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T. Silva e Felipão ainda tentam justificar derrota e falam sobre motivação para disputar o 3º lugar

A Seleção Brasileira está em Brasília para a disputa do 3º lugar contra a Holanda, partida que será disputada neste sábado no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. No entanto, o foco da entrevista coletiva concedida na tarde desta sexta, como não poderia deixar de ser, foi, ainda, o desastroso 7 x 1 para a Alemanha e suas consequências para o presente e futuro do selecionado nacional.

Felipão e Thiago Silva usaram os já tradicionais bordões que têm sido repetidos ao longo da semana para explicar a derrota: “vida que segue” e “pane” foram alguns dos termos utilizados em meio a juras que a derrota foi apenas um leve desvio em um trabalho primoroso que estava sendo feito.

Confira como foi a coletiva abaixo:

Felipão

Vida que segue

Não posso sair da mesma forma que entrei, tem tanta coisa que mudou, tantas coisas que vivi nesses 45 dias que estão acrescentadas na minha vida. Para melhor ou pra pior. O balanço que farei é na sequência da minha vida. Nos primeiros dias, pagar as contas. Ir pro banco, acertar as coisas, ajeitar minha vida particular que foi deixada de lado um pouco nesses dias. Depois, tentar conversar com a familia no sentido de algumas situações serem explicitadas a elas, dos momentos que vivi, como me comportei com jogadores e público. Claro que não vai ser a mesma coisa, não será nada igual aquilo que eu ja tinha vivido ate antes de inicar o trabalho com a seleção e ao terminar o trabalho amanhã.

O futuro

Meu trabalho começou e termina após o ultimo jogo da Seleção Brasileira. O ultimo jogo é amanhã. Então, encerra amanhã meu trabalho da primeira etapa que combinamos. Após encerrar, apresento relatório e depois é situação que o presidente, o marco Polo, vai decidir o que eles entendem de estar correto ou errado no meu trabalho. Mas sei que de um ano e meio pra cá, nós tivemos uma série de situações muito boas, portanto, não posso ver, e não vejo como as pessoas possam ver, somente um resultado de um jogo. Se um trabalho é bom, não é uma fatalidade, um desastre, que muda isso, mas não quero fazer apologia nem defesa porque não interessa a mim.

Estou em débito para com aqueles com quem influenciei e passei confiança. Mas não vejo como negativo, a não ser resultado que foi catastrófico. Se tivéssemos perdido por 1 x 0 seria diferente, mas teríamos perdido igual, portanto não tenho nada para acrescentar nesse sentido. Apenas quero que as pessoas pensem um pouco se tem algo bom ou se é todo ruim um trabalho com uma derrota em jogo oficial. Sobre Marco polo del nero, converso sobre o trabalho da minha equipe, não conversamos sobre futuro e nem vou me manifestar antes de terminar o jogo de amanhã.

Disputa de 3º lugar

O publico tem de saber que começamos um sonho, não conseguimos, agora vamos buscar um sonho menor. Uma situação diferente que é conseguir o terceiro lugar, e os ensinamentos que temos de 3º lugar passam por nós mesmos. Eu, quando era treinador de Portugal, perdi para Alemanha por 3 x 1 em 2006 e vi o quanto a Alemanha valorizou o 3º lugar e o quanto começaram a trabalhar a partir daquilo para chegar onde estão chegando.

Clima ruim

Eu não tenho de responder se tem clima, não é meu problema, não vou ficar discutindo com clima, principalmente com jornalista. Se eu disser que passamos na rua e recebemos apoio muito maior do que vocês imaginam, podem acreditar que é verdade.

A imagem ficou arranhada pelo resultado catastrófico. Tivemos chances nos primeiros 10 minutos de fazer 2 ou 3 gols. Poderiam também ter amenizado a derrota. Mas perdemos. Não temos de nos envergonhar de nada, 7 x 1 é um resultado que em 100 anos de trabalho não tínhamos levado, mas temos de ver as coisas boas. A derrota aconteceu pra uma equipe que foi melhor. Então, não vamos nunca seguir pelo caminho da derrota, daquela situação que vai ficar marcada ou não.

Fonte: Superesportes