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Região cerebral da ‘força de vontade’ é mais ativa naqueles que conseguem parar de fumar

fumarPesquisadores da Faculdade Trinity e do Instituto de Pesquisa por uma Sociedade Livre do Tabaco observaram as atividades nos cérebros de voluntários para saber as diferenças que poderiam levar a um melhor entendimento sobre como algumas pessoas conseguem desistir do vício do fumo enquanto outras têm grande dificuldade em atingir este objetivo.

Imagens de ressonância magnética foram usadas para avaliar habilidades cognitivas que são consideradas importantes para o processo que leva alguém a parar de fumar. Entre as atividades desempenhadas pelos voluntários estava uma tarefa de inibição, para avaliar o controle do impulso e a habilidade de monitorar o comportamento, e uma tarefa de atenção, que avalia a habilidade de evitar distrações de imagens relacionados ao ato de fumar, que geralmente conseguem chamar automaticamente a atenção dos fumantes.

Observando as imagens, os pesquisadores descobriram que os fumantes, se comparados com aqueles que nunca fumaram, demonstram uma funcionalidade reduzida durante as tarefas nas regiões pré-frontais do cérebro, que é relacionada ao controle comportamental. Os fumantes também demonstraram uma atividade elevada na região do subcórtex, como no núcleo accumbens, que responde a estímulos de recompensa e salienta o estímulo provocado pela nicotina.

Em contrapartida, os ex-fumantes não demonstraram a mesma atividade no subcórtex, mas sim nos lobos frontais, que são áreas ligadas ao controle comportamental. Além disso, eles apresentaram níveis de atividades maiores nas regiões pré-frontais.

Isso quer dizer que a região responsável pelo que pode ser chamado “força de vontade” tem maior atividade naquelas pessoas que pararam de fumar, o que levou os pesquisadores a relacionarem esta atividade com a capacidade do fumante em parar ou não com o vício.

Fonte: Estadão

Vitamina B pode retardar a evolução do Alzheimer

alzaIngerir altas doses de vitamina B – encontrada em carnes, peixes, ovos e verduras – pode reduzir pela metade o processo degenerativo no cérebro de pessoas com Alzheimer. A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, é considerada o passo inicial no tratamento da doença.

O processo natural de encolhimento do cérebro depois dos 60 anos acontece, em média, a um ritmo de 0,5% ao ano. Em pessoas com debilidade cognitiva – sintoma que aparece no início da demência -, esse ritmo é duas vezes maior. Já nos pacientes com Alzheimer, o cérebro encolhe cerca de 2,5% ao ano. Com a ingestão do complemento de vitamina B, no entanto, o encolhimento apresentou, no estudo, uma baixa significativa e chegou ser de 30% a até 50% mais lento.

“Essas vitaminas estão protegendo a estrutura do cérebro. Isso é muito importante para evitar o Alzheimer”, afirma David Smith, autor da pesquisa. A vitamina B (ácido fólico, vitamina B6 e B12) controla os níveis de uma substância conhecida como homocisteína no sangue, cujas altas taxas estão relacionadas ao encolhimento rápido do cérebro.

Fonte: Veja

Cérebro das pessoas não consegue gerenciar várias tarefas ao mesmo tempo

cerebroA mente humana não foi feita para lidar com mais de duas tarefas ao mesmo tempo, de acordo com um novo estudo. Os cientistas descobriram que quando o cérebro tem que lidar com dois problemas simultaneamente, uma função é coordenada pelo lado direito e a outra pelo lado esquerdo. Esta divisão pode explicar porque muitas vezes temos mais facilidade para escolher entre duas opções, em vez de três ou mais. E, ao contrário da cultura popular, mulheres também não são mais eficientes do que homens no gerenciamento de várias tarefas simultâneas.

O estudo, coordenado pelos médicos Sylvain Charron e Etienne Koechlin, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisas Médicas, em Paris, na França, foi feito com 32 voluntários. Os participantes passaram por ressonâncias magnéticas enquanto tinham que responder a perguntas e montar quebra-cabeças. O foco da pesquisa foi no córtex frontal, a parte cerebral que fica logo acima dos olhos. Esta região, que é dividida em duas partes, está ligada à busca de recompensas durante a execução de tarefas. É possível ler o resultado na íntegra nesta edição da revista “Science”.

– Descobrimos que a atividade cerebral dos humanos foi feita para exercer até duas funções ao mesmo tempo. Isto significa que no dia a dia conseguimos gerenciar até dois problemas simultaneamente, mas quando entra uma terceira ficamos com problemas – diz Koechlin.

Fonte: O Globo