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Polícia turca usa gás lacrimogênio e água para tirar manifestantes de praça

A polícia turca invadiu neste sábado (15) o parque de Istambul centro dos protestos contra o primeiro-ministro Tayyip Erdogan, disparando bombas de gás lacrimogênio e canhões de água. Policiais com veículos blindados isolaram a Taksim Square, no centro da cidade, enquanto policiais invadiam o parque Gezi, onde os manifestantes estavam acampando.

Manifestantes em pânico fugiram para um hotel de luxo na parte de trás do parque, enquanto vários deles vomitavam devido às nuvens de gás lacrimogênio e explosões de bombas projetadas para criar confusão tomaram conta do parque. “Tentamos fugir e a polícia nos perseguiu. Era como se fosse uma guerra”, disse Claudia Roth, copresidente do Partido Verde da Alemanha, que foi ao parque Gezi para mostrar seu apoio.

Após o ataque, milhares de pessoas se espalharam pela avenida principal que leva a Taksim Square, arrancando placas de rua e construindo barricadas, enquanto a polícia jogava gás lacrimogênio nas ruas ao redor da praça para tentar impedir que os manifestantes se reagrupassem.

Imagens da TV local mostraram grupos de manifestantes bloqueando a estrada principal para o aeroporto de Ataturk, na parte ocidental da cidade, enquanto várias pessoas caminhavam em direção a ponte principal que cruza o canal de Bósforo para Taksim.

Erdogan avisou horas antes que as forças de segurança iriam limpar a praça, centro dos protestos das últimas duas semanas, a menos que os manifestantes se retirassem antes de um comício do partido que vai se reunir em Istambul neste domingo (16).

“Nós temos o nosso encontro amanhã em Istambul e eu digo claramente: a Praça Taksim deve ser evacuada, caso contrário, as forças de segurança deste país sabem como evacuar”, disse a milhares de partidários agitando bandeiras em um comício em Ancara.

O principal sindicato do setor público, KESK, que tem cerca de 240 mil membros, disse que vai convocar uma greve nacional nesta segunda-feira (17), enquanto um segundo grupo sindical disse que fará uma reunião de emergência para decidir se vai participar da ação.

Fonte: G1