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Governo quer atrair cientistas estrangeiros para atuar no Brasil

aluisio-mercadante1O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quinta-feira que o governo abrirá um concurso para atrair cientistas internacionais para atuar no Brasil. Os especialistas estrangeiros vão ocupar vagas de brasileiros que estão se aposentando e, na visão do governo, vão ajudar a desenvolver “áreas estratégicas” no país. “Esse processo de renovação vamos fazer, evidentemente, com uma parte de profissionais do Brasil e uma parte de experientes pesquisadores e cientistas internacionais que estão disponíveis e motivados para vir para o Brasil”.

Mercadante disse que na Europa e nos Estados Unidos muitos cientistas ficaram sem emprego por conta da crise financeira e que há interesse em vir atuar no Brasil. “Hoje é um momento raro na história econômica: o Brasil cresce, tem estabilidade, investe e estamos assistindo a uma recessão, uma crise, instabilidade nos países desenvolvidos. Nós tivemos uma diáspora de cérebros no passado, mas agora queremos atrair inteligência para o Brasil. E vamos fazer isso”.

O ministro citou como exemplo de colaboração que um estrangeiro já deu para o desenvolvimento da ciência no Brasil o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A escola de excelência foi administrada por um reitor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), de Cambridge, Estados Unidos. Mercadante disse que o Brasil trouxe o reitor há 60 anos e o ITA se tornou uma das melhores escolas de engenharia do Brasil.

Questionado sobre o espaço reservado aos cientistas brasileiros com esse projeto, Mercadante destacou a formação, que incluirá bolsas para graduação e pós-graduação “sanduíche”, em que o estudante passa um ano em uma universidade no exterior e depois volta ao Brasil. “Evidente que a nossa prioridade é formar o cientista brasileiro. Setenta e cinco mil alunos brasileiros vão passar um ano nas melhores universidades do mundo”, disse. Segundo o ministro, o concurso para cientistas brasileiros será aberto ainda no segundo semestre este ano

Fonte: Terra

Cientistas recomendam mais dois anos de discussão sobre novo Código Florestal

1303441703_gA Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) querem que o Congresso Nacional adie por dois anos a votação do novo Código Florestal e tome a decisão sobre a nova lei com base em estudos científicos. A recomendação das duas entidades é baseada em estudo feito por um grupo de trabalho formado por 12 especialistas e publicado hoje (25).

Como a votação do Projeto de Lei nº 1876/99 divide ambientalistas e ruralistas, as duas entidades científicas se oferecem para mediar o “diálogo”, termo escolhido no lugar de “debate”. “A ciência brasileira não pode ficar fora do diálogo sobre o novo Código Florestal”, afirmou a presidenta da SBPC, Helena Nader.

Segundo ela, nenhum cientista ou pesquisador foi consultado para “aquela proposta” do deputado Aldo Rebelo (PCdo B-SP). Rebelo é o autor do relatório aprovado em julho do ano passado em comissão especial na Câmara dos Deputados. De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a proposta deve ser votada na próxima semana, no dia 3 ou 4 de maio.

Integrantes do grupo de trabalho da ABC e da SBPC explicam que o prazo de dois anos é necessário para que se avaliem os possíveis efeitos que as mudanças na legislação terão no meio ambiente. Para o grupo, é preciso prazo também para o desenvolvimento de tecnologia que permita analisar, por exemplo, por meio de maquetes digitais (com topografia feita com base em imagens de satélite), as condições do solo e medir o tamanho das áreas que devem permanecer protegidas.

“O que está sendo proposto [no relatório de Aldo Rebelo] não tem embasamento científico”, diz o engenheiro Antônio Donato Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nobre não criticou diretamente os ruralistas e disse à Agência Brasil que “tem fundamento” a reclamação dos produtores rurais em relação às exigências do atual Código Florestal, que é de 1965. “Existe uma série de tópicos que carecem de melhor definição”, diz o cientista, ressaltando, porém, não acreditar que as exigências do atual código inviabilizem a atividade rural.

Para o advogado do Instituto Socioambiental (ISA), Raul Telles do Valle, o Congresso Nacional deveria acatar o pedido da SBPC e da ABC. “Não é razoável fazer uma votação e jogar isso aí [o estudo] no lixo. A ciência é parte”, reconheceu.

Os cientistas programaram entregar nesta tarde o estudo ao presidente da Câmara dos Deputados e ao próprio deputado Aldo Rebelo. Além desses, irão receber o texto, ao longo da semana, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, da Educação, Fernando Haddad; e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

O documento será levado na quarta-feira (27) à Casa Civil da Presidência da República.

Fonte: Agência Brasil

Cientistas criam espermatozoide em laboratório

9hxqds9s5ky9n3heam4x6yk2sCientistas japoneses conseguiram criar, pela primeira vez, espermatozoides de ratos em laboratório. Os espermatozóides foram congelados e depois fertilizaram óvulos, resultando em ratos férteis. A descoberta consiste em um passo importante para estudos sobre a infertilidade masculina.

O fato é considerado uma grande vitória, pois a formação do espermatozoide é um dos processos mais complexos e longos de divisão celular. Em mamíferos, leva mais de um mês, entre várias e complexas etapas – que até agora nunca tinha sido reproduzido por completo em laboratório.

“Falando de um modo exagerado, nós sabemos ainda muito pouco sobre os mecanismos da espermatogênese e o que é necessário para completar o processo que vai das células-tronco no testículo até o esperma”, disse ao iG Takehiko Ogawa, professor do Departamento de Urologia da Universidade de Yokohama e autor do estudo publicado nesta semana no periódico científico Nature.

A diferença no estudo dos pesquisadores da Universidade de Yokohama está no uso de método de cultura de órgãos, que foi muito usado na década de 1960. Fragmentos de tecido são retirados em blocos do corpo, o que mantém a estrutura e o microambiente original por até uma semana, no máximo. “Anteriormente, o período era muito curto para trabalharmos de forma adequada, mas conseguimos agora manter os tecidos por tempo suficiente para a geração de células,” disse Ogawa que considera que a manutenção do microambiente tenha sido essencial para que a espermatogênese ocorresse de forma adequada.

Fonte: IG

Criada a 1ª ‘capa de invisibilidade’ em 3D

40872Pesquisadores europeus conseguiram desenvolver uma estrutura microscópica em três dimensões que permite fazer um objeto “desaparecer”. O feito, inédito, é uma nova etapa na produção de uma espécie de “capa de invisibilidade”, afirma estudo publicado na revista Science.

A capa confere invisibilidade a um objeto graças à dispersão da luz. Sua superfície contém lentes que refletem as ondas luminosas de maneira parcialmente inclinada, o que as dispersa e oculta do olho humano o objeto coberto por ela. Mas essas estruturas ainda estavam em apenas duas dimensões, enquanto a nova é tridimensional, explica o cientista Nicholas Stenger, do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, um dos três autores da pesquisa.

A primeira “capa de invisibilidade” era cilíndrica e o objeto a ser oculto era colocado em seu meio. Para essa nova experiência, um objeto foi colocado sob uma estrutura microscópica e a forma resultante se tornou invisível, igual ao tapete que a cobria. Stenger também explicou que essa estrutura media 100 mícrons de comprimento – um milésimo de milímetro – por 30 de largura e 13 de espessura. O objeto que ela escondia tinha 10% desse tamanho.

Fonte: AFP

Cientistas detêm câncer ao envelhecer células doentes

20100318140203Cientistas da Universidade Harvard anunciaram ontem ter descoberto um caminho molecular que força as células do câncer a envelhecer e morrer, sem o uso de drogas tóxicas, como ocorre atualmente.

Um estudo em ratos mostrou que o bloqueio de um gene causador do câncer, chamado Skp2, forçou células cancerígenas a passarem por um processo de envelhecimento conhecido como senescência – o mesmo processo no organismo que livra o corpo de células danificadas pela luz solar.

“O que descobrimos é que, se você danifica células, elas têm um mecanismo que as coloca fora de ação”, disse Paolo Pandolfi, um dos responsáveis pelo estudo, à revista Nature . “Elas são impedidas irreversivelmente de crescer.” Outra boa novidade é que uma droga experimental – já na primeira fase de experimento clínico em humanos – parece ter o poder de bloquear exatamente o gene Skp2.

No estudo, os cientistas tornaram o gene inativo e os ratos não desenvolveram tumores. Quando eles analisaram os tecidos das cobaias, notaram que as células tinham começado a envelhecer e também encontraram uma lentidão na divisão celular. Os pesquisadores obtiveram efeito semelhante quando usaram a droga experimental no bloqueio do Skp2 em culturas de laboratório de células humanas de câncer da próstata.

Do Destak Jornal