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Presidente da Funai deixa o cargo

A assessoria da Funai (Fundação Nacional do Índio) confirmou, na tarde desta sexta-feira, que Marta Maria do Amaral Azevedo não está mais à frente da instituição. A morte de um índio pode ter motivado a saída da presidente do cargo. Entretanto, ela alega problemas de saúde.

Marta será substituida interinamente por Maria Augusta Assirati, que é diretora de promoção ao desenvolvimento sustentável da fundação.

A Funai tem estado em evidência com as frenquentes manifestações indígenas em na região paraense onde está sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte e em Mato Grosso do Sul. As constantes disputas por terra têm provocado turbulência entre índios e o governo, que têm procurado dialogar com as lideranças indígenas.


Morte de índio

Um índio terena foi morto e ao menos três ficaram feridos, no final de maio, durante a reintegração de uma fazenda localizada na cidade de Sidrolândia. Os indígenas entraram em confronto com policiais.

De acordo com o Hospital Beneficente Elmíria Silvério Barbosa, o índio, de 35 anos, morreu por volta das 9h30 e os outros três levados ao hospital tiveram ferimentos leves. O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) informou que a vítima fatal foi ferida a bala.

Entenda o caso

Cerca de mil índios continuam na fazenda, em Sidrolândia, a cerca de 70 quilômetros de Campo Grande. A área é reivindicada pelos índios há 13 anos. No último dia 30 de maio, durante uma ação de reintegração de posse da Polícia Federal e da Polícia Militar, houve confronto. Um índio morreu baleado e outros quatro ficaram feridos – na ocasião, o ministro da Justiça determinou rigor na apuração das responsabilidades.

Em 2010, a terra indígena buriti foi reconhecida pelo Ministério da Justiça como de posse permanente dos índios terena. O terreno com cerca de 17 mil hectares foi delimitado e a portaria foi publicada no Diário Oficial da União, mas, até hoje, a Presidência da República não fez a homologação.

Fonte: Band