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Previdência não vai descontar dos salários os meses de greve dos peritos

medicogreve_pequenoNa tentativa de chegar a um acordo para o fim da greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que se arrasta há cerca de dois meses, o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, sinalizou com a bandeira branca. Segundo ele, o governo aceita não descontar os dias parados desde que os profissionais voltem o mais rapidamente possível ao trabalho e zerem os cerca de 400 mil atendimentos pendentes, que têm dificultado a vida de trabalhadores e empresas. Em negociação anterior, a Associação Nacional dos Médicos Peritos havia refutado a possibilidade de colocar a agenda de exames em dia.

Em conversa anteontem com o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, tanto o ministro da Previdência quanto o presidente do INSS, Valdir Simão, pediram que as propostas governamentais sejam levadas para a aprovação nas assembleias dos sindicados de cada estado ao longo das próximas semanas. Mas, enquanto as respostas dos trabalhadores não vêm, a greve continua e os atendimentos ocorrem com 50% do efetivo dos peritos, conforme determinação da Justiça.

De acordo com Gabas, além do rápido retorno ao trabalho e da zeragem dos exames pendentes, foi apresentada a proposta de mudança na classificação da atividade de perito para médico. Atualmente, o trabalho é considerado um ato administrativo. “A partir do momento que se considera um ato médico, o profissional passa a ter autonomia e a obrigação ética de estabelecer a sequência desse atendimento”, ressaltou Cid Carvalhaes. Ele destacou ainda que as assembleias vão deliberar sobre a proposição de que a jornada dos peritos – atualmente, de oito horas diárias – seja mudada para seis horas, com controle de ponto(1), mais duas horas, que serão fiscalizadas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho.

Fonte: Correio Braziliense