O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, negou qualquer tipo de maquiagem nos números que consolidaram o cumprimento da meta de geração de empregos estabelecida pelo governo federal para 2010, de 2,5 milhões de novas vagas. “Esses números [de 2010] são oficiais, de mais de 7 milhões de empresas do Brasil e eu não sou leviano pra inventar números. São dois números que o ministério tem, todos verdadeiros, reais e sem maquiagem”, afirmou, referindo-se ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregador (Caged) e à Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Caso os números de empregos declarados fora do prazo não tivessem sido incluídos no resultado de dezembro de 2010, o ano fecharia com 2,1 milhões de novos empregos, abaixo da meta estabelecida pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a inclusão dos números declarados em atraso (+387.731), o governo conseguiu atingir a meta. Apesar do bom resultado acumulado em 2010, dezembro fechou com um saldo de 408 mil empregos a menos.
Segundo o Caged, o setor de serviços foi o que gerou o maior número de empregos no ano passado, com 1.008.595 vagas abertas, seguido do comércio (601.846), da indústria de transformação (536.070) e da construção civil (329.195). O único setor que apresentou queda foi a agricultura, com a redução de 2,5 mil postos de trabalho.
De acordo com Carlos Lupi, a crise de 2009 explica boa parte do saldo positivo registrado em 2010. “Viemos de um período que a economia teve uma parada e voltou a crescer no meio do ano. A consequência dessa parada fez com que a retomada, em 2010, fosse mais forte. Essa comparação favorece 2010”, explicou.
A região que apresentou o maior crescimento do número de empregos foi a Sudeste (geração de 1.276.903). Já a Região Norte foi a que apresentou o menor crescimento na comparação com as outras, apenas 136.259 empregos a mais do que em 2009. Apesar disso, este número é recorde para a região.
Fonte: DCI