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FMI alerta que boom na América Latina pode virar crise

fmi-fundo-monetario-internacionalO boom econômico da América Latina pode acabar em uma ampla crise, a não ser que os governos da região administrem a situação de forma apropriada, disse nesta quinta-feira o diretor do Fundo Monetário Internacional para o Hemisfério Ocidental, Nicolas Eyzaguirre.

O diretor afirmou que os fundamentos econômicos da América Latina parecem estar em boa forma, mas instou os formuladores de política a tomarem medidas para impedir que suas economias fiquem superaquecidas, e deixar reservado o que for possível dos ganhos obtidos com o boom atual.

Caso isso não aconteça, disse ele no Seminário de Metas para Inflação no Rio de Janeiro, a região poderá ver suas moedas se enfraquecerem dramaticamente como resultado de um choque externo repentino -tais como, citou ele, uma queda nos preços globais de commodities ou um aumento rápido e inesperado nos juros nos Estados Unidos.

Eyzaguirre mencionou especificamente o Brasil, dizendo que o governo da presidente Dilma Rousseff deve continuar “controlando a economia por meio de uma gama de medidas para evitar exuberância, ou pode acabar em lágrimas”.

“Se uma grande correção ocorrer… o capital pode parar de vir para o país repentinamente e você pode ter uma grande crise financeira”, acrescentou.

Os comentários de Eyzaguirre representam um dos mais fortes alertas até o momento de uma autoridade sênior sobre os perigos no curto prazo com a recente corrida à prosperidade na América Latina.

Embora ele tenha equilibrado o discurso com elogios aos esforços dos formuladores de política até agora, ele também criticou o histórico de gastos excessivos da América Latina durante bons momentos econômicos. Ele alertou investidores a não se exporem demais no chamado carry trade com o real, que ele acredita que poderá se enfraquecer no futuro.

Os comentários vieram no momento em que o real e outras moedas regionais vêm se enfraquecendo nos últimos dias, em linha com o movimento nos preços de commodities. Preocupações com a demanda na China, um importante comprador de commodities latino-americanas, levaram alguns a questionar se o crescimento regional vai entrar em uma fase mais lenta.

“Há uma chance muito boa de que os preços possam mudar rapidamente e abruptamente”, disse Jorge Knauer, diretor de tesouraria do banco Prosper, no Rio de Janeiro.

“A queda nos preços de commodities tem o mesmo impacto que uma redução na liquidez por meio dos juros. Quando as commodities caem, as moedas da região caem junto.”

Eyzaguirre afirmou que uma correção moderada nos preços globais de commodities pode particularmente afetar o apetite pelo real.

Fonte: Agência Reuters

Objetivo é melhorar qualidade do gasto nos próximos anos, diz Belchior

e8k6q8yhv3xzvwgb6sw6jlh6sA ministra do Planejamento do governo Dilma Rousseff, Miriam Belchior, afirmou há pouco que as prioridades podem ser organizadas em três grandes eixos: a área social, a melhor qualidade do gasto público e a melhoria da gestão pública. “É um posto muito honroso”, disse ela.

Miriam salientou que, no governo Lula, foi retomado o planejamento no governo federal. “O que nos move é a convicção de que planejamento efetivo de ação de governo mais boa capacidade gerencial nos levam a responder desafios nacionais”, analisou. “Dilma gostaria de valorizar demais essa ferramenta de gestão, que é o planejamento”, acrescentou.

De acordo com ela, assim, é possível potencializar ações de médio e longo prazo para Brasil se colocar entre as maiores economias do mundo. “Vamos trabalhar com todos os ministérios para que o planejamento seja bastante efetivo”, considerou.

Fonte: Estadão

Economia informal brasileira equivale ao PIB Argentino

882510A economia informal movimentou, em 2009, uma quantia equivalente a cerca de um quinto (18,5%) do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Segundo uma pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), a cifra gerada pelas atividades “subterrâneas” foi de 578 bilhões de reais.

Um exemplo dado pelo presidente do Etco, André Franco Montouro Filho, contribui para a compreensão do tamanho do problema. “Estamos falando de quase R$ 600 bilhões, que ficam à margem da economia formal brasileira. O mercado informal no Brasil supera a economia da Argentina.”

Apesar de surpreendentes, os dados do estudo revelam que houve melhora dos números na comparação com os últimos seis anos. De 2003, quando foi iniciada a série de estimativas do índice, até 2010, os valores absolutos passaram de 357 bilhões para os atuais 578 bilhões de reais. Contudo, o PIB brasileiro teve um crescimento de 1,7 trilhão para 3,14 trilhões de reais. Portanto, houve uma queda na comparação, de 21% para 18,4%.

Fonte: Abril

Brasil deve eliminar miséria até 2016, diz Ipea

info_pobreza_ipeaO Brasil eliminará a miséria e reduzirá a pobreza a apenas 4% da população até 2016. É o que projeta estudo divulgado nesta terça-feira, 13, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O trabalho mostra que, entre 1995 e 2008, 12,8 milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza absoluta (caracterizada por renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo). Já no caso da pobreza extrema (renda per capita de até um quarto do salário mínimo), o contingente que deixou essa condição no mesmo período foi de 12,1 milhões de pessoas.

Os números representaram uma queda de 33,6% na taxa de pobreza absoluta, que ficou em 28,8% da população em 2008. Já a proporção de miseráveis, estimada em 10,5% da população em 2008, reduziu quase 50% em relação a 1995. A velocidade dessa queda da pobreza desde a estabilidade econômica proporcionada pelo Plano Real e a aceleração desse ritmo identificada pelo Ipea no governo Lula (2003-2008) permitiram aos autores do trabalho projetar a redução a zero da pobreza extrema no País em quatro anos, além de uma queda vertiginosa da chamada pobreza absoluta.

Fonte: Estadão

País tem o melhor janeiro da história na criação de empregos

empregosConfirmando as expectativas já anunciadas pelo próprio presidente Lula, o País fechou o mês de janeiro com geração de 181.419 postos de trabalho. Segundo o ministro do Trabalho, Luiz Carlos Lupi, trata-se do maior volume de criação de postos formais para meses de janeiro da história.

O número consta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foi divulgado nesta manhã. O dado superou a estimativa de Lupi, de 142 mil empregos no primeiro mês do ano.

Ainda em janeiro, o Caged registrou um total de 1.410.462 pessoas admitidas em postos formais de emprego e 1.229.043 demissões. Com isso, o saldo líquido do Caged ficou positivo em 181.419 vagas com carteira assinada. O número foi bem acima do recorde de 142 mil empregos de janeiro de 2008.

Fonte: Agência Estado

Classe C do Brasil já detém 46% da renda

dinheiroPela primeira vez na história, a classe C do Brasil, cujos lares recebem de R$ 1.115 a R$ 4.807 por mês, passou a representar a maior fatia da renda nacional. Segundo a Fundação Getulio Vargas, o segmento detém 46% dos rendimentos das pessoas físicas. Já as classes A e B correspondem a 44%. Entre 2003, quando a classe C tinha 37% da renda, e 2008, 26,9 milhões chegaram a este grupo, que soma 91 milhões de brasileiros.

O novo público está mudando o conceito de classe média, padrões de consumo e investimentos das empresas. Entre 2003 – quando a classe C respondia por 37% da renda nacional (salários, benefícios sociais e previdenciários, juros e aluguel) – e 2008, 26,9 milhões chegaram a este grupo. Essa migração em massa alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil e proporcionou o surgimento de um grupo com características socioculturais próprias.

Se a década de 1990 foi marcada pela estabilidade e a educação, o aumento da renda que marcou os anos 2000 permitiu ao consumidor não só comprar, mas escolher o produto com que mais se identifica. O vice-presidente da agência DM9DDB, Alcir Gomes Leite, garante que isso fez os profissionais reverem seus conceitos. O novo público não se preocupa só com preços:

– Vai atrás das marcas, tem uma identidade própria, que é diferente da classe média tradicional. As marcas já entenderam isso. Não querem mais saber o que fazer para tornar o cliente fiel. Vão atrás do que têm de fazer para se tornarem fiéis a eles.

Fonte: O Globo

O ano da poupança

economia1_1O aumento do emprego e da renda está provocando uma revolução entre os brasileiros. Se até bem pouco tempo a grande maioria não conseguia guardar um centavo que fosse para garantir um futuro melhor, agora, é cada vez maior a preocupação em poupar, seja para bancar a tão sonhada viagem ao exterior, seja para pagar a faculdade dos filhos ou mesmo para a aposentadoria. “Está havendo uma revolução na cultura de poupança da população, apesar do endividamento maior oriundo do crédito farto. E isso está sendo possível porque a renda está aumentando e o Brasil consolidou a estabilidade econômica. Ou seja, ficou mais previsível”, disse o presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira, Edmilson Lyra.

Essa visão, segundo ele, está sustentada nos resultados dos investimentos em 2009. Pelas contas do Banco Central, a tradicional caderneta de poupança registrou captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 30,4 bilhões, com o saldo em conta atingindo R$ 319 bilhões. Foi o segundo melhor resultado anual desde 1995, quando começou a série histórica do BC – ficou atrás apenas de 2007, com saldo positivo de R$ 33,4 bilhões. Nos fundos de investimentos, as aplicações superaram as retiradas em R$ 87,6 bilhões, elevando para R$ 1,366 trilhão o patrimônio dessa indústria no país. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), 552.364 pessoas físicas – um recorde – responderam por mais de 30% dos negócios diários.

“Felizmente, as pessoas estão podendo consumir mais e ainda poupar. E não vejo mudança nesse quadro nos próximos anos. Pelo contrário. Com a perspectiva de crescimento cada vez mais forte da economia nos próximos anos, veremos a poupança total dos brasileiros, tanto em renda fixa quanto em ações, crescer de forma acentuada”, afirmou o professor Ricardo Rocha, do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. “Isso é muito bom, pois, com a poupança interna em alta, o Brasil ficará menos dependente do capital estrangeiro para crescer. As empresas poderão se financiar no país para ampliar osparques produtivos”, acrescentou Carlos Antonio Magalhães, diretor da Sabe Consultoria.

Fonte: Diário de Pernambuco

Economia do País crescerá muito em 2010, diz Lula

A economia já está crescendo de forma razoável. O que nós anunciamos foram medidas para garantir que a economia cresça muito forte em 2010″, afirmou no programa semanal de rádio “Café com o Presidente”, que foi hoje ao ar.

Entre os anúncios da administração federal, Lula citou os R$ 80 bilhões de crédito para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a prorrogação, para 30 de junho, das desonerações que venceriam em dezembro, de todas as linhas, a desoneração para computadores até 2014 e a permissão para que o sistema financeiro privado faça financiamento de longo prazo. “Essas medidas, elas têm, eu diria, endereço certo: a certeza absoluta que o governo trabalha, que a economia brasileira vai crescer muito em 2010, que a gente vai continuar com a inflação baixa e que o Brasil vai gerar a riqueza que o povo brasileiro tanto espera que o Brasil gere para poder melhorar a vida do povo brasileiro”, afirmou.

Lula disse ainda que o País pode esperar que a economia cresça de forma sustentável. O presidente mencionou que o BNDES, em 2004, emprestou R$ 40 bilhões, e terminará 2009 tendo liberado cerca de R$ 130 bilhões. “É uma quantia extraordinária”, disse. De acordo com o presidente, isso significa que a agricultura, a indústria e o comércio crescerão, porque haverá mais dinheiro para financiamentos e mais crédito para a população.

Fonte: Último Segundo