, em uma mensagem, casos de outros ex-ministros da área econômica que enriqueceram após participar de governos. O petista foi ministro da Fazenda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e citou nomes de ex-ministros e presidentes do Banco Central como Pedro Malan, Armínio Fraga e Henrique Meirelles.
.A Casa Civil também destacou que as atividades foram encerradas “por força da função ministerial a que se dedica hoje”, e disse que as informações contábeis da Projeto foram regularmente enviadas à Receita Federal.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, informou, em 18 de maio, que não havia elementos contra o ministro da Casa Civil, pois o “exercício de consultoria não é crime” e o salto patrimonial, ainda que em curto espaço de tempo, também não é ilegal.

A crise fez com que, em 25 de maio, Lula fosse a Brasília fazer uma articulação política para tentar conter as acusações contra o ministro. Em encontro com senadores governistas e ministros, ele traçou uma estratégia da reação às suspeitas de tráfico de influência envolvendo Palocci.

Diante da pressão da oposição por explicações, a presidente Dilma saiu publicamente em defesa do ministro, pela primeira vez, em 26 de maio. Na ocasião, ela garantiu que Palocci havia prestado “todas as explicações” necessárias sobre seu patrimônio, e lamentou que o caso tenha sido “politizado”.

– Quero assegurar a vocês que o ministro Palocci está dando todas as explicações para os órgãos de controle. Espero que essa não seja uma questão que seja politizada.

No dia seguinte, o Ministério Público Federal no Distrito Federal decidiu abrir uma investigação para apurar suposto enriquecimento ilícito de Palocci, sob a alegação de que “não foram apresentadas publicamente justificativas que permitam aferir a compatibilidade dos serviços prestados (pela empresa Projeto) com os vultosos valores recebidos”, e cobrou esclarecimentos de Palocci.

Oposição e crise política

No dia 1º de junho, diante de uma “brecha” da base governista na Câmara dos Deputados, a Comissão de Agricultura aprovou um requerimento da oposição para que Palocci prestasse esclarecimentos na Casa. A estratégia surpreendeu o governo, que classificou a aprovação do convite como um “golpe”.

Apesar do susto, no mesmo dia, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), suspendeu, temporariamente, a convocação de Palocci, para poder “tomar pé” sobre o caso.

Por se tratar de uma convocação, o chefe da Casa Civil seria obrigado a comparecer à Comissão da Câmara. No caso de convites, a presença não é obrigatória. Caso a convocação do ministro seja confirmada, ele terá que ir até a Câmara sob pena de intervenção policial.

Para não comparecer, no entanto, Palocci pode apresentar justificativas médicas ou recorrer a Justiça, como faz, normalmente, quem é convocado para ir até uma comissão do Congresso.

História

Essa não é a primeira vez que Antonio Palocci é pivô de uma grave crise política no governo federal.

O petista, que foi ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Lula, deixou a pasta em 2006 depois de ser acusado de ordenar a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que trabalhava em uma casa, em Brasília, frequentada por ele e por lobistas.

Fonte: R7

Empresa que empregava amigo de Palocci recebeu 3,7 milhões do governo

palociUm personagem até agora desconhecido publicamente surgiu na crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. É Celso dos Santos Fonseca, nomeado por Palocci para administrar a Projeto Consultoria Econômica e Financeira entre julho e dezembro de 2010, período em que a empresa do ministro faturou pelo menos 10 milhões de reais e em que ele comprou o apartamento de 6,6 milhões de reais que mantém em São Paulo.

Homem de confiança de Palocci, Fonseca foi funcionário de uma empresa que já recebeu cerca 3,7 milhões de reais do governo federal comandado pelo PT. O faturamento da companhia aumentou 30 vezes após contratar o amigo do ministro.

Entre abril de 2008 e janeiro de 2011, Fonseca foi superintendente comercial da editora e distribuidora de livros SBS Special Book Services, que vende obras didáticas, científicas e de idiomas. Deixou esse cargo e a administração da consultoria de Palocci para assumir, em fevereiro, a chefia de gabinete do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia -, Glauco Arbix, um amigo de Palocci dos tempos em que militaram no movimento estudantil Liberdade e Luta (Libelu). Arbix esteve presente na cerimônia de posse de Palocci na Casa Civil, em janeiro.

Em 2007, segundo dados do Portal da Transparência, a SBS recebeu 36.000 reais do governo, apenas 10.000 a mais do que 2006. No ano seguinte, com Celso Fonseca na função de diretor comercial, a SBS faturou pelo menos 1,1 milhão de reais, segundo dados publicados no portal do governo.

Mais cerca de 1,3 milhão de reais foram pagos em 2009. No ano seguinte, quando Fonseca assumiu a função de administrador da consultoria de Palocci, a SBS também vendeu 1,3 milhão de reais em livros para o governo.

Fonte: Veja

Em Brasília, ex-presidente Lula defende ministro Antonio Palocci

paloccilula1O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em almoço realizado nesta terça-feira com a bancada do PT no Senado, na casa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em Brasília. A informação foi divulgada pelo site do jornal “Folha de São Paulo”, citando os parlamentares presentes como fonte. A imprensa não teve acesso direto ao evento e Lula saiu sem falar com os repórteres.

Segundo os senadores, Lula destacou a atuação de Palocci durante seu governo e frisou que ônus da prova nas acusações de enriquecimento ilícito cabe aos acusadores.

“Ele defendeu o comportamento do Palocci, dizendo que deu uma contribuição muito significativa para oBrasil e para o PT. Que temos razão para confiar no procedimento dele e que é importante que estejamos unidos em defesa do Palocci”, afirmou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), um dos presentes no almoço.

– Oposição sonda governistas para CPI contra Palocci.

Fonte: SRZD