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Procuradoria denuncia 12 em caso de propina da Alstom

Cinco anos depois de ter iniciado a investigação em torno da Alstom, o Ministério Público Federal apresentou ontem a primeira denúncia (acusação formal) contra 12 dos investigados no caso de compra de equipamentos para subestações de energia da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”. Nenhum político foi denunciado.

A Alstom é acusada de ter pago propina de R$ 23,3 milhões para evitar uma concorrência que rendeu à multinacional francesa R$ 181,3 milhões todos os valores foram atualizados.

O suborno foi pago entre 1998 e 2003, quando o Estado era governado por Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

A Alstom pagou o suborno para que a EPTE usasse um contrato de 1983 para comprar as subestações em 1998. Segundo a lei de licitações, o contrato de 1983 tinha caducado em 1988, o que obrigava a EPTE a fazer uma nova licitação para a compra.

O ex-presidente da EPTE e atual prefeito da Cidade Universitária da USP, José Sidnei Colombo Martini, e um ex-diretor da empresa, Celso Sebastião Cerchiari, são acusados de corrupção passiva.

Cerchiari é atualmente diretor da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, empresa privada que comprou a EPTE em 2001. Colombo e Cerchiari são acusados de ter recebido cerca de R$ 4 milhões para fazer a compra sem licitação.

José Geraldo Villas Boas, que foi presidente da Cesp, também foi denunciado por lavagem de dinheiro. A acusação sustenta que ele recebeu recursos para prestar consultoria, mas não comprovou os serviços prestados.

Um ex-diretor financeiro da Alstom, Thierry Charles Lopes de Arias, e o ex-presidente da Cegelec (que seria comprada pela Alstom), Jônio Foigel, foram denunciados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Dois ex-diretores da multinacional francesa, Daniel Huet e Jean Pierre Courtadon, foram denunciados por lavagem de dinheiro.

Fonte: FolhaPress